XI

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◇Kile Neves◇

Assim que adentrei o quarto, a primeira coisa que vi foram os olhos verdes confusos e sonolentos olhando ao redor, soltei um suspiro aliviado. Ela me encarou e, franziu a testa e me encarou de modo confuso.

— Eu não sei o que sinto sobre a você. — Diz ela colocando a mão na frente do rosto. — Eu estou com muita raiva de você, ao mesmo tempo, estou de mim também. Por ter de você.

Olho para ela sem saber o que fazer, e sorrio por ela estar confusa. Sento-me ao lado da cama e respiro fundo.

— Primeiro, eu te devo um pedido de desculpas. — eu digo sério. — Não devia ter dito aquelas coisas.

— Isso não importa. — ela diz impassível.

— Como assim, não importa Clary? É claro que importa. — eu digo alto, logo me arrependendo.

—É claro que não, Kile. —ela diz fria. - Pessoas com raiva, dizem o que realmente acham e o que pensam. —Senti minha garganta secar. —E você não fez nada demais, apenas disse o que realmente pensa.

—Não, é claro que não.-Eu não quis dizer aquilo.— Eu disse desesperado. —Pessoas com raiva dizem bobagens, eu não acho isso, não penso assim sobre a você.

Eu te acho guerreira e maravilhosa, pensei.

—Tanto faz, está bem claro para mim que você não tem bons pensamentos sobre a mim. Sei que me acha tola, por está grávida e vive sozinha.

—Clary, não ponha palavras em minha boca. —murmuro. — Não penso que você seja tola, acredito que seria melhor se você tivesse se precavido. No entanto, ter uma criança não é tão ruim. Uma bênção!

Meus olhos recaem em cima de sua barriga, fico pensando se a criança puxaria a mãe. Seria a coisa mais linda, se tivesse o mesmo tom de cabelo e as sardas da Clary.

Volto o meu olhar para ela, quando a mesma põem as mãos em volta da barriga em sinal de proteção.

—Eu sei, que cometi muitos erros no passado. No entanto, não posso chorar pelo, o leite derramado.—  A mesma suspira. —Essa criança foi a coisa mais incrível na minha vida, e hoje eu … Quase a perdi.

Noto os seus olhos repletos de lágrimas, estico a minha mão em forma de lhe dar conforto e ela recusa com um aceno de cabeça.

—Clary, não precisa sofrer por isso. Esta tudo bem, seu bebê está bem.

A mesma assente com a cabeça e limpa uma lágrima que escorre pelo, o seu rosto.

—Eu estou cansada! —Murmura ela com a voz embargada.

—Tudo bem, tente dormir um pouco. Estarei aqui ao seu lado, não precise se preocupar.

—Eu quero ficar sozinha, Kile.—ela diz encarando suas mãos.— Por favor.

Okay, ela não me queria por perto. Ela disse que estava com raiva de mim. Era óbvio, que eu tinha estragado o pouco que restava.

Olho para a mesma, que não me encarava. Ainda relutante me afasto dela saindo do quarto, me martirizando por ser tão idiota.

◇◇◇

Acordei sobressaltado com a porta se abrindo lentamente, minha mãe colocou o rosto para dentro e me viu deitado na poltrona. Sorriu fraco caminhando ate onde Clary estava deitada na cama.

—Ela está um pouco pálida. — observou.—Acorde ela enquanto eu preparo algo para ela comer, desde ontem a tarde que ela não desce.

—Mãe, ela anda bastante cansada. —olho para ela e sorrio.

ALUGA - SE UMA NOIVA (EM REVISÃO DISPONÍVEL PARA LEITURA ATÉ 30/10)Onde histórias criam vida. Descubra agora