Kile Neves
O meu despertador toca às 4 horas da manhã. Levanto da cama sonolento e caminho até o banheiro. Tomo um longo e quente banho, pois, realmente estava muito frio e em seguida me arrumo. Como sempre, a minha mala já estava arrumada, era sempre assim quando eu ia para casa dos meus pais, eu ficava completamente nervoso e arrumava as coisas sempre dois dias antes.
Depois de preparar e tomar um belo e forte café sem açúcar, fico pensando em como a minha vida virou do avesso. Até 48 horas atrás eu estava ferrado por estar mentindo para minha mãe sobre uma noiva e um filho que não existiam, mas agora eu estava indo para casa da minha dela com uma noiva grávida. Okay, não precisam me lembrar de que ainda era mentira, mas pelo menos, no futuro dizer que houve uma separação será muito mais fácil de arrumar a história. Em relação ao meu filho imaginário? Podemos pensar nisso depois.
Depois de terminar o meu café, arrumo a minha casa e vejo as horas, bem, já estava na hora de sairmos. Stephanie já estava no meio do caminho dentro do táxi, então só faltava a Clary.
Assim que eu tranco a porta do meu apartamento, observo que as luzes dos corredores estavam apagadas, era um jeito de o prédio reduzir a conta de luz. Porém, a síndica esqueceu que há pessoas que chegam em horários tardes e como não tem sensor de movimento, ficamos andando pelo, o escuro até chegarmos no nosso destino, seja no elevador ou em nosso apartamento.
Com muito sacrifício, caminho até a porta dela e então ao chegar ao destino sem morrer, toco a sua campainha. Espero pela resposta dela e a mesma não atende, volta apertar a campainha mais algumas vezes e Clary não responde. Será que ela continua dormindo? Seria muita sacanagem dela, ou será que ela pode estar desmaiada? Meu Deus! Aquele dia no elevador ela quase caiu.
Começo a chamá-la e bater na porta dela, quando eu vou tentar abrir a mesma com força. A porta se abre e uma Clary abatida e com o rosto inchaço aparece em minha frente. Respiro ofegante observando ela, percebo que ela já estava arrumada, mas seus olhos estavam lacrimejando e em volta da sua boca e de seu nariz estava vermelhos.
Ela se escora no batente da porta me olhando e sorri fraco.
—Oi! — Sussurra ela acenando com a mão.
—Oi! Está tudo bem? — Questiono preocupado.
Ela se afasta da passagem ainda segurando o batente e faz um sinal para eu entrar, vejo a mala na sala fechada e um sanduíche com apenas uma mordida em cima da mesinha de centro com um copo derramado um liquido amarelo. Ela passa por mim depois de ter fechado a porta, recolhendo o prato e o copo a ouço responder:
—Tirando o fato de eu já ter vomitado litro, está tudo bem sim! —Responde Clary caminhando em direção a um corredor.
Segundos depois ela volta sem as coisas na mão e com um pano molhado, vejo ela se abaixar com dificuldade.
—Ei, deixa que eu faço isso! Termina de ser arrumar. Okay? — Sorrio para ela pegando o pano de sua mão e a ajudando a se levantar.
—Obrigada! — Ela agradece caminhando de volta ao corredor.
— Então agora está melhor né? Se ainda estiver passando mal, posso avisar a minha mãe que não vai dar... — Digo um pouco alto limpando a mesa.
— Estou bem, Kile. — Ela confirma do final do corredor.
Quando termino de limpar, faço o caminho anterior dela e antes de chegar ao fim do corredor, encontro a cozinha pequena que ela tinha. Já tinha percebido que aqueles apartamentos não eram padronizados, o meu apartamento era super espaçoso, por outro lado, o da Clary era bem minúsculo. Depois de guardar o pano lavado na área, observo a cozinha dela. Era simples, tinha apenas um armário, um micro-ondas e uma geladeira. Não tinha nada de fogão, nossa como aquela louca se alimentava? Só na base do biscoito e sanduíches?
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ALUGA - SE UMA NOIVA (EM REVISÃO DISPONÍVEL PARA LEITURA ATÉ 30/10)
RomanceObservações: O livro estará disponível no formato antigo até o dia 30/10, após isso, o mesmo será repostado com as formatações nas informações dos personagens e na história. Como todos nós sabemos, além da mentira se um pecado para Deus, ela também...