É noite, possivelmente duas da madrugada, a lua faz-se no céu limpo para iluminar a parte oeste da floresta Busnua a quatro quilómetros do vilarejo Fragala. As folhas balançam com o vento suave e os ramos fazem um barulho reconfortante, com um coelho em busca de comida no meio da terra e relva. Mas rapidamente uma flecha acerta no pobre coelho na garganta e de trás de um arbusto, sai um poniriw com um leve sorriso no focinho, indo até à criatura fofa e coloca-a dentro da bolsa. A pónei agora poderia voltar para casa com aquele material e trota de volta para o vilarejo.
Mas de repente ouve um barulho, um ramo a partir-se. Olha para trás e nada. Volta a virar-se para a frente e continua o caminho, mas ouve um arbusto a mover-se rápido perto dele do lado esquerdo. Para poder defender-se, os cascos transformam-se em garras e o dentes ficam afiados. Olha em volta para saber a origem daquilo tudo e então, de repente, lembra daquela lenda de uma criatura chamada Osocour. Mas ele não poderia confirmar, já que também poderia ser um lobo ou urso.
Ouve novamente um barulho, mas agora na sua frente, e quando já estava em posição de ataque, nada podia prever o que iria acontecer ao ficar cara a cara com a criatura. Um eco de um grito foi ouvido pelos animais da floresta ali perto.
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É de manhã, com o sol ainda um pouco tímido entre as nuvens, mas isso não impede que uma certa poniriw que está dentro da sua casa da árvore saísse do local. A poniriw de olhos castanhos bastante raros, cor de pele azul acinzentado escuro e crina vermelho escuro, com capa rosa acinzentado escuro a cobrir o seu corpo junto do seu alforge castanho acaba de sair da sua humilde casa a quinze minutos do vilarejo onde vive o resto da sua espécie. Ela está com algumas dores no pescoço por causa da posição em que dormiu, mas aquilo não ia impedir de fazer as suas coisas. Fecha a porta e vai para sudeste para a direção do rio Goumia, onde poderia procurar por framboesas lá perto para fazer um xarope para a tosse junto de outros ingredientes.
Enquanto trota, pára quando ouve um barulho vindo de uns arbustos, ficando em alerta se poderia ser algum lobo ou urso faminto. Mas, para seu alivio, é apenas a sua melhor amiga iaque, a Arryn, que tem uma coroa de flores na cabeça.
--Epona!-chama pela amiga feliz ao ir ao seu encontro.-Tu nem sabes o que aconteceu!
--Tirando a coroa de flores na tua cabeça, não sei mesmo.-e ambas caminham lado a lado.-Conta.
--O Colchon deu-me esta coroa!-diz animada, mas logo apressa-se em contar o contexto.-A mãe dele queria que ele entregasse a coroa para a iaque mais fora do padrão em aparência como forma de demonstrar de que essa iaque também era amada mesmo sendo diferente de todas, e ele deu-me a coroa por ser uma das pouquíssimas iaques albinas mais bonitas na vila! Eu estou tão feliz!-fala enquanto dá pulos de alegria, que faz o chão estremecer um pouco embaixo dos cascos de Epona.
--Fico feliz por ti.-sorri minimamente mas com sinceridade.-Mas assim, ele não entregou essa coroa por seres filha do líder da vila, pois não?
--Oh, não! Ele entregou porque ele achou que eu era a mais única de lá! Não teve nada haver com demandas.-defende firmemente daquela "acusação".-Mas eu ficaria chateada e em baixo se ele fez isso por esse motivo...
--Não te preocupes com isso, com ou sem motivo de seres filha de um líder, isso não te impede de seres bonita naturalmente.-aquele comentário anima Arryn.
--O que vais fazer hoje?
--Vou apanhar framboesas para fazer xarope para a tosse, que não tenho nenhum. E também aproveito para fazer sopa com elas.
--Ótimo! Aproveito e apanho água do rio para uma coisa que estou a fazer desde anteontem.
--E o que estás a fazer desde anteontem?-ergue uma sobrancelha olhando brevemente para a amiga.
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A Lenda de Osocour
FanficJá ouviste falar da lenda de Osocour? Epona Gwyn já ouviu falar dessa lenda, e a sabe de cor e salteado. Tanto que é por causa de um acontecimento que a faz querer matar essa criatura a todo o custo, sem dó nem piedade ❑ ❑ ❑ ❑ Esta mesma históri...