Capítulo II..

262 28 8
                                    

¡<Kazutora POV🕹

-Até mais tarde. - falei para ninguém em específico, é apenas o antigo costume de me despedir da minha mãe quando era mais novo.

Ao ver minha moto parada na frente de casa me perguntei se realmente valia a pena ir a pé, logo me decidindo por ir de moto mesmo. Liguei o veículo e dei partida para a escola enquanto ouvia Complicated da Avril Lavigne na maior paz do mundo.

Em poucos minutos cheguei na escola, vendo apenas segundos e terceiros anos ali como de costume, suspirei cansado colocando uma máscara no rosto.

É só mais uma quarta-feira.

Sem dar muita importância para qualquer coisa eu apenas aumentei o volume da música, ouvindo mudar para a próxima da playlist, Happier Than Ever da Billie. Andei a passos lentos até minha sala, aproveitando cada nota cantanda pela artista em meus ouvidos.

A professora de filosofia ainda não havia chegado, afinal ainda faltavam cinco minutos para dar o horário e ela costumava chegar um pouco atrasada, mas ela é legal. Deixei a bolsa em cima da cadeira e pausei a música, me certificando de que o celular estava no silencioso antes de guardá-lo junto do fone.

-Kazu! - ao ouvir a voz me virei para Shuji que sorria largo e logo me abraçou.

-Oi Hanma. - comprimentei retribuindo o abraço - esqueceu de fazer o que dessa vez?

-Nossa, é isso que você pensa de mim bestie?

-Na verdade, é sim. - brinquei indo até minha cadeira e vendo Hanma se fingir de dramático.

-Tá bom, eu esqueci o trabalho de sociologia. - admitiu e eu sorri pequeno por baixo da máscara.

-Tudo bem, a gente pensa em alguma coisa, como é a última aula eu posso te ajudar a fazer. - coloquei a mão em seu ombro, dando duas batidinhas antes de tirá-la dali.

-Te amo, lenda. - falou mandando um beijinho pelo ar, revirei os olhos vendo ele pegar o caderno.

(...)

Na hora do intervalo da manhã eu estava no terraço com Hanma, que só falava sobre as lendas idiotas sobre suicídios e abusos coletivos terminados em óbitos que cercavam o lugar.

-Para de ser idiota. - falei, dando um tapa em sua cabeça - não tem nenhuma alma depressiva aqui além de mim, pode ficar de boa.

-Então o que é aquilo ali? - apontou para uma pessoa deitada no chão de barriga para baixo com um blusão preto de capuz, ao ver uma mecha loira fugindo do capuz pude reconhecer quem era.

-É só o Chifuyu, ele é cem por cento humano e tá vivinho. - falei colocando seu caderno mais próximo ao rosto - agora foca no seu trabalho!

-Tá bom, cara estressado. - sussurrou a última parte, revirei os olhos e segui o ajudando com o trabalho, faltando dois minutos eu vou até Chifuyu para acordá-lo.

-Matsuno. - chamei, cutucando seu ombro devagar, vendo ele pausar a música e tirar um dos fones enquando resmungava baixo, logo levantando a cabeça - me desculpa por te acordar, mas faltam dois minutos.

-Hum... - ele pega o celular e vê o horário - obrigado, Hanemiya-san. - sorriu

(...)

A fila hoje ficou mais silenciosa, Hanma foi cadelar Kisaki, o garotinho prodígio que tem treze anos e está no segundo médio. Chifuyu também não apareceu, talvez encontre ele no terraço de novo.

Pego meu bentō e vou em direção às escadas, indo para o único lugar agradável dessa escola.

Pouco antes de chegar ao local ouço uma risada alta, ao abrir a porta das escadas de emergência -- único acesso ao terraço -- vejo Matsuno rindo enquanto olhava no celular, pensei em chegar de fininho e dar uma olhada, mas seria muita falta de educação.

♤!¿Sob Notas e Poemas...?¡♤ • KazuFuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora