Prólogo

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O alto daquele penhasco não era um local de fácil acesso. Por isso o rapaz que o escalava ficou surpreso, ao alcançar o topo e descobrir que já havia alguém ali: A figura escura de uma mulher, delineada perfeitamente contra o crepúsculo, cujo o casaco e os longos cachos negros flutuavam ao seu redor, ao sabor do vento frio.
E quando a moça virou o rosto em sua direção e o rapaz pôde encará-la, ele soube.
Ele soube, ao ver aqueles olhos profundamente negros faiscarem em um tom frio e calculista de azul.
Soube que sua alma estava amaldiçoada.
Soube que estava irremediavelmente perdido.

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