Hand on the throttle

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Harry Pov

Encaro meu rosto no espelho, aquela bagunça escura sobre minha cabeça, e dentro de mim. Tento me encontrar em meus olhos, mas falho novamente.

Meus pais foram mortos quando eu tinha apenas 12 anos.

Eles eram os famosos e adorados Reis de Galar, referência em todos reinos, todos bairros, referência à todos. Sempre aclamados pela empatia e bondade eterna em seus corações. E a razão pela qual sou o que sou.

Ou melhor, o que eu era.

Pois tiraram eles de mim.

Sequestraram eles, e logo depois colocaram seus corpos em seus tronos.

Ninguém sabe o que realmente aconteceu, porque aconteceu ou como aconteceu. Ninguém sabe como entraram no castelo, como colocaram eles em seus próprios tronos.

Mas eu por sorte, como muitos dizem, consegui sobreviver.

Eu não acredito que tenha sido sorte. Eu preferia ter sido levado junto á eles.

Desde então o acontecimento, meus padrinhos cuidam de mim.

Sirius é extremamente protetor e cuidadoso, mas muito divertido. Ele era muito apegado ao meu pai desde que se entende por gente, então tem muito medo de me perder.

Já Remus tem uma proteção diferente da de Sirius. Enquanto Sirius cuida de mim como se eu fosse um bebê, Remus me trata como um adulto, me cobrando minhas responsabilidades e me preparando para o momento em que eu mais temo em toda minha vida. Mas ele não deixa de ser um pai carinhoso, meus momentos com Remus são mágicos, e quando está com Sirius então? me sinto em um episódio de padrinhos mágicos.

E agora eu tenho 18, e uma vida extremamente agitada. Treino meu sorrioso para o espelho ficando ali por um tempo enquanto tento espantar o sono.

Fico ali encarando minha existência por 5 minutos, realmente odeio acordar cedo. Até eu realmente arrumar coragem e continuar me preparando para ir ao salão principal.

Hoje é um dia importante, até porque se não fosse não teria acordado as 6 da manhã...

— Merda! — falo olhando às horas. Graças a minha grandiosa miopia confundi 6 com 8.

Saio correndo em direção ao meu closet me arrumando o mais rápido possível.

— Quer que eu traga seu café Sr.Potter? — diz Luzia, minha mordoma, enquanto arruma minha cama.

— Muito obrigado Luh, mas não da tempo — digo enquanto tento calçar meu sapato, saindo pulando de um pé só pelo quarto. Vejo de lado ela apenas balançando a cabeça com um sorriso leve.

Tenho fama de atrasado.

Saio do quarto, com mil pensamentos passando pela minha cabeça, enquanto andando apreçado pelo corredor longo e claro.

Remus vai me matar, Remus vai me matar, Remus vai me...

— Bom dia Sr.Potter! — Diz Ronald, um de meus guardas pessoais

Dou um pulo assutado, virando para trás encarando ele com os olhos arregalados.

— Quer me matar do coração, Ronal?! — digo enquanto escuto ele rir. Suspiro e olho envolta procurando por Blaise. — Alguma notícia de Blaise? — falo estranhando a ausência do mesmo.

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