Capítulo 7 - Mysterious Photo.

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07 de Maio de 2017, 12:32

Mia's Pov

A luz do sol filtrava-se através das árvores, criando um padrão de sombras dançantes no chão enquanto eu, Finneas e Billie caminhávamos em direção ao local da foto. O álbum de fotos que meu pai nos mostrou ontem, revelara uma imagem um pouco borrada mas que ainda era perceptível: uma antiga cabana de madeira, cercada por uma densa floresta. O que mais me chamara a atenção foi a expressão enigmática no rosto do meu pai, como se ele guardasse um segredo que nunca compartilhou com ninguém. 

- Você tem certeza que é esse o lugar? - Finneas perguntou, olhando para o mapa que havia desenhado com base na foto. Eu podia ver a dúvida em seu olhar, e isso me fez hesitar por um momento.

- Eu acho que estamos no caminho certo. - Respondi, olhando para Billie ao meu lado. O coração acelerava com a proximidade dela, e eu me perguntei se ela sentia o mesmo. - A cabana tem que estar por aqui, só precisamos seguir essa trilha.

Billie assentiu, mas percebi que sua mente estava longe. A tensão entre nós era palpável, e eu desejava que pudéssemos falar sobre isso, mas o momento não parecia certo. Enquanto caminhávamos, eu me esforçava para manter o foco na missão, mas a presença de Billie me distraía a cada instante.

- Olhem! - Finneas exclamou, apontando para uma abertura entre as árvores. - Acho que vi algo! - Corremos até ele, e logo avistamos a cabana. Era exatamente como na foto: velha, com tábuas desgastadas e janelas empoeiradas. O lugar exalava um ar de mistério, como se o tempo tivesse parado ali.

- Uau, é ainda mais... Velho pessoalmente. - Eu disse, dando uma observada na estrutura. A adrenalina corria em minhas veias. - Vamos entrar?

- Espera um pouco, caralho. - Finneas respondeu, olhando ao redor com cautela. - Vamos ser inteligentes e ir com calma. Não sabemos o que podemos encontrar lá dentro.

A tensão aumentou enquanto nos aproximávamos da porta, que estava entreaberta. Senti um frio na barriga, mas a curiosidade me impulsionou a empurrar a porta. Ela rangeu, revelando um interior escuro e empoeirado. O cheiro de madeira velha e mofo invadiu minhas narinas, e eu me perguntei quantas histórias aquelas paredes poderiam contar.

- Porra, aqui fede! - Disse Billie tapando seu nariz. - Está muito escuro..

- Vamos acender a lanterna. - Eu sugeri, puxando uma pequena lanterna da minha mochila. A luz iluminou o espaço, revelando móveis cobertos de poeira e teias de aranha. O ambiente parecia ter sido abandonado há muito tempo, e cada canto carregava um ar antigo.

- Olhem isso!- Finneas disse, apontando para uma mesa no canto. Havia uma caixa empoeirada, com uma fechadura enferrujada. - O que vocês acham que tem dentro?

- Talvez seja um tesouro escondido. - Billie disse irônica, mas sua voz tremia um pouco, traindo sua ansiedade. Eu também estava intrigada, mas a ideia de abrir a caixa me deixava nervosa.

- Vamos ver se conseguimos abrir. - Sugeri, me aproximando da mesa. A caixa parecia antiga, e eu me perguntei se poderia conter algo valioso ou, quem sabe, um segredo sobre meu pai.

Finneas examinou a fechadura. - Parece que precisa de uma chave. Mas está tão velha que será fácil força-la. - ele disse, olhando para mim com um brilho de determinação nos olhos.

- Não sei se isso é uma boa ideia.. - Respondi, hesitando. - E se houver algo perigoso lá dentro?

- Só vamos dar uma olhada. - Insistiu Finneas. - Se não gostarmos do que encontramos, podemos fechar de novo.

Billie olhou para mim, e eu percebi que ela também estava dividida entre a curiosidade e o medo. - E se for algo que não devêssemos saber? - ela perguntou, sua voz suave, mas firme.

- Precisamos descobrir. - Eu disse, tentando soar mais confiante do que realmente me sentia. - Se for algo sobre minha mãe, eu preciso saber. -

Com um suspiro, Finneas pegou um pequeno objeto que parecia uma faca de bolso e começou a trabalhar na fechadura. O som do metal raspando contra o ferro enferrujado ecoou na sala silenciosa. Meu coração batia forte enquanto observava, e a tensão no ar era palpável.

Finalmente, a fechadura se abriu com um clique suave. Finneas levantou a tampa da caixa lentamente, e todos nós nos inclinamos para ver o que havia dentro. O que encontramos fez meu coração parar por um momento.

Dentro da caixa havia uma pilha de cartas amareladas e uma pequena foto em preto e branco. A imagem mostrava meu pai, na época em que mamãe morreu, ao lado de uma mulher que eu não reconhecia. A expressão em seu rosto era séria e parecia estar conversando com a mulher.

- Quem é ela? - Billie perguntou, olhando para mim com curiosidade.

- Eu não sei. - respondi, a voz falhando um pouco. -Nunca vi essa mulher antes. Mas parece que ela é alguém importante.. Está usando um vestido certamente caro.

Finneas pegou a foto com cuidado, examinando-a sob a luz da lanterna. - Talvez as cartas expliquem quem ela é. - Ele sugeriu, olhando para a pilha de papéis amarelados.

Com as mãos trêmulas, comecei a folhear as cartas. A caligrafia era elegante, mas as palavras pareciam carregadas de palavras desconexas, como códigos. 

Algumas cartas estavam datadas de anos atrás, e a maioria falava sobre trabalho, quantias de dinheiro, dívidas e o que mais me intrigou, foi uma carta para assassinato. A cada nova carta que eu lia, mais perguntas surgiam na minha mente.

- Parece que ele estava envolvido em algo. - Murmurei, sem conseguir conter a voz que falhava. - Mas quem é ela? Por que nunca ouvi falar dela antes?

- Talvez ele tenha escondido isso de você por algum motivo. - Finneas sugeriu, sua expressão séria. - Às vezes, as pessoas têm segredos que preferem manter.

- Mas eu preciso saber a verdade. - eu disse, determinada. - Se ele tiver algo haver com a morte da minha mãe, não posso simplesmente ignorar.

Billie se aproximou, olhando para as cartas. - Você deve ler tudo. Pode ser a chave para entender quem ele realmente era. Ou quem ele é.

Com um aceno de cabeça, continuei a ler. Uma das cartas chamou minha atenção. Ela falava sobre um encontro marcado em um lugar que eu conhecia bem: um parque na cidade onde costumávamos ir quando éramos crianças. Meu coração disparou ao imaginar que talvez essa mulher ainda estivesse por perto, ou que as memórias de meu pai ainda vivessem naquele lugar.

- Ela mencionou a morte da minha mãe. - Eu disse, a voz quase um sussurro. - Eles tem algo haver com isso.

- Precisamos