Toda Minha · B.E

Capítulo 2 - Horror Movie.

30 de março de 2017, 14:00.

Mia Pov's

Depois do que aconteceu no quarto de Billie, ela me evitou o resto da semana, as vezes esbarravamos nos corredores, nos banheiros e principalmente na sua casa, mas não chegavamos a conversar.

Amanhã iríamos conversar com os responsáveis do Grêmio e falar da nossa idéia, eu estava muito nervosa e Finneas mal ligava pra isso, falava que iriam aceitar pois ele tinha um plano, e eu nem sabia qual era.

Mais tarde eu encontrei o Finn, tinha acabado de chegar à quadra, teríamos educação física juntos então começamos a nos exercitar antes mesmo de corrermos em círculos como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.

- Você ainda não me contou como vai fazer pra aceitarem nossa idéia da barraca do beijo. - O ruivo estava todo suado e ofegante, tínhamos dado umas 5 voltas pelo campo e porra... eu não sei como ainda estava aguentando correr tanto.

- Eu disse que na hora você vai ver, para de ser tão ansiosa - Ele sorri, já estava me estressando.

- Não vai mesmo me contar né? - Ele nega com a cabeça. - Merda. - Bufo e posso escutar uma risada nasal vindo do mesmo.

O professor chama a atenção de todos nos fazendo parar de correr, após minutos de conversa ele libera os alunos. Me despeço de Finneas e vou para o vestiário junto com algumas garotas aleatórias.

Ao chegar no mesmo eu espero todas saírem ate poder finalmente retirar minhas roupas, me dirijo até uma ducha. Com toda certeza não iria conseguir estudar me sentindo grudar em qualquer coisa por conta do suor.

Virei o registro o ligando e logo sinto a água fria cair sobre meu corpo me fazendo arrepiar, fecho os olhos me relaxando sobre o chuveiro enquanto começo a cantarolar uma música qualquer.

Depois de uns 5 minutos, fecho o registro e saio dali enrolada na toalha, procurei por minha mochila e assim que achei me sequei, coloquei minha roupa e fui para a minha sala.

{...}

- O que acha de comermos fora hoje? - Cláudia diz pra Finneas, o assanhado me chamou pra ir na casa dele e me deixou de vela, eu só não voei na cara dele porque essa garota ta aqui.

- Eu acho uma ótima idéia, vai querer vir junto, Mia? - Eu desligo a tela de meu celular que estava aberto no Instagram e levantei a cabeça olhando para eles.

- O que disse? - Franzi o cenho.

- Quer sair pra jantar conosco? - A de cabelos castanhos diz.

- Ah não, muito obrigada, não quero ficar de vela... Eu fico aqui com a Billie. - Digo assim que vejo a mesma descendo as escadas. - Não é Bill?

- O que? - Arregalo o olho apontando com a cabeça para o casal. - Ata, sim, ela vai ficar comigo hoje, a gente combinou mais cedo. - Ela dá um sorriso falso.

- Então tá bom, estamos indo. - Ele se levanta pegando as chaves do carro e indo até a porta. - avisa a mamãe que eu saí com a Cláudia, tá bom? Logo eu volto - Billie acente com a cabeça e assim os dois saem da casa nos deixando sozinhas.

- Obrigada por me livrar dessa. - Sorrio amarelo fazendo a de cabelos prateados dar risada. Ela vai até a cozinha e eu a sigo.

— Fica tranquila, até eu pediria ajuda se estivesse no seu lugar. — Ela riu de novo. — Que tal assistirmos um filme?

— Adorei a ideia, mas sou péssima em escolher filmes — respondi, pegando uma pipoca de micro-ondas.

— Que tal "O Chamado 3"? Saiu mês passado — ela sugeriu, pegando uma Coca-Cola na geladeira.

— Nem pensar, Billie! Eu odeio filmes de terror. Você sabe que eu morro de medo.

— Se ficar com medo, é só me abraçar — ela disse, com um sorriso brincalhão.

Depois de muito insistir, ela conseguiu me convencer, e logo estávamos deitadas na cama dela com a pipoca no meu colo. Gritei e quase derrubei tudo quando me assustei com uma cena, agarrando Billie, que riu alto.

