extra I

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Os Dias passavam voando, e antes que pudesse perceber, Chifuyu já não tinha mais seu "tanquinho", agora sua barriga estava redondinha, deixando os namorados completamente boiolinhas.

Aos cinco meses, sua barriga já estava extremamente aparente, e não podia mais fazer nada sozinho. Desde que acordou naquele hospital, a pouco mais de três meses, Baji e Kazutora não lhe deixavam sozinho, sempre lhe mimando.

Voltar a sua casa depois de quase dois meses não foi fácil.

Ainda lembrava da angústia que sentiu ao entrar em seu lar e descobrir que nos dias em que estiveram separados, Kazutora e Baji mudaram boa parte da decoração. Os quadros que tinha ajudado a escolher não estavam nas paredes, assim como os porta-retratos que antes mostravam fotos dos três.

O sofá já não era o bege clarinho onde passaram anos assistindo filmes até de madrugada, e a mesa de centro também havia sido trocada por uma nova, sem a pequena manchinha de vinho que um dia derrubaram ali durante uma noite mais… quente.

Até mesmo o jogo de pratos de porcelana que havia ganhado da mãe de Baji no dia que foi apresentado para a família de Keisuke não estava mais na cozinha.

O quarto que dividiam era o único sem muitas mudanças, mas não lhe deixou mais feliz saber que os namorados nem sequer estavam dormindo ali, e sim na segunda suíte — onde agora estava sendo montado o quarto do bebê.

‐ Fuyu ? - virou para a porta do quarto ao escutar a voz calma de Kazutora, lhe encontrando parado com uma bandeja recheada de comidas. Os olhos dourados estavam fixos em sua barriga, que estava descoberta, afinal o dia estava quente e vestia apenas uma bermuda folgada que pertencia a Baji.

Chamou o mais velho com um acenar, e sorriu bobo ao vê-lo colocar a bandeja ao seu lado, e se abaixar deixando um beijo em sua bochecha, logo depois cobrindo a pele de sua barriga com as mãos. Deixou um beijinho sobre onde seu bebê era formado.

Kazutora com toda certeza era o que mais demonstrava carinho consigo. Não que Baji não fosse carinhoso, mas ele tinha um jeito diferente de mostrar, era mais contido.

Já o Hanemiya nunca conseguiu esconder o que sentia quando estavam apenas os três. Ele abraçava quando estava feliz ou carente, brigava apenas quando sabia que estava certo e nunca conseguia esconder durante uma briga entre Chifuyu e Baji de que lado estava. Além de que era extremamente carente e manhoso, um pouco birrento também.

‐ Onde Baji está ? - o loiro perguntou. Havia acordado a pouco mais de dez minutos, e não escutou a voz do outro moreno pela casa. O que era no mínimo inusitado, já que sempre que acordava, os dois namorados estavam ali.

‐ Foi pra uma reunião na empresa, mas volta a tempo pro almoço - respondeu calmo. Ajudou o amado a se sentar — este que revirou os olhos para o cuidado excessivo — e se sentou ao seu lado, com as costas apoiadas na cabeceira e a bandeja de comida no colo - Mary fez salada de frutas e bolo de cenoura - falou apontando para os dois recipientes com as comidas citadas. O resto da bandeira era recheada de frutas.

Observou com os olhos brilhantes o mais novo pegar um pedaço de bolo, comendo com prazer.

….

Estava voltando de mais uma consulta de rotina, e dessa vez, Baji quem estava consigo, já que Kazutora teve de ir a empresa resolver algumas pendências. Já estava com pouco mais de seis meses de gestação, e em duas semanas deveria ir permanentemente para o hospital, até que o bebê nascesse.

Se sentia eufórico, sempre era reconfortante ouvir o coração do seu menino batendo. Era seu som preferido desde a primeira ultrassonografia.

flashback On

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