12. Inseguranças que impedem o amor

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Celest sentiu o coração parar quando seu corpo foi envolvido pelos braços de Jung Kook por alguns segundos. O abraço foi rápido, mas pareceu uma eternidade. Ela sentiu seus pés tirarem os calcanhares do chão por um momento graças a força de Jeon, mas logo eles já estavam um de frente para o outro.

— Obrigado por mais cedo. Mesmo sabendo de tudo, você ainda estava ao meu lado.

— Mas a questão é: Por que eu não ficaria? Você era a vítima naquela situação — ele sorriu fino, parecendo grato.

— Eu estava indo tão bem sem me culpar, mas o universo nunca parece conspirar ao meu favor...

— Pare de dizer essas bobagens! Você não é culpado pelo que aconteceu. — disse um pouco nervosa — Então pare de se culpar!

— Celest você não entende, eu não...

— Pelos céus, pare de falar bobagens. Vamos, estávamos fazendo um bolo para você. — ela o puxou pelo pulso sem pensar.

— Celest — ele parou, analisando a mão fina da menina em contato com seu pulso, e antes que ela soltasse ele trocou o toque, segurou as duas mãos da mais baixa, parou de frente para ela e alisou os dedos finos e enquanto olhava as mãos unidas sorriu.

— Jeon, o que está... — suas bochechas coraram e borboletas dançaram em seu estômago.

— Não se esqueça do que disse aquele dia... quero gostar de você, quero amá-la... na verdade quero que me deixe amá-la.

— Jung Kook tem tão pouco tempo que nos conhecemos... E você acabou de perder...

— Sim, eu sei — abaixou o olhar — Não pense que meus sentimentos são fruto de um coração partido que agora se sente carente, não... na verdade ele cultivou sentimentos por uma garota apaixonante que vem ajudando-o a se curar! — ele a puxou para mais perto, apertando as mãos ao lado dos corpos.

— Se não acredita, me deixe mostrar a você que é verdade.

— E se.... meus sentimentos não forem os mesmos? E se...

— Se não me amar ou gostar de mim, eu vou aceitar, mas ao menos não irei me arrepender. — disse em um quase sussurro — Deixe me tentar ser o homem que você espera de Deus.

Ela fechou os olhos, porque estava tão nervosa e insegura?

— E-eu preciso ir! Desculpa... — por mais que o coração estivesse acelerado, por mais que quisesse acreditar, sua mente a fazia temer.

Celest correu até sua casa, sendo seguida por Sky até que chegou em seu quarto. Ela encarou seu reflexo no espelho e memórias voltaram. Não podia ser amada, como seria amada...?

um ano atrás 🐝

As manhãs de sábado eram suas favoritas, até mesmo quando trabalhava. Por mais que preferisse ficar sozinha, ainda havia a parte boa de dividir o dia de sábado com os pais.

Ela levantou, escovou os dentes e desceu de pijama mesmo até a cozinha, preparando o café para si. Haviam dias em que tudo parecia tranquilo, mas outros tudo parecia ir contra ela.

— Você precisa arranjar umas roupas melhores para ficar em casa. Mesmo que esteja de folga, não precisa ficar desleixada. — disse a "mãe" que sequer lhe desejou um bom dia.

Ela encarou a mais velha, sentindo a fome se esvaziar nas suas próximas falas.

— Já falei que tem que tomar cuidado com esses biscoitos que come de manhã. Você era mais magra antes de trabalhar e suas espinhas vão deixar a pele toda marcada.

Lost Stars - Jung KookOnde histórias criam vida. Descubra agora