[concluída]
Ten é um dos melhores calouros que os alunos de artes já viram. O jovem tailandes, apesar de discreto, é bom em absolutamente tudo, se destacando em diversas aulas, mesmo sem ter muitos amigos. Educado, misterioso e irônico, mesmo no seu...
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IMuito obrigada por ler. A minha história não existiria sem a sua leitura.
É COMO UM ANIVERSÁRIO
Deixando a suíte do quarto, Taeyong ajeitava a samba canção que Ten havia lhe emprestado para que não ficasse andando nu.
— Por que tem tantos sabonetes líquidos no meu banheiro? — o produtor perguntou ainda tentando ajeitar o tecido na altura certa da cintura.
— Por que eu sou limpo? — Ten sorriu de canto e Taeyong o olhou.
O dançarino estava deitado na cama, as tatuagens assim como as sutis marcas vermelhas da noite anterior enfeitavam o peitoral, ombros e pescoço. Apenas o lençol branco cobria seus quadris e os cabelos estavam bagunçados espalhados pelo travesseiro.
— O que foi? — Ten sorriu sem graça sem entender o olhar sério e compenetrado que Taeyong depositava sobre si.
— Nada... — o loiro suspirou e pegou o maço de cigarros de Ten sobre a cômoda se dirigindo a porta de correr do quarto. — Posso fumar aqui fora?
A varanda da sala não era a única varanda daqueles apartamentos e, naquela manhã, Taeyong conheceu a varanda do quarto de Ten, um espaço aconchegante e íntimo, como tudo naquela casa.
— Pode, se me ajudar! — Ten se aconchegou melhor entre os travesseiros e começou a ler as perguntas no celular — "Álbum de 69", "Pertence a uma boy band", "tem nome de rua".
O produtor acendeu o cigarro e sentiu o vento frio daquela manhã bater contra seu peitoral enquanto tentava se concentrar para identificar se algum som ainda emanava do próprio apartamento, afinal, dali não era possível ver nada na própria casa.
— Hein? — Ten o olhava impaciente.
— Calma, tô pensando!
A primeira coisa que Taeyong notou foi que a vista do quarto de Ten era melhor que a vista que tinha do próprio quarto. Naquela lateral era possível observar a copa de algumas árvores pertencentes a um parque ali perto.
— Tenho uma pergunta...
— O que? — Ten brincava com os próprios fios de cabelo.
— Uma curiosidade, na verdade... — Taeyong desviou o olhar para a vista da varanda se sentindo levemente envergonhado por tocar aquele assunto, mas a verdade é que não havia melhor hora.
— Fala!
— Às vezes quando estamos juntos na varanda você faz uma coisa...
— Uma coisa?
— É... — Taeyong se virou de frente olhando o moreno deitado na cama — É um detalhe, mas me chamou atenção — Taeyong riu sem graça — É que você meio... meio que de repente, do nada, olha irritado pro celular, franze a sobrancelha, se levanta e entra. — Ten piscou algumas vezes surpreso pro Taeyong perceber um padrão tão específico do seu comportamento — Não é sobre, mas é sempre que você recebe alguma mensagem no celular, eu já percebi...
