❷❻, The Dream

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The Dream

The Dream

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Oceana estava deitada de costas, respirando com esforço, como se tivesse corrido uma maratona

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Oceana estava deitada de costas, respirando com esforço, como se tivesse corrido uma maratona. Acordara de um sonho, apertando o rosto contra as mãos frias. O antigo medalhão em seu pescoço, que era de um ouro pesado com um "O" em incrustações de pedra azul brilhante na frente, ardia sob sua pele como se estivessem comprimindo nela um arame em brasa.

Ela se levantou, uma das mãos presa ao medalhão, a outra estendida no escuro a procura de sua varinha que deixara na cabeceira. O quarto entrou em foco, iluminado por uma luz fraca e enevoada vinda do seu feitiço de Lumus.

O'Neal tornou a passar os dedos pelo local. Continuava dolorido. Ela acendeu o abajur que estava um pouco distante, saiu da cama, atravessou o quarto e espiou no espelho que havia em sua parede branca. Uma garota pouco magricela de dezessete anos olhou para ela, os olhos tão escuros quanto o mar em dias de tempestade, e intrigados sob os medianos cabelos castanhos bagunçados. Parecia tudo normal ao olhar dela.

A garota tentou se lembrar do que estava sonhando antes de acordar. Parecia tão real... haviam duas pessoas que ela conhecia e uma que não conhecia... ela se concentrou, erguendo a testa, tentando se lembrar...

Veio a sua mente a imagem pouco esclarecida de um quarto escuro... havia uma cobra em cima de um tapete diante da lareira... um homem loiro e de pele esbranquiçada, cujo se esqueceu o nome... e uma voz aguda e fria...

A Rosier foi tirada de seus pensamentos num pulo de susto pelo batucar leve na porta de seu quarto. Fitando o local, vira que Liana quem estava ali, carregando algo como uma pequena cesta de palha em mãos.

— Ah, oi. - sorriu sem graça. — Acordei você?

— Não. - respondeu a O'Neal, ainda um pouco confusa. Ela acenou negativamente com a cabeça. — Tive um pesadelo, eu acho. - pausou por poucos segundos, levando uma das mãos em direção ao coro cabeludo. — Mas o que você estava fazendo acordada?

— Lanche da meia noite. - deu de ombros. — Não consegui comer muito durante o jantar por conta do cheiro do seu amigo.

Oceana revirou os olhos, algo que vinha fazendo com mais frequência que o normal desde que chegara em Hogwarts. Claro, os grandes culpados por isso, em sua maioria das vezes, eram Sirius Black e Liana Roxier.

Existia algo como uma certa rivalidade entre eles, e não existe problema nenhum nisso, desde que Oceana não precise ficar no meio dos dois. Infelizmente, as coisas aconteciam de outro jeito.

— Você e Sirius ainda vão acabar juntos, Lia. - falou, tomando um lugar na cama da outra bruxa, frente a frente a ela. — Pode anotar o que estou dizendo.

— Não entendo muito seus ditados trouxas, sabia? - declarou, pendendo a cabeça para o lado e enrugando a testa. — E sei que o Black tem se interessado por alguma bruxinha, mas definitivamente não sou eu.

— E gostaria que fosse você? - instigou, sorrindo sacana.

Liana a fitou com descaso, não tardando em atirar uma bomba de chocolate contra o peito da amiga. Ela continuou esvaziando a cesta, mas mesmo assim disse:

— Você deveria buscar saber o nome da pretendente dele. Isso, claro, caso ainda não saiba.

— E por que você gostaria de saber o nome dela, hm?

— Pelas barbas de Merlim. - resmungou mais alto do que deveria, batendo ambas mãos contra o colchão. — Não me lembro de você ser tão chata assim antes.

— A convivência com você me estragou um pouco.

Depois de receber um olhar de deboche de Lia, um breve silêncio instalou-se entre as garotas. Eram sortudas, pois agora todo aquele quarto da Ravenclaw as pertencia, e isso porque a outra bruxa acabou se mudando para alguma outra escola de magia. Assim, estavam livres para fazer quanto barulho quisessem, mesmo com as queixas das outras meninas nos dias seguintes.

Degustavam daquele mini banquete que fora muito bem preparado pelos elfos. Oceana nem sequer estava com tanta fome assim, mas tendia a exagerar um pouco quando estava nervosa. Os flash's daquele sonho ainda estavam frescos em sua cabeça, e não saber o significado de tudo a irritava.

Afinal, quem eram aqueles dois homens? E por que um deles lhe parecia tão familiar?

— Seja o que for que você sonhou, realmente mexeu com a sua cabeça, hm? - comentou.

— Talvez, acho que sim. - suspirou. — Foi que... tudo pareceu tão real.

— Então me conte como foi.

E assim, a O'Neal contara minuciosamente todos os detalhes dos quais se lembrava. A Roxier parecia ouvir tudo com muita atenção, assentindo com a cabeça alguns vezes.

— Esse menino, o loiro, talvez seja algum aluno. - considerou Liana. — Peter tem cabelo loiro.

— Não, não acho que seja o Peter. - defendeu. — Eu me lembraria do rosto dele, claro que sim.

— Ah, nunca se sabe. Você mesma diz que ele vem andando bastante distante do grupo, mais distante que Sirius.

— Sim, mas talvez seja o jeito dele. - explicou, a voz murchando aos poucos. — E tinha uma cobra, e Peter odeia cobras.

— Odeia cobras, mas baba pela Selena todos os dias no Salão Principal. - agora, Lia quem revirara os olhos.

Selena era uma aluna de Slytherin. Consideravelmente alta, corpo magro, fios de cabelo quase brancos e olhos verdes. Ela era uma Malfoy, bruxa puro-sangue e, de longe, uma das alunas mais brilhantes de Hogwarts quando se fala sobre o preparo de poções.

Oceana nunca tivera muito contato com ela, trocaram apenas algumas palavras quando se esbarraram pelo corredor uma vez. Por isso, nem sequer podia opinar sobre a garota, mas Liana pensava de outra forma.

Para a Roxier, Selena Malfoy era como uma pedra em seu sapato. O por que? Bem, isso era o que a O'Neal vinha tentando descobrir, mesmo que as vezes apenas deixe o assunto ir embora.

— Não odeia a Selena simplesmente por ela ser da Slytherin, certo? - arqueou uma das sobrancelhas.

— O que? Claro que não. - bateu a mão contra o ar. — Algum dia falaremos sobre isso, mas não hoje.

— Tudo bem, Srta. Liana. - ergueu as mãos para o alto, em rendição. — Mas não pense que deixarei você fugir desse assunto mais uma vez.

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⏰ Última atualização: Mar 24, 2023 ⏰

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AKAI ITO • REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora