𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 06

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Mummy don't know daddy's getting hot
At the body shop
Doing something unholy
He's sat back while she's dropping it
She be popping it
Yeah, she put it down slowly
Oh, eh, oh, eh, oh, he left his kids at home
So he can get that
Mummy don't know daddy's getting hot
At the body shop
Doing somethin' unholy

  Unholy (feat. Kim Petras) Sam Smith

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Jeongguk abriu a porta do passageiro da sua Mercedes-AMG G 63 preto, e eu entrei. É um carro incrível e muito confortável. Ele não falou nada sobre a explosão de sentimento que eclodiu no elevador. Devo perguntar? Deveríamos falar sobre o assunto ou fingir que não aconteceu nada? Isso não pode ser real, meu primeiro beijo sem restrição. Com o passar do tempo, é atribuído um caráter mítico como a lenda do rei Artur ou a Cidade Perdida de Atlantis. Nunca aconteceu, nunca existiu. Talvez eu tenha imaginado tudo. Eu toquei meus lábios, estavam inchados de seu beijo. Definitivamente, aconteceu. Sou uma mulher mudada. Eu quero muito esse homem, e lá no fundo, bem lá no fundo eu sei que ele me quer também.

Olho para Jeongguk e ele está como de costume: correto, educado e um pouco distante. Tão confuso. Ele liga o motor e abandona sua vaga no estacionamento. Ele conecta o celular no bluetooth do carro. O interior do automóvel foi preenchido pela mais doce e mais mágica música da minha banda favorita. Uau... todos os meus sentidos estão em desordem, por isso estou duplamente afetada. Enviou arrepios deliciosos a minha coluna vertebral. Jeongguk se dirigiu para meu apartamento. 

—— Não é possível. Riu sem acreditar. — Você gosta de The Neighbourhood? 

—— Sim, é uma das minhas bandas favoritas, eles são bons.

—— Jeongguk, eles são simplesmente os melhores, isso é incrível. Fico surpresa por saber que Jeongguk escuta esses tipos de músicas, na minha cabeça ele só escutava músicas clássicas ou algo do tipo.

—— É, não é? Ele sorriu enquanto olhava para mim. E por um momento aparentou sua idade, jovem, despreocupado com a vida e bonito até perder o sentido. É esta a chave para chegar a ele? A música? Me sento e ouço as vozes angelicais, sussurrantes e sedutoras. 

—— Pode voltar a tocá-la? 

—— Claro. Jeongguk apertou um botão, e a música voltou a me acariciar. Invadindo meus sentidos de forma lenta, suave e doce. 

—— Você gosta de música Indie? — Perguntei tentando descobrir algo de suas preferências pessoais. 

—— Meu gosto é eclético, Dianna. De Thomas Tallis a Heavy Metal. Depende do meu estado de ânimo. E o seu? 

—— O meu também. Embora eu não saiba quem diabos seja Thomas Tallis.

Voltou em minha direção, me olhou um instante e voltou a fixar os olhos na estrada. 

—— Algum dia te mostrarei algo dele. É um compositor britânico do século XVI (16). Música coral eclesiástica da época dos Tudor. — Ele sorriu. — Parece muito esotérico, eu sei, mas é mágico, Dianna. Pressionou um botão e a música voltou a tocar. Essa eu conheço. "Reflections." Muito oportuno. Repentinamente, o som do seu celular interrompeu a música. Jeongguk apertou um botão do volante. 

—— Jeon. — Respondeu bruscamente. 

—— Sr. Jeon, sou Welch. Tenho a informação que pediu. Uma voz áspera e imaterial chegou através dos alto-falantes. 

—— Bom. Mande-me por e-mail. Algo mais? 

—— Nada mais, senhor. Apertou o botão, a chamada encerrou e voltou a tocar a música. Nem adeus, nem obrigado. Estou tão feliz que eu nunca considerei trabalhar para ele. Estremeço sozinha só de pensar. Ele é muito controlador e frio com seus empregados. O celular voltou a interromper a música.

𝐒𝐡𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐨𝐟  𝐛𝐥𝐚𝐜𝐤 | 𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐞𝐨𝐧𝐠𝐠𝐮𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora