[concluída]
Ten é um dos melhores calouros que os alunos de artes já viram. O jovem tailandes, apesar de discreto, é bom em absolutamente tudo, se destacando em diversas aulas, mesmo sem ter muitos amigos. Educado, misterioso e irônico, mesmo no seu...
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IMuito obrigada por ler. A minha história não existiria sem a sua leitura.
É COMO UM ANIVERSÁRIO
Ten se aproximou da varanda ainda coçando um dos olhos e bocejando. O vento matinal agitou os fios longos dos seus cabelos. Usava uma calça e blusa de tecidos leves, talvez de linho. Os olhos conferiram, detidamente, as folhas que ficavam nos vasos de plantas em busca de alguma prova do iminente crime.
Afundado nos próprios pensamentos, o dançarino estremeceu levemente quando a voz grave e conhecida interrompeu o silêncio matinal lhe chamando atenção.
— Ele não comeu nenhuma folha hoje. — mirou a varanda vizinha, que era separada da sua apenas por um muro médio. — Tô aqui já faz uma hora e o Leon não veio perto dos vasos de plantas nem uma vez...
Quem falava era Taeyong... seu vizinho.
— Hum... estranho... — respondeu, voltando a ficar pensativo.
Ten mordeu o lábio inferior ainda olhando as folhas do pequeno jardim que tentava ter naquele pequeno apartamento.
— Ele vomitou de novo? — Taeyong abaixou o jornal que lia para olhá-lo melhor.
— Sim, de novo... — fazendo um biquinho fofo Ten entrou com os dedos pela nuca acariciando o próprio couro cabeludo enquanto tentava entender a situação.
— O que pode ter sido, então?
— Não Sei...
— É a segunda vez que ele vomita essa semana, né?
— Exatamente... tem algo estranho rolando... — Ten se acariciava passando os dedos pelos próprios fios longos — Ah, eu nem te cumprimentei, bom dia, T-young!
O dançarino abriu um sorriso genuíno. Os dentes branquíssimos e perfeitamente alinhados iluminavam o rosto arredondado de olhos felinos. Taeyong até se esqueceu que odiava aquele apelido contemplando o sorriso perfeito.
— Bom dia...
Por mais que se vissem com frequência o produtor musical se sentia meio idiota quando Ten impunha a própria beleza sem avisar, como naquele momento. O Tailandês era dono de uma beleza única e diferente de tudo o que Taeyong conhecia.
Miando e se enroscando pelos calcanhares do dono, o gato mais velho de Ten também apareceu para dar bom dia. Louis era um animal gorducho que adorava serpentear entre os calcanhares do dono, ronronando baixinho e pedindo por carinho.
— Ele quer colo... — Taeyong já conhecia os hábitos do animal.
— Claro que quer! — revirando os olhos Ten pegou o bicho nos braços e, com carinho, cheirou seu pescoço — Eu mimo vocês demais, sabia? — falava com o gato que se esfregava em seu rosto.
