irmãos

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Gente vcs nao acreditam no quanto eu sou uma imbecil, tinha dado uma semana certinho e esse capítulo já tava pronto bonitinho mas a anta aqui apagou sem querer todo o capítulo dai eu tive que refazer, por isso demorou 2 semanas, perdão pelo atraso!

No próximo cap tem soukoku e o encontro do verlaine e rimbaud!!

♡Boa leitura♡
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O peito, do que possuia longas madeixas loiras, subia e descia freneticamente junto de suas mãos trêmulas e a maneira inquieta com que se remexia naquela cama.

Eram exatas 5 da manhã, alguns minutos mais tarde teria de se arrumar para ir à escola. Ele odeia aquela escola, maldita hora em que sua mãe escolheu uma de período integral, sair dela às 4 da tarde não é nada agradável.

Sua mente estava totalmente nublada desde a discussão que teve com sua mãe na noite passada, ele não conseguiu se manter em paz desde este bendito momento.

Ele odiava seu pai, mas sua mãe não o entende, ou finge não entender. Ela sabe perfeitamente os motivos, mas prefere ignorá-los e consequentemente força a Verlaine ignorá-los também.

A fome lhe causa uma forte dor em sua barriga, que implora por algo para preenchê-la, mas Verlaine irá ignorar o clamar de seu proprio corpo, o que muito provavelmente o causará problemas futuros pela tal autodestruição inconsciente do loiro. Verlaine sempre foi bom em ignorar seus problemas.

Flashs pairavam sobre sua cabeça, tudo o confundia. Eles iam desde momentos em que tinham um teor feliz com o seu pai, até a brigas. As memorias felizes cortavam seu coração em pedaços, saber que tudo aquilo era apenas uma encenação sem valor o despedaçava em milhares de partes.

''Talvez eu deveria ter sido um filho melhor, eu deveria ter pedido para que ele segurasse minha mão mais vezes, devia ter feito ele gostar de mim de verdade''.

Dói. Seu peito arde toda vez em que fecha os olhos.

Ele se senta, dedilhando cada canto daquela cama de solteiro a procura de seu celular. Sua mão se move devagar, sua palma e dedos trêmulos o dificultam em achar qualquer coisa, seus sentidos estão dispersos, totalmente confusos de si.

Seus olhos se fecharam brutamente ao ligar o aparelho. A luz ofuscava sua visão deixando-a embaçada, se antes sua visão estava confusa agora ela está mais ainda.

Passou-se alguns instantes até se acostumar novamente com o brilho da tela, a visão parecia mais suportável, ao menos para concluir o que ele de fato deseja.

Seu cérebro vacila diversas vezes, digitando o nome de uma certa pessoa mas logo desistindo, a cena se repetiu algumas vezes até ele realmente resolver mandar algo.

"Oi pai, tudo bem?" - Mensagem enviada.

Seu pulmão falha mais uma vez naquela noite. Era tolice, ele devia parar de correr atrás.

Seus dedos trêmulos apagam tal mensagem, logo indo para outro contato, um contato que não o causa calafrios toda vez que seu nome é ditado, um contato do qual aquece o coração e corpo do loiro, o deixando vulnerável a tal pessoa, uma das unicas que ele confiava.

"Oi, tu pode me encontrar no mesmo lugar de sempre?" - Mensagem enviada.

Rimbaud não visualizaria esta mensagem tão cedo, ele geralmente acorda lá para as 5:30, mas ainda são 5:10. Esses 20 minutos eram agonizantes.

Verlaine não sabe se irá aguentar, 20 minutos a mais sozinho com sua mente. Ele se esforçava ao maximo para não pensar, se ele pudesse nunca mais pensar, seus pensamentos são seus piores inimigos.

Dupla caótica; SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora