06. Mundo pequeno e cruel

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Jung Kook estava sentado sobre o meio-fio, seus cabelos bagunçados pela maneira como arrancou o capacete com o desespero, o pânico o medo. Estava sozinho, a parte de trás do hospital naquele horário fazia com que tudo ao seu redor parecesse um deserto. Ele apertou a camiseta, como se aquele tecido folgado fosse pelo menos 1% do que o atrapalhava a respirar.

Estava perdido, sua visão já começava a ficar embaçada devido às lágrimas, foi então que fechou os olhos com força e o pânico poderia continuar fazendo parte daquele momento, se não fosse acolhido por um abraço acolhedor e uma voz gentil e suave.

— Eu estou aqui, fique calmo! — ela afagou os fios negros do rapaz, temendo que seu abraço o fizesse se sentir pior, mas foi um alívio quando ele a abraçou de volta e enfiou o rosto no pescoço feminino. Estava envergonhado, porém tão aliviado.

Celest estava ali novamente, machucada por dentro por causa dele, doía ver alguém tão bom sofrendo tanto.

Lágrimas de angústia escorriam por seu rosto, enquanto ela apenas o afagava. Não importava se ela estava atrasada, desde que ele se sentisse melhor.

— Me desculpa, por favor... — ele sussurrava. Em sua mente, ele se lamentava por ocupá-la com seus problemas. Jung Kook era um quase completo desconhecido, mas Celest o acolhia como se fossem melhores amigos de infância.

Havia calor ali entre os dois, um contato acolhedor que transformava os dois e os deixava acolhidos mesmo que fizesse pouco tempo em que se conheciam. Celest desejava com força ajudá-lo, enquanto ele rezava para que ela não fosse embora. Talvez fosse por isso que ela continuava ali com ele, porque ela o fez implorar em preces para que ela não fosse embora.

— Não peça desculpas, eu disse que estaria aqui quando precisasse.

Aos poucos sua respiração normalizava, e apesar de estar envergonhado, ele não conseguia soltá-la, se sentia tão protegido, tão seguro e pela primeira vez não sentia que era um fardo estar destruído. Permaneceram assim por alguns minutos, até enfim se afastarem, mesmo que ainda estivesse próximos, Jung Kook estava mais calmo, e Celest conseguia ter visibilidade do rosto molhado e os lábios trêmulos.

— Algo te assombra, não é? Seu passado? — perguntou com cuidado, mas ele apenas se encolheu, apoiando os braços sobre os joelhos. — Não precisa me contar agora se não se sentir seguro, eu sou paciente e o ouvirei quando precisar — ela conseguiu ouvir um "obrigado" baixinho, e quando ela notou que ele estava calmo, que sua respiração havia normalizado e suas mãos parado de tremer, ela se levantou, estendeu a mão para ele e esperou que ele se levantasse.

— Obrigado por ter ficado comigo — foi o que ele conseguiu dizer.

— Não precisa me agradecer. Está se sentindo melhor? — assentiu — Então, é melhor ir agora, vá com cuidado e não acelere demais! — assentiu, e o silêncio em seguida reinou entre eles, e só com o aceno de despedida que ele entendeu, que Celest estava apenas esperando que ele fosse, para que ela entrasse.

Apesar de todo o trabalho, o fim da tarde de Celest foi pensar no moreno, e pensar em tamanha dor que ele estava sentido. Queria ajudá-lo, mas a verdade é que não imaginava como.

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A semana chegou ao fim, e os encontros entre os dois vizinho foi precário. Aquele atraso diário de alguns dias, resultou no atraso da entrega de uma documentação hospitalar e agora tudo precisava ser refeito, então ela estava correndo tanto para que tudo fosse entregue no tempo certo.

Lost Stars - Jung KookOnde histórias criam vida. Descubra agora