Ester Narrando,
Hoje estava fazendo um mês que meu pequeno havia nascido, e foi o mês mais difícil a minha recuperação os cuidados com o bebê eu me sentia em alto mar com fortes ondas se quebrando em cima de mim, sem tempo para ao menos conseguir puxar o ar com mais força, me sinto exausta mas ainda sim sei que não vou desistir JP bom ele ainda continua em coma, o hospital me ligou hoje umas três vezes pedindo que eu fosse até lá, mas eu não quero ir não por não querer velo mas por medo do médico falar que quer desligar os aparelhos que não tem mais jeito que ele não vai mais acordar, eu não vou saber lidar com isso, eu que pesava 62 quilos estou hoje com 48 e parece que minhas pernas não tem força suficiente para me aguentar em pé, as profundas olheiras e aquele olhar que não há um brilho a bastante tempo, eu só queria dormir umas três horas seguidas para poder descansar, mas aqui estava eu dentro do carro com o bebê na cadeirinha entrando no hospital, sei que não deveria traze-lo mas eu não tinha com quem deixa-lo.
Doutor: Pedi que viesse cedo ta tudo bem com vocês, essa sua cara não ta boa.
Só estou cansada, porque pediu que eu viesse, se for pra falar que vão desligar os aparelhos eu não autorizo.
Doutor: Imaginei que teria essa reação, mas o assunto não é esse.
Então qual é?
Doutor: JP acordou essa madrugada, ainda meio perdido fiz todos os exames e ele está bem se recuperou dos ferimentos e ele estava colocando esse hospital a baixo porque voce ainda não estava aqui, eu conversei com ele se ele se lembrava da conversa que voce tinha com ele quanto ele dormia, ele disse que não lembrava muito então eu contei tudo que havia acontecido, o confronto o coma a sua descoberta da gravidez a sua depressão e suas crises de ansiedade, ele ficou desesperado e precisou ser dopado pois não parava de repetir que precisava te ver e cuidar de você. Ester eu acompanhei de perto tudo o que você passou, então por favor não guarda mais pra você isso ta te matando dia após dia.
Ta tudo bem, eu posso ver ele agora?
Doutor: Ele ainda ta dormindo, mas você pode ir até o quarto quer que eu peça uma enfermeira para ficar com o bebê?
Não precisa, eu vou levar ele. - Eu sai daquela sala com as pernas trêmulas, fui até o quarto e ele dormia sereno, mas agora sem ajuda dos aparelhos, eu dei um selinho e me sentei o bebê resmungou então eu comecei a lhe dar de mamar fechei os olhos para descansar um pouco e me assustei com mãos no meu cabelo.
JP: Eu pensei que nunca mais fosse te ver, eu sou pai de um filho seu, amor me desculpa por deixar você passar por tudo isso sozinha, eu vou cuidar de você, não amor não chora por favor.
Eu tive tanto medo, medo de não te ver de não consegui trazer nosso filho ao mundo.
JP: Você foi muito guerreira, lutou por mim e pelo nosso filho, mas agora eu vou te ajudar a lutar por você, vamos sair juntos dessa depressão fazer o possível para que não tenha mais crises de ansiedade, eu prometo que não vou mais te abandonar.
Eu te amo tanto.
JP: Eu sempre vou te amar.
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Prazeres Obscuros
RomanceAonde a obsessão se tornou a maior aliada, causando desejos e vontades incontroláveis, nem tudo precisa ser exposto na calada da noite em meio ao bolos das notas de cem ela vem e acaba com o meu juízo, eu abuso e uso de toda a minha ganância dou o q...