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Escuta minha campainha tocar sem parar, estava no meu quarto a procura de uma roupa adequada pra ir pro baile.
— Abre essa porta caralho. — Ret tá quase derrubando a minha porta la baixo. — caminho apressada de toalha até a sala e abro a porta.
— Que merda. Quer me deixar louca ?— falo olhando pra ele que está suado só de bater em minha porta, pelo que aparenta está treinando.
— Ou sem noção, que porra são aqueles que tavam na porta do meu morro ? — tinha esquecido das meninas.
— Onde estão elas? — falo com um sorriso nos lábios.
— Estão subindo, tua sorte que eu liguei pro teu macho e ele mandou liberar, né segredo que tu é o brinquedo dele e ele tem que ser informado de tudo né criança. Atividade. — ele fica me olhando dos pés a cabeça, mas eu adoro o seu olhar de desejo, faço nem questão de impedir.
— Filho da Puta. Se você falar mais uma vez que o Gringo é meu macho eu quebro os seus dentes. — me aproximo dele o enfrentando seu grande corpo.
— Antes de tu encostar um dedo em mim, eu te quebro inteira. — ele fala e seu hálito de maconha misturado com bebida me perturba.
— Experimenta me quebrar... Acabo com teu reinado. — antes de ele abrir a boca pra falar, escuta as vozes finas e irritante em um grito.
— Amigaaaaa.
— Aí meu Deus do céu. — corro até elas, e abraço cada uma com toda vontade do mundo.
— Nossa como vocês estão lindas. — escuto o radinho de Ret tocar e logo ele sai.
— Você está uma típica brasileira, que corpão é esse Lívia. — Stella fala enquanto Amelie ainda me abraça.
— Obrigado. Vamos entrar, hoje tem uma festinha para vocês, diretamente da Rússia para o baile da Rocinha. Fiquem à vontade, a minha casa é a casa de vocês.
— Lógico que vamos ficar à vontade, não temos data pra voltar, pedimos afastamento da máfia.
...
Já são as 22h00 da noite, estamos prontas e com fotinhas tiradas. Mandei mil mensagens para o Ret poder vim me buscar, tive que pedir o seu contato pro meu pai, ele nem respondeu apenas apareceu e tá buzinando o carro a 2 minutos.
— Já tô indo inferno. — grito e as meninas riem.
Durante o tempo que a gente estava se arrumando, eu meio que contei o que está acontecendo, não entrei em detalhes, não disse do meu pai. Disse apenas que estou aqui em missão, expliquei como funciona as coisas no morro, e disse que o crápula é o dono daqui, também disse para falar que nos conhecemos durante a faculdade na Inglaterra.
