exagerado, jogado aos seus pés

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"Hipérbole, ênfase expressiva da qual demonstra o exagero em uma frase.

Ex: Estou morrendo de rir."

É o que está escrito no quadro negro. A professora repassava o conteúdo de forma simplificada para uma futura prova que viria. ,

As aulas de português são realmente um saco, principalmente por causa da professora de idade - Que por acaso é tia avó do Dazai - que fazia questão de fazer tudo com uma grande lentidão. Ela era taxada como "chonga" demais, era uma aula chata da qual os alunos podiam jogar partidas de truco ou até sair de sala e ela nem ligaria.

Chuuya está extremamente entediado. Ele adoraria causar nessa aula porém a preguiça é maior, e seus amigos parecem pensar o mesmo.

Ele olha para um lado, seus amigos estão dormindo, pelo menos a maioria, alguns querem se concentrar na aula mas a maioria "tacou" o Foda-se. Ele olha para o outro, cadeiras vazias, alguns vazaram da sala de aula, Chuuya franze o cenho, "Como eu não vi eles saindo?" É o que ele pensa.

O ruivo se rendeu a preguiça, decidiu que iria dormir também. Deu um suspiro cansado, pegou sua bolsa e a colocou em cima da carteira, seria um travesseiro bem desconfortável porém já era alguma coisa.

Chuuya deitou sua cabeça no travesseiro improvisado. Um conforto desconfortável o invadiu, ele se sentia satisfeito. Seus olhos se fecharam bruscamente e ele pode sentir uma movimentação na carteira de trás, nada que o incomodasse.

Porém, quando estava quase entrando em seu tão esperado sonho, ele sente um pequeno baque em sua cabeça, seus olhos se abrem abruptamente pelo susto e, ao olhar para o chão, ele vê uma bolinha de papel.

Uma veia surge em sua testa e ele vira de modo brusco para trás. É tão óbvio quem jogou a bolinha de papel, Osamu tinha dessas de o infernizar em momentos de paz. Ambos são conhecidos pelos professores como alunos que discutem até que as gargantas não suportem mais, a única solução que os professores acharam para esse problema é justamente um mapa de sala, onde um garoto — Do qual eles nem fizeram questão de decorar o nome — os separa, o garoto em questão já não se encontra entre eles.

O ruivo decidiu fazer pouco caso da situação, Dazai claramente está debochando de sua cara, a feição do acastanhado é de contentamento, um sorriso perverso no canto de seus lábios e suas orbes escuras esbanjam malícia. Ao contrário do ruivo, ele parece querer causar um furdúncio para se divertir.

 

    — Vai se fuder, cavala idiota — O mostra o dedo do meio e volta a descansar a cabeça na mochila.

   Osamu solta um riso soprado, fixando seu olhar no chão e após alguns segundos voltando a encarar o ruivo.

     O moreno pega uma caneta e começa a escrever coisas em um papel qualquer de seu caderno, seus dentes mordiam seu próprio lábio ansiosamente e suas mãos escreviam bruscamente, chegando a fazer um estralo cada vez que a caneta se encontrava com o papel. Ao finalizar, ele destaca o papel do caderno e o amassa, jogando em Chuuya novamente.

   — Porra Dazai! Que caralho, me deixa em paz! — Ele se levanta de repente e pega uma borracha de um colega de classe, do qual não faz questão de lembrar o nome, e a joga com força no Osamu.

— Porra espantalho do fandangos pra que tanta agressividade?!  — Ralha Dazai jogando de volta a borracha no rosto do ruivo, seus braços formaram um "x" em forma de defesa. Ao fazer o comentário todos da sala riram, Chuuya realmente possuía algumas semelhanças físicas com o tal espantalho do salgadinho fandangos.

Dupla caótica; SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora