Como não se apaixonar por ela? [Daisy Jones and The Six] (REVISANDO)

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Não éramos mais jovens e inocentes. Curtimos aquela turnê como uma lua de mel, levei Camila para dançar todas as noites e descobrimos novas coisas e novos gostos. Tiramos fotos em todas as cidades que passávamos, algumas com o pessoal da banda e outras sozinhos.
— Por que tirar tantas fotos, mi amor? — perguntei em uma noite de insônia.
Ela olhava para os filmes de sua câmara, separando quais iriam revelar na manhã seguinte.
Ela olhou para mim e sorriu.
— Para não esquecer desses meses. Não quero esquecer de nada.
Sorri e a puxei para o meio da cama, deitando em cima dela.
— Não se preocupe, eu vou passar o resto da sua vida lembrando como somos incríveis juntos.
Ela riu e colou os lábios nos meus.
Estar com Camila era fácil e certo. E eu não queria perder mais nenhum momento. Queria me casar com ela, deslizar um anel de ouro em seu dedo e apresentá-la para todos como minha esposa.
Porra.
— Eu quero me casar com você — eu contei a ela no final da turnê. Tínhamos apresentado nosso último show e o fãs ainda gritavam por nós.
Camila olhou para mim e sorriu.
— Aé? Isso é um pedido de casamento, Eddie Loving? — desafiou.
— Isso é o que você quiser que seja, Camila. Me diga se você quer casar comigo?
Ela olhou para frente, onde os equipamentos estavam sendo desmontados e ficou em silêncio, pensando.
Eu esperei pelo tempo dela. Eu não tinha medo de sua resposta, ela me amava então se dissesse que não queria casar, eu aceitaria namorá-la pelo resto da minha vida.
Ela olhou para mim, determinada.
— Daqui três meses, Eddie. Quero uma grande festa em Pitsburgh, quero minha família e a sua presente. Quero minhas filhas de daminha e um vestido mais branco que eu encontrar. Você faria por mim?
— Eu faria qualquer coisa por você.
Ela assentiu.
— Você amaria minhas filhas como suas? Sou mãe e elas estão no pacote quando casarmos.
Eu puxo sua cintura e abraço minha mulher.
— Eu as amo por suas filhas, Camila. Posso não vê-las há anos, mas eu as amo desde do dia em que elas nasceram com sua cara. Porra, Camila. Qualquer filho que você tenha, sendo meu ou não, eu daria minha vida para essas crianças.
— Você quer ter filhos?
Eu reflito.
— Eu quero o que você quer. Se você quiser aumentar nossa família, eu aceitaria. Você quer?
Ela morde o lábio inferior e me olha com aqueles grandes olhos.
— Não sei, eu gosto do meu trabalho e as meninas já ocupam muito tempo.
Seguro sua nuca e puxo seu rosto para mim.
— Para mim, nós cinco seremos perfeitos.
Eu a beijo.
Ela se afasta um pouco.
— E o Billy?
Porra, eu tinha me esquecido do Billy.
— Ele ainda é pai das meninas, vocês precisam se dar bem.
Aquele egoísta de merda não vai me tirar esse sonho.
— Eu faço qualquer coisa por nossa família, mesmo tendo que aturar Billy Dunne.
— Eddie...
— Camila, nada vai me fazer desistir de você — olho dentro dos seus olhos. — Pare de arrumar desculpas e curta nossa felicidade.
— Eu te amo.
Sorrio. É tão bom ouvir ela dizer que me ama que de vez em quando parece um sonho.
Ficar acordado nunca foi tão fácil.
— Eu te amo, Camila Loving.
Camila me beija ávida.
Quando voltamos para Califórnia, uma semana antes do casamento de Warren, tínhamos que encarar a vida que deixamos, onde existia Billy Dunne, filhos e compromissos com os The Flayers.
Camila me levou para sua casa e disse que precisava me apresentar para as meninas. Não como seu namorado, mas como amigo. Eu precisava me aproximar das pequeninas.
Ela não morava no mesmo endereço. Morava numa casa confortável perto do estúdio do Freddie.
Ela entrou e me puxou para dentro e antes que fechasse a porta, três garotinhas de tranças correram para Camila.
— Mamãe!
Camila abraçou as três, apertando-as e beijando-as. Dizia o tamanho de sua saudade e  sentia meu coração encher de amor.
Elas cresceram nesse tempo que estive longe, Julia tinha perdido os dentes da frente e usava uma franja. As gêmeas...
Nossa, elas estavam lindas...
— Camila?
A voz de Billy chegou, fazendo minha coluna travar. Parece que o encontro vai ser mais cedo do que esperava.
Ele entrou pela porta do jardim dos fundos e ver Billy depois desses anos...
Não estava mais lá, a raiva que eu sentia de Billy Dunne. Em algum momento nesses meses ela partiu, eu tinha tudo o que queria e ele não tinha o poder de me tirar o sucesso do The Flayers ou Camila.
Eram meus.
