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CAPÍTULO DOZE ❝𝘁𝗵𝗲 𝗽𝗮𝘀𝘁❞

POV NARRADOR || North Denver, Colorado — 1971⠀⠀

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POV NARRADOR |
| North Denver, Colorado — 1971
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Primavera (aos 6 anos)

   Era uma tarde como outra qualquer. O clima estava agradável mas, sempre ao final do dia, era possível sentir aquele friozinho, indicando que o inverno não havia se despedido totalmente.

   Sentada no banco traseiro do carro, Carolina balançava seus pés, ansiosa para chegar logo ao destino.

   Seus pais iriam sair e seu irmão mais velho estava passando o dia na casa de um amigo; para não deixá-la sozinha então, seu pai a deixaria na casa do vizinho da rua de cima, como já fez outras vezes.

   A menina sempre se divertia quando tinha que passar a tarde com ele, achava super engraçado as coisas sem sentido que ele inventava para distraí-la.

   Morando na mesma casa, havia o irmão do homem. Carolina amava quando o mais velho também estava em casa.

   Ela não sabia explicar, mas ele conseguia ser muito mais legal do que o outro; sempre com novas brincadeiras, doces e o próprio jeito de tratar a menina acabava por ser mais gentil, fora que ele sempre a deixava brincar com o cachorro, que por sinal amava a menina.

   Assim que estacionaram, Carolina praticamente pulou do carro e foi correndo até a entrada da casa, animadamente tocando a campainha.
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   ─ Tio Max! ── exclamou abraçando o homem

   ─ Oi, pequena! ── retribuiu ── Se bem que não está mais tão pequena assim, não é? Como cresceu desde a última vez! ── a colocou de volta no chão e acenou para os pais da menina, que entenderam como um sinal de que já poderiam ir

   ─ E o tio Al?

   ─ Ah, ruivinha, Al não está em casa agora, disse que tinha coisas pra resolver. ── ele viu o sorriso da mais nova se desmanchar ── Mas pelo horário que seus pais costumam lhe buscar, é provável que você o veja antes de ir. ── disse e ela sorriu outra vez, agora entrando na casa
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   Como o previsto, Lina passou a tarde se divertindo com Max e conseguiu inclusive o convencer a jogar jogos de tabuleiro com ela.

   Já mais para o fim do dia, o estômago da menina se pronunciou, mostrando que ela estava com fome. Max riu da situação e foi para a cozinha ver o que poderia oferecer a ela mas, de inesperado, a porta da sala foi aberta.
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   ─ TIO AL! ── ela gritou enquanto se levantava correndo para dar um abraço no homem assim que ele abriu a porta

   ─ Baixinha! ── respondeu enquanto a girava no ar ── E aí? Como a minha menina favorita passou a tarde? ── disse se abaixando para ficar a altura da mais nova

   ─ Bem! Tio Max e eu jogamos Jogo da Vida e Detetive!

   ─ Sério? ── perguntou vendo que a menina tinha um enorme sorriso no rosto

   ─ É! Mas ele é péssimo nos dois, só não conta pra ele. ── sussurrou a última parte, arrancando uma risada do mais velho ── Eu também fiz esse desenho, olha! ── disse pegando o papel em cima da mesa e entregando para ele ── Sou eu, você, o tio Max e o Sansão. ── ela apontava para cada um no desenho

   ─ Que lindo, Lina! ── ele disse enquanto analisava o papel

   ─ É pra você, tio Al!

   ─ Mesmo? ── a mais nova afirmou com a cabeça. O homem sorria genuinamente ── Eu adorei! Mas vou fingir que os corações em volta do Sansão não são pra indicar que ele é o seu favorito. ── brincou e a menina riu envergonhada

   ─ É... Tio Al? ── o chamou, receosa

   ─ Diga, pequena.

   ─ O que é que você tem aí atrás? ── apontou para o homem que escondia uma das mãos atrás das costas

   ─ Hmm, você não deixa escapar nada, não é? ── falou a cutucando para fazer cócegas ── Já que o seu dia foi muito bom, achei que pudesse melhorar ainda mais.

   ─ Sério? ── os olhos da criança brilhavam ── Como?

   ─ Tcharam! ── disse revelando a caixa que segurava

   ─ EBA, PIZZA! ── exclamou animada dando pequenos pulinhos de felicidade ── Vou avisar o tio Max que ele não precisa fazer janta.

   ─ Então acho bom se apressar antes que ele bote fogo na casa. ── brincou e a menina saiu correndo para a cozinha ── Tem refrigerante na geladeira, pode pegar se quiser. ── falou indo atrás
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   Os três se sentaram a mesa e comeram a pizza que o homem trouxe. Não muito depois a campainha foi tocada, avisando que os pais da menina haviam chegado.
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   ─ Oi mãe! ── falou em tom arteiro, acenando com a mão um pouco mais atrás de Al, que abriu a porta

   ─ Oi, minha linda. Pronta pra ir?

   ─ Mas já? ── o sorriso dela se desfez. Sua mãe riu anasalado

   ─ Já, filha, está tarde. ── disse pegando a menina no colo ── Obrigada por cuidar dela, Albert.

   ─ Sempre que precisar, ela é uma ótima criança.

   ─ Tá vendo, mamãe? Eu me comportei direitnho. ── os mais velhos riram

   ─ Foi mesmo. Boa menina... ── o homem falou apertando a bochecha da mais nova, que riu

   ─ Agradeça ao Max por mim. ── a mais velha disse e se virou indo em direção ao carro

   ─ Tchau, tio Al. ── a pequena acenava ainda do colo de sua mãe

   ─ Tchau, baixinha. ── o homem acenou de volta
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SE VOCÊ chegou até aqui, quero te agradecer por ter lido tudo! Não esqueça da sua ☆ e do seu comentário.

Dois capítulos de uma vez, por essa ninguém esperava.

Eu juro que esse sofrimento todo da minha ruivinha vai ser compensado no final 😭. (E o próximo capítulo vai ter algo especial 🤭)

Por favor, não esqueçam de votar e me perdoem por qualquer erro ortográfico. <3

𝗡𝗢𝗪 𝗢𝗥 𝗡𝗘𝗩𝗘𝗥  ☏  finney blakeOnde histórias criam vida. Descubra agora