02. Crisântemos

147 22 6
                                    

🪻 Seja bem-vindo, tenha uma boa leitura!

Havia-se passado uma semana desde a chegada de Celest, e aos poucos ela colocava tudo no lugar.

Sua casa era um ambiente muito agradável, era colorido, porém de um jeito suave. Algumas semanas antes ela foi juntamente do melhor amigo Kim pintar as paredes de amarelo pastel, foi uma bagunça enorme, mas foi uma tarde divertida com direito a roupas manchadas, limonada e um bolo feito pelo rapaz.

Contudo, hoje tudo já estava no seu devido lugar. A casa era particularmente grande para ela viver sozinha, mas era como sonhava. As paredes naquele tom alegre, e o piso de madeira, lisinho e claro. A decoração vagava entre madeira escura, branco e bege, porém haviam detalhes em destaque em sua casa, como o sofá que parecia digno de um palácio, ou as janelas ornamentadas branca, que lembravam a Itália, também não podíamos esquecer das flores, os livros e aquela penteadeira extremamente bonita em seu quarto, tão branquinha que brilhava.

- Lar, doce lar! - disse para o vazio de sua casa, quando apoiou os cotovelos no batente de uma das janelas, analisando o interior de longe.

Naquele momento, onde sua casa estava perfeitamente com tudo no lugar, ela pensou o que poderia fazer primeiro, e sua primeira ideia foi fazer biscoitos. Pensando assim, amarrou os cabelos, seguiu até a cozinha e amarrou o avental na cintura e em seguida lavou as mãos. Procurou entre os livros de receita de sua avó em uma das gavetas, procurando o que estava com vontade de fazer.

Foi um pouco difícil fazer aquilo que pensava que não era tão difícil, mexer a massa e fazê-la não grudar na sua mão foi uma tarefa complicada, mas quando fechou o forno e os projetos de biscoito começaram a assar, ela sorriu aliviada. Aproveitou o tempo de espera para ir até o lado de fora, onde seu jardim brilhava com todas as flores bonitas e bem cuidadas e surpreendentemente se assustou, ao encontrar seu vizinho, retirando as folhas mortas. Ele havia até mesmo aparado a grama. Até mesmo Sky olhou o garoto com olhos suspeitos, o grande cão tinha expressões humanas as vezes.

- Olha, você por aqui! - ele levou um susto, que a tesoura quase escapuliu de sua mão.

- Ah, sim... - ele disse simples, a verdade é que quando saiu naquele dia e viu o jardim bem cuidado, ao olhar para o seu, sentiu pena daquele espaço e pensou o quão entregue ao desânimo estava que sequer podia dar aparadinha na grama. Estava envergonhado.

- Precisa de ajuda? Não me parece que sabe cuidar de flores.

- Eu costumava saber... - coçou a nuca, mas acabou sujando a si mesmo de terra.

- Posso ir até ai? - Celest tentou ser cautelosa, tinha medo que a cerca entre suas casas fosse apenas um detalhe comparada a barreira no meio dos dois.

- Ah... claro. - ela sorriu, rodeando a cerca.

Jung Kook a encarou por alguns minutos, assim que ela chegou mais perto dele, e por um instante quis rir, pois Celest tinha farinha de trigo por muitos espaços do rosto, mas ficou em silêncio.

- Veja, basta cortar as partes mortas. - iniciou o processo, retirando as partes que já não tinham mais vida.

- Eu não sou bom com plantas - disse simples - Acho que seria melhor tirá-las de uma vez.

- Relaxa, eu vou te ajudar! - a pequena Celest se abaixou, abrindo um pouco da terra apenas para checar as raízes, ela parecia saber bem o que estava fazendo.

- Eu tenho sementes de crisântemos, eu já tentei plantar algumas vezes, mas eles nunca iam para frente. - revelou envergonhado - Talvez seja a terra.

- Você sabia que devemos conversar com as plantas, admirá-las e cuidar delas com carinho? Não basta apenas regar e virar as costas, admire seu crescimento, sinta o perfume por mais padrão que ele seja e se elas não estiverem evoluindo, não as arranque e jogue fora, cuide delas até que floresçam.

Lost Stars - Jung KookOnde histórias criam vida. Descubra agora