Sonhos podem se tornar reais

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Se isso for egoísta. Acredito que também serei. Pois, eu também quero que esse sonho tenha um final diferente. O que está fazendo agora?

Acho que esperando.

—  Esperando?

Sim, esperando você me dizer o que fazer.

Olha ... se você rolar mais as mensagens da DM vai ver que meu endereço também está lá.

Sorri passando a mão no rosto e baguncei meus cabelos. Eu realmente não estava acreditando no que estava fazendo, senti meu corpo ficar tenso e a respiração pesada.

Eu vi. É que queria ser convidado.

Se lhe mandei o endereço, isso com certeza é um convite. É bom que isso não seja um trote, okay? — Ela sussurrou e desligou o telefone. Suspirei jogando minha cabeça para trás, ainda estava processando tudo que acabou de acontecer.

Corri até minha cômoda e peguei minhas chaves. E sai.

O trânsito estava caótico. Parecia que toda a população de Seul havia resolvido sair naquele exato momento. Respiro fundo e bati no volante enquanto esperava o sinal abrir.

Quase meia hora no trânsito mas finalmente havia chegado. Estava estacionado na frente da casa de Paola, apenas duas luzes de sua casa estavam acesas; de dentro do carro conseguia ver sua silhueta andando pela casa inquieta.

Fiquei um tempo no carro observando-a e pensando no que fazer, no que dizer e em como agir; não sabia se isso era certo e isso me incomodava, não queria incomodá-la e muito menos que isso virasse algum tipo de notícia nos sites de fofocas ou anúncio na Dispatch.

Deito a cabeça encostando no volante e fico pensando no que fazer até que ouço alguém bater no vidro da janela, viro o rosto e meus olhos se cruzam com aqueles lindos olhos castanhos que ela tinha. Sinto minha respiração falhar.

Desço o vidro e a mesma sorri me analisando. Seus olhos trasmitem surpresa, mas sua expressão parece ligeiramente contente. Ficamos nos olhando por alguns minutos mas por mim ficaria a olhando por horas, estava tão linda; seus cachos estavam soltos, ela usava uma regata branca e uma calça moletom bege.

— Oi ... Posso? — Ela faz um sinal para a porta e eu dou um sorriso assentindo destravando e abrindo para ela entrar. Paola se senta ao meu lado e sinto sua respiração ficando alterada assim como a minha — É agora que eu acordo?

— Eu espero que não.

O silêncio surge em segundos. Paola abaixa a cabeça e começa a fitar seus dedos parecendo analisar toda a situação. Fiquei a observando por um tempo; por alguma razão me senti inseguro e sentia como se aquele momento fosse acabar a qualquer minuto e eu não queria que isso acontecesse.

Suspirei baixo e me assustei ao sentir a mão de Paola tocar a minha suavemente, direcionei o olhar para mesma que estava me olhando com um sorriso tímido nos lábios.

— Parece que estamos no meu primeiro sonho, não é? - Assenti.

Paola se aproximou e acariciou meu rosto devagar. Ela se inclinou e beijou meu maxilar próximo a orelha, senti meu corpo ficar tenso e meu rosto esquentar, sua mão continuou me fazendo carinho e logo ela me deu um beijo na bochecha, o que me fez arfar e fechar os olhos.

Eu queria tanto beijá-la.

Sinto ela beijando meu queixo. Mantenho os olhos fechados. Ela deslizou seu dedo polegar pelos seus lábios e se aproximou me dando um selinho e mordiscou meu lábio inferior suavemente. Então, passou uma das mãos por minha nuca, me inclinei um pouco sentindo meu corpo se arrepiar com seus toques e a agarrei pela cintura a colocando sentada sobre meu colo, abro os olhos devagar e a mesma estava me olhando com um sorriso malicioso nos lábios.

— É agora que eu acordo?

— Não se depender de mim.

Nossos olhares estavam fixos um no outro, ambos sorrimos enquanto nossos lábios imploravam para se tocarem, eu já conseguia sentir a água na boca pelo beijo quase realizado, nossas respirações começaram a ficar falhas e os batimentos acelerados e meu único pensamento naquele momento era qual sabor tinha seus lábios.

Ela me observava como se olhasse no fundo de minha alma. E eu estava totalmente rendido àquele olhar, estava totalmente imerso na imensidão daqueles olhos castanhos escuros.

Sinto as mãos de Paola acariciando meu rosto, sua respiração estava em perfeita combinação com a minha e seus lábios a poucos centímetros de encostar nos meus, tentei resistir, mas não consegui e num movimento rápido segurei uma mão em sua cintura a puxando para mais perto e com a outra segurei em sua nuca agarrando suavemente seus cabelos entre meus dedos; sentia seu hálito quente batendo em meu rosto e os seus olhos me observavam em súplica.

Ela assim como eu queria que esse beijo acontecesse.

Nossos lábios estavam tão perto, nossos corações pareciam estar batendo no mesmo ritmo. Assim que ela sorriu para mim e roçou seus lábios em encontro com os meus em um selinho delicado.

Sorri e então, a beijei.

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