Quando olhei para ela, seus olhos azuis estavam fixos na minha boca. Automaticamente, repeti o gesto, mas logo voltei a encarar seus olhos, agora de um azul mais intenso. O clima entre nós ficou carregado com uma tensão silenciosa, como se algo estivesse prestes a acontecer. Coloquei minhas mãos suavemente ao redor de seu pescoço, sentindo-a arrepiar com o toque.

Nossas respirações estavam pesadas e os rostos tão próximos que o calor do corpo dela quase se fundia com o meu. Quase sem pensar, fechei a distância e selei seus lábios com um beijo suave. Ela pareceu surpresa por um instante, mas logo correspondeu, envolvendo minha cintura e aprofundando o beijo.

O toque dos lábios dela era macio e envolvente, como se estivéssemos em perfeita sintonia. Nossas respirações se misturavam enquanto o beijo fluía com naturalidade, cheio de uma energia que crescia a cada segundo. Billie se inclinou para cima de mim, ainda mantendo nossos lábios colados, mas logo paramos, rindo baixinho pela situação.

— Caramba... — murmurei, ainda sorrindo, enquanto ela me olhava com aquele brilho travesso nos olhos.

— Tá com pressa, baby? — ela brincou, ajeitando uma mecha do meu cabelo antes de se deitar ao meu lado. Continuamos rindo, sentindo o clima leve e despreocupado, como se tudo estivesse no lugar certo.

Foi então que a campainha tocou, interrompendo o momento. Billie pegou o celular e bufou.

— Que saco... O Finneas esqueceu a chave. — Ela se levantou, pegou um cobertor e o jogou para mim. — Eu já volto, tá? — Concordei com a cabeça, e ela me deu um selinho rápido antes de sair do quarto, fechando a porta atrás de si.

Me cobri para me aquecer e evitar ser pega desprevenida caso alguém entrasse. Alguns minutos depois, o cansaço começou a pesar, e eu acabei adormecendo.

Billie Pov's

Depois de abrir a porta para o Finneas, guardei as chaves e subi as escadas correndo de volta ao meu quarto. Mas, ao entrar, vi Mia dormindo serenamente. Suspirei, um pouco frustrada por ele ter interrompido um momento que esperei por tanto tempo.

Tranquei a porta, desliguei a TV e me deitei ao lado dela, abraçando-a por trás e inalando o cheiro doce que vinha de seu pescoço.

— Você não faz ideia do quanto esperei por isso, Mia Colle — sussurrei, selando sua nuca com um beijo antes de fechar os olhos e adormecer. Um dia, talvez, você perceba o que realmente sinto por você.

{...}

Acordei com o som irritante do despertador. Ainda de olhos fechados, tateei a cama em busca de algo, ou melhor, alguém. Percebi que Mia já não estava ao meu lado. Suspirei e me levantei, desligando o alarme.

Fui direto ao banheiro para minhas higienes matinais. Como ainda tinha que ir ao colégio, tomei um banho rápido, coloquei uma roupa confortável e desci as escadas. Na cozinha, meus pais e Finneas estavam conversando animadamente.

— Cadê a Mia? — perguntei, antes mesmo de me sentar à mesa e começar a comer as panquecas veganas que minha mãe tinha preparado.

— Ela esqueceu de trazer o uniforme, então a Clau decidiu levá-la pra casa dela. Aproveitou que ia no mesmo caminho — respondeu Finneas, enquanto tomava seu café.

— Ah, tá. — Bebi meu suco de laranja, levei a louça até a pia e anunciei: — Já estou indo. Beijão pra vocês.

Sem esperar por respostas, saí da cozinha, peguei as chaves e entrei no carro. Liguei o motor e segui rumo ao colégio, já me preparando mentalmente para o dia que estava por vir.

(...)

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Espero que vocês tenham gostado viu, era pra eu ter publicado esse capítulo uma semana depois que publiquei o primeiro, mas eu estou em semana de prova, o que complica muito as coisas por aqui, mas é isso gente.

Beijos na bunda, até segunda!