NOTAS INICIAIS:
Um único aviso: Não se iludam.
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Adora Grayskull's POV
Meus pais foram conosco pelo caminho da floresta que levaria Catra e eu de volta ao castelo, onde passaríamos nossa noite de núpcias.
Catra teria me levado à qualquer lugar do mundo, Roma, Paris ou alguma ilha particular no meio de lugar nenhum, se eu quisesse, mas eu queria ir para casa, com ela. Na nossa primeira noite juntas, queria estar na cama enorme, onde esperava que passássemos muitas noites e onde, algum dia, de algum modo, começaríamos uma família.
– Vocês precisam mesmo voltar logo? – perguntei à minha mãe e papai. – Podem ficar mais uns dias com o tio Micah.
Mas os dois balançaram a cabeça.
– Não. – disse mamãe. – Vocês duas estão em lua de mel, e nosso avião parte amanhã cedinho.
– Tudo bem... – concordei. Eu sabia que eles não iriam ficar, mas, parte de mim, continuava agarrada aos dois. – Eu entendo.
Mesmo assim, todos nos demoramos à margem do caminho escuro que Catra e eu íamos pegar. A maioria dos convidados seguiria por uma trilha mais estreita, até uma estrada de terra, onde o transporte esperava para levá-los pelo resto do caminho montanha abaixo. Mas Catra e eu tínhamos decidido andar sozinhas até o castelo, pegando um atalho pela floresta. A presença de qualquer pessoa a mais, mesmo sendo um motorista, seria dispensável. Estávamos prontas para, simplesmente, ficarmos juntas.
– Tem certeza de que vocês vão ficar bem? – perguntou papai, olhando para as árvores. – Isso aí parece bem desolado.
Catra, que estava ao meu lado, passou o braço à minha volta, de modo protetor.
– Eu vou mantê-la em segurança, Randor. – disse, tentando tranquilizar papai.– Ando por esses caminhos desde a infância.
Tive a sensação de que ela não se referia apenas à trilha que iríamos pegar. Minha mulher, que adorava metáforas, estava falando de tudo o que havia à nossa frente.
– Vocês sabem que eu a protegerei com minha vida. – Catra acrescentou.
Meus pais que, um dia, tinham temido que a minha vampira fizesse o oposto, não falaram imediatamente. Então mamãe disse:
– Sabemos que sim, Catra.
Nós os abraçamos de novo e, de repente, já era hora de irmos. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, de modo que tive que me agarrar à mão de Catra. E, no instante em que nos viramos para o caminho, ela parou e se virou de novo, chamando:
– Randor... Marlena?
Meus pais pararam de andar também e se viraram.
– Sim...? – respondeu mamãe, parecendo insegura na escuridão.
Catra pareceu insegura também, outra situação rara para ela, enquanto perguntava:
– Será que eu poderia... Considerá-los como uma espécie de "pais" para mim?
Houve um silêncio gigantesco e, por um segundo, enquanto eu processava minha surpresa, fiquei com medo de que os dois dissessem "não". Talvez, procurando alguma alternativa que não parecesse tanto uma aceitação.
Não a desapontem, eu quis implorar. Isso destruiria outra parte dela...
Mas quando papai finalmente falou, pude ver que ele só hesitara porque a pergunta havia levado meu pai gentil e sentimental novamente à beira das lágrimas. Sua voz estava embargada e suave quando aconselhou Catra:
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O Casamento | Catradora
FanficFinalmente, Adora se casará com sua princesa vampira e cumprirá o pacto... Será mesmo que ela vai conseguir dessa vez? - Essa história é a continuação de "Como se livrar de uma Vampira Apaixonada", que está disponível no meu perfil, e peço para que...