— Eddie...
Meu nome soou de uma forma nada agradável na sua voz.
Camila levantou e ficou ao meu lado, ela estava calma e sorridente.
— Oi, Billy.
Aproximou e o abraçou e logo se afastou.
— Eai, cara — eu disse.
Ele olhou para mim como se nunca tivesse me visto de verdade, como uma traição eu estar ao lado de Camila.
— Manias que tal vocês voltarem e brincar com a vovó?
Elas sorriram e correram para o quintal e da mesma porta Daisy Jones entrou sorridente.
— Camila!
E a abraçou e depois me abraçou.
— Eddie! Quanto tempo, eu ouvi Sky e adorei.
Ela não se importava com a tensão na sala e gostei ainda mais de Daisy.
Ficamos todos em silêncio e por um segundo eu vi o resto da minha resumida nessa cena, eu iria fazer parte da vida das meninas e de Camila e por causa disso, conviveria com Billy e Daisy.
Billy não gostou muito do cenário, mas acho que é um pouco por ser eu e a maior parte é por ver Camila feliz com outra pessoa. Nenhuma reabilitação será capaz de tirar o traço egoísta da personalidade de alguém
E Billy Dunne era um babaca egoísta.
E por sorte, não levei nenhuma surra.
Camila afastou com Billy para conversar com ele, me deixando sozinha com Daisy.
Ela estava limpa e feliz, havia uma serenidade em seu rosto que eu nunca tinha visto. Ela me contou sobre a clínica de reabilitação e sobre Simone salvar sua vida.
E ouvindo-a falar da forma que falava, eu soube que The Six nunca teve uma chance.
Estávamos fadado a ser a faísca que incendeia mais forte e mais rápido.
— Estou feliz que Camila encontrou alguém que a ame da forma que ela merece e ela merece muito amor — Daisy disse e apertou a minha mão.
Depois voltou a brincar com as meninas no quintal e Billy e Camila entraram. Ela sorriu e sentou ao meu lado, aninhou no meu abraço. Billy viu tudo, notei seu maxilar tensiona, mas ele não fez nada, seguiu Daisy.
— Ele não será um problema para nós. Não será como foi nossa relação, mas será amigável pelas meninas — ela disse.
— Para mim, você é tudo que importa.
Beijo seus lábios e ela sorri.
— Ele perguntou quando começou a nossa relação.
— E o que você disse?
— Que se eu não pergunto sobre a relação dele e da Daisy, ele não tem o direito de perguntar a minha.
Eu ri e Camila acompanhou minha risada.
Depois de Billy saber sobre nosso relacionamento, não havia motivos de esconder e não escondemos. Fomos juntos no casamento de Warren, que por sinal foi num iate. Não sabia o que Lisa via no Warren, mas seja o que for a fazia feliz para caralho.
Fiquei ao lado dele quando ele fez os votos de amar e proteger Lisa e foi estranho ver onde nossa amizade chegou. Porra, eu conheço Warren desde que ele aprendeu a andar, aprendemos juntos, e estar com ele quando ele beijou sua esposa...
Estamos ficando velhos.
Olho para os convidados e Camila tem os olhos em mim, sorrio para ela. Ela sorri e limpa uma lágrima.
Em dois meses será nossa vez.
Quando a cerimônia terminar vou até minha garota e beijo seus lábios. As meninas fazem som de nojo e rio.
— Mamãe não devia beijar tio Eddie — Gabriela diz com os olhos fechados.
Agora eu sou o tio Eddie, o tio que namora a mamãe. Isso me faz rir porque em poucas semanas que faço parte da vidas das meninas, mais me sinto apegado a elas.
É tão fácil amar as filhas de Camila...
— Tio Eddie pode beijar a mamãe, meninas. Que tal roubar uns docinhos?
Elas sorriem e vão atrás dos docinhos do casamento, me deixando sozinho com Camila.
— Em dois meses será a nossa vez.
— Estou morrendo de ansiedade de finalmente poder te chamar de minha esposa, mi amor.
Beijo a ponta do seu nariz.
— Eu gosto quando você me chama de mi amor — ela diz fechando os olhos e suspirando. — É tão você, Eddie. Tem tantas coisas suas que estou louca para conhecer...
— Temos todo tempo do mundo e a vida só vai melhorar.
Ela sorri e me abraça.
Ter o amor de Camila me emociona, temos uma rotina exaustante. Eu com a banda e ela com o trabalho e as meninas, mas eu escolhi tomar pequena atitudes que mostrem que estou para ela.
Toda manhã que não estou com ela, eu ligo para dar bom dia e eu estou presente em todos os jantares, nunca me atraso.
Ela me recebe toda vez com um beijo e as meninas não estranham minha companhia.
E até os jantares com Billy e Daisy a tensão diminuiu, aos poucos estamos escontrando o caminho para uma relação.
Toda noite que vou embora eu conto quantas noite faltam para o nosso casamento. Depois de me tornar o marido de Camila, nunca mais vou embora.