cap 1 ❤️‍🔥

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O primeiro disparo de tiro foi ouvido depois dos fogos no céu anunciando invasão, o pesadelo começa novamente, eu detesto ter que ouvi os gritos de desespero das pessoas das comunidades

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O primeiro disparo de tiro foi ouvido depois dos fogos no céu anunciando invasão, o pesadelo começa novamente, eu detesto ter que ouvi os gritos de desespero das pessoas das comunidades. Estou no morro do Alemão, vim ver se cresço aqui dentro também já que conquistei a confiança de muitos aliados do comando vermelho, o chefe me destinou uma missão de milhões, isso vai me fazer mais forte e poderosa perante a ele.

— Caralho, foi só eu subir o morro de vocês que começa uma invasão. — falo tirando os óculos dos olhos.

— São os vermes, quero geral atirando para derrubar os fardados, eles não vão ter pena de meter bala em vocês, bora, bora porra. — o chefe do Alemão grita falando com os vapores que estão a sua frente. Ele é um homem de corpo magro de pele branca e cabelo pratinado que não me chamou atenção já que ele tava se jogando para cima de mim, que idiota, bem pensa que eu sou alguma mulher fácil.

— Cuida do teu morro Zeca, irei conversar com a Burguesa em seu escritório. — o chefe diz e ao mesmo tempo ele me guia para uma sala que era na boca mesmo, tem várias drogas que tem um cheiro bem forte, eu não sou viciada em nada, mas as vezes pra tirar o estresse fumo.

— Sou toda ouvidos senhor.

— Tão educada e ao mesmo tempo tão maluca e malvada, bem vinda mais uma vez realeza, sei que em você eu posso confiar de olhos fechados, é a dona da minha vida. — ele sorri para mim e eu sinto um conforto tão grande no meu coração.

— Obrigada eu estava morrendo de saudades de você. — sem perca de tempo abraço ele como se dependesse disso para respirar, é muita saudade.

— Minha pequena como está linda, esses 5 anos passaram voando,
está uma adulta e muito bem treinada, que orgulho de você princesa.

Me chamo Livia, mas esse não é o meu nome verdadeiro, fui registrada como Mayla Dew, mas meu pai sempre deixa ocultado para que ninguém saiba que eu sou sua herdeira. Sou filha de Stênio Dew, um grande empresário no mundo dos negócios, tem várias propriedades, carros de luxo, hotéis, empresas entre muitas outras coisas, um homem muito importante na mídia e por outro lado ele é o chefe do comando vermelho, cresceu no tráfico mas sempre ocultou sua identidade assim como fez comigo me mantendo longe de todo o mundo do crime. Os únicos que sabem sua identidade são os líderes de cada morro que meu pai lidera, porém não sabem da minha existência, ele sempre leva tudo no sigilo, quem ousar abrir o bico morre da pior maneira, ele tem gente dentro da polícia que costuma chamar de seus espiões e vários outros enfiados em seus esquemas criminais.

Sou filha única, minha mãe se chamava Maya morreu em meu parto por eu ter passado da hora de nascer, ela preferiu minha vida do que a dela, já que eu era fruto do seu amor com meu pai. Desde então o Gringo entrou de cabeça para o mundo do crime, ele já era bem sucedido nas empresas e isso só facilitou seu crescimento.

Ele investiu em mim, me tornei uma pessoa muito inteligente falo várias línguas e amo um luxo, eu herdei muitas coisas dele inclusive a manipulação, coragem e a vontade de entrar para o mundo do crime, tenho prazer por matar pessoas que são cruéis, fui treinada por mafiosos para defender o meu império.

Até então ninguém sabe quem sou eu, apenas sabem que o Gringo confia em mim, a única coisa que a mídia sabe sobre mim é que eu moro com meus avós maternos desde que nasci, isso era verdade até eu vim embora da Rússia para o Brasil, já faz um ano que eu estou no país mas só hoje tive contato com o meu pai, eu tinha que me acostumar ao Brasil, as favelas e tudo mais, passei por várias favelas e me encantei pelas comunidades, pois meu destino é traçado pela adrenalina, até então os confrontos e vitórias são o que almejo.

Meu pai me deu meu vulgo pela a vida luxuosa que levo, ninguém pode sonhar que me chamo Mayla, para todos sou Burguesa ou Livia e assim será.

— Paizinho eu não aguentava mais ficar sem ver você. — beijo seu rosto.

— Eu também minha princesa...

— Só quero que não julgue minha decisão de entrar para o crime, sabe que eu sempre quis isso, sei o quanto é importante para você.

— Eu não terei muito tempo, tenho uma reunião daqui a uma hora, prometo que vamos nos ver mais vezes minha linda, você está idêntica a sua mãe você foi o nosso presente especial, obrigada por me fazer lembrar dela pequena.

— Eu te amo papai.

—Eu também amo muito você minha pequena.

Ele pega em minhas mãos me levando até a um sofá que ficava no canto da sala, nos sentamos nos olhando.

— Preciso de você, quero que passe por uma pessoa, essa pessoa fecha comigo sempre, um parceiro foda, lidera a maior favela do Rio de Janeiro, preciso saber se ele é merecedor que eu passe meu comando para ele, confio em você filha e sei que saberá me confirmar se é a pessoa certa.

— Então era isso, que bom que entendeu que eu gosto do crime mas não quero ficar toda minha vida comandando facção. Eu sou uma mulher de momentos.

— Você já sabe que ninguém pode saber que é a minha filha, deixa que eu vou arrumar qualquer história para dizer para o dono da rocinha. Minha princesa eu tenho que ir, em breve mando te buscar.

— Tá bom papai, quando irei para Rocinha?

— Hoje mesmo, agora ou a noite, já mandei prepararem uma casa para você do jeitinho que você gosta.

— Com o quarto rosa ?

— Sim meu amor, uma casa rosa para minha bonequinha.

Eu abraço ele, me despeço e ele sai da sala planejando como vou sair em meio uma invasão.

— Vem comigo, não vou te deixar aqui com o Zeca. — ele pegou minha mão e fomos para a mata que tinha um carro onde pegamos uma estrada que logo nos levou até um helicóptero.

Pousamos em uma pista particular secreta onde cada um pegou um carro diferente. Meu pai me disse que deu ordem para a empregada arrumar toda as minhas coisas para a mudança, ele sempre se empolga demais, eu vou ter que ir direto para Rocinha.

Zeca
Dono do morro do Alemão

Burguesa do tráfico Where stories live. Discover now