⬚ Capítulo 5 . .

3 2 0
                                    

É de manhã, e Epona acorda com dores de cabeça ao ouvir o sino ser tocado, indicando que alguém está lá em baixo e que quer falar com ela. Com muito esforço, levanta do sofá e cambaleia um pouco até à varanda com as dores antes de ver quem está a importuná-la, mas fica intrigada ao ver que é Tonnerre, um iaque criança que já conversou umas duas vezes no ano passado e o ajuda vez ou outra em alguma armadilha para alguma apresentação na escola. Pigarreia um pouco antes de perguntar:

--O que fazes aqui?

--Bom dia, senhora Epona! O senhor líder quer conversar com a Arryn, e parece ser urgente pelo tom de voz dele!

Quantas vezes ela tinha que falar para ele para não chamá-la de senhora? Tirando isso, olha para trás e vê que a amiga acabou de acordar com aquela gritaria toda.

--Vou dizer! Aguarda só um pouco!

A poniriw dirige até à amiga e senta na frente dela, junto de suspiro cansada.

--O teu pai quer falar algo contigo e parece ser urgente.

--É sempre urgente o que ele tem a dizer...-resmunga e levanta da cama improvisada com preguiça.-Tenho dores de cabeça.

--Eu também, vamos tomar o chá?-vê ela concordar com a cabeça apenas e levanta do chão para ir à cozinha.

Epona prepara o chá de Jornelia com alguma rapidez e bebem antes de saírem de casa e irem ter com Tonnerre.

Trotam até ao vilarejo Phamqam, e ao chegarem vêem um grupo de iaques a falar com um outro iaque que está ferido e aterrorizado, mas ambas olham para a Casa Grande, como Epona apelidou carinhosamente por causa do tamanho, e vêem Tomo com uma cara mais séria do que costuma ser e trotam até ele. O líder indica para entrarem em casa e vão para a sala, sentando-se nas almofadas no chão e aguardam para o que ele tem a dizer.

--Osocour atacou de novo um dos nossos iaques, mas ele escapou com vida, felizmente. Todos os nossos avisos são de alguma forma ignorados por alguns iaques aqui que teimam em ignorar esta lenda.

--Mas Osocour é implacável, ele não deixaria ninguém sair vivo nas suas garras para contar história. E pelos cortes de sofreu que visse, eu penso que ele foi atacado por outra criatura.

--Eu havia dito que foi uma criatura aleatória da floresta que o atacou, e não essa lenda de Osocour.-todos viram-se oara a porta com o comentário e vêem que é Blissia com.uma cara nada amigável, mas também tem um semblante de preocupação.

--Mas é Osocour, eu tenho a certeza disso, Blissia.

--Deixem que a Epona converse com ele para saber de mais detalhes.-Arryn intromete-se na conversa.-Mais vale tirar as dúvidas todas com ele.

Tomo olha chateado e sério para Epona, que apenas olha para ele serenamente antes de tirar conclusões precipitadas. Ela já teve a sua dose ontem à noite.

--Eu irei falar com ele.-levanta-se do chão e caminha até à entrada, olhando para Blissia.-Irei tirar a coisa a limpo.-e sai.

A poniriw sai do Casa Grande e trota até ao iaque, que está a ir na direção da pastelaria do vilarejo.

--Hey, senhor iaque.-chama por ele ao estar perto o suficiente e vê o mesmo parar e olhar para ele quase de imediato.-O senhor está bem? Reparei nos cortes e que parecia meio assustado, o que aconteceu?-pergunta enquanto analisa os cortes no seu corpo discretamente.

--De madrugada fui apanhar folhas para o meu trabalho e algo apareceu na minha frente e atacou-me, tinha o meu tamanho e era todo escuro! Eu nem sei como fugi!-conta ao começar a exaltar-se e Epona trata logo de acalmar o iaque.

A Lenda de OsocourOnde histórias criam vida. Descubra agora