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CAPÍTULO DEZENOVE ❝𝗵𝗲𝗮𝗹𝗶𝗻𝗴❞

POV NARRADOR || North Denver, Colorado — 1978

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POV NARRADOR |
| North Denver, Colorado — 1978

   O luto nunca foi um processo fácil.

   Ele, que se inicia a partir da perda de uma pessoa querida, traz uma sensação semelhante de quando se perde um vínculo afetivo com o qual já se estava acostumado.

   Romanticamente falando, o luto na verdade é só amor. É todo o amor que você quer dar, mas não pode. Todo aquele amor não gasto se acumula nos cantos dos seus olhos, no nó da garganta e naquela parte vazia de seu peito. O luto é apenas amor sem lugar para ir.

   Por outro lado, a vida é uma grande estrada, que ninguém sabe de fato quantos quilômetros tem. Há estradas que se cruzam muito bem, e estradas que tentam, mas não conseguem.

   Constantemente novas paradas são adicionadas ao longo dessa trilha. Todas as memórias e momentos, acompanhados de risos, lágrimas e aventura, além das lições aprendidas com o tempo.

   E todos nós temos diferentes estradas. Algumas maiores, outras menores; todas elas são feitas para aprender alguma coisa. Porém uma hora elas chegam ao próprio destino, e mesmo que você saiba que está por vir, é sempre uma surpresa quando acontece com alguém que conhecemos. No fim ninguém está realmente preparado para a sensação que vem acompanhada.

   O problema de quando alguém que amamos morre, é que o mais difícil não é deixá-los ir, mas sim encontrar força e coragem para seguir em frente sem eles.

   Lina não se sentia pronta para seguir sua estrada sem Bruce. Ela sequer conseguia chorar em tal situação, pois acreditava que reconhecer a morte de seu melhor amigo era além da sua capacidade de suportar.

   Seria como subir as escadas para o seu quarto no escuro, e pensar que há mais um degrau do que tem. Seu pé cai no ar e há um momento de surpresa sombria, enquanto você tenta reajustar a maneira de pensar sobre as coisas.

   Carolina estava com medo, mas infelizmente o medo não para a morte, ele só para a vida.

   Eles já tinham comparecido no funeral dos outros dois meninos, Stagg e Showalter, que aconteceram mais cedo. Todos caixões estavam fechados, obviamente. Já era muito sofrimento para as famílias encontrarem seus filhos depois de tanto tempo, seria pior se precisassem ficar vendo o quão machucados eles estavam.

   Agora, as crianças e seus pais estavam no funeral de Bruce. Lina se prontificou em abraçar cada um dos Yamada como um ato de consolo. Ela também explicou à Amy a situação do telefone, e passou o recado que Bruce pediu. Amy a abraçou fortemente e agradeceu à ruiva por aquilo.

   Depois de muitas orações, A senhora Yamada fez um belo discurso em homenagem ao filho, em seguida dando espaço para sua filha falar sobre o irmão.

𝗡𝗢𝗪 𝗢𝗥 𝗡𝗘𝗩𝗘𝗥  ☏  finney blakeOnde histórias criam vida. Descubra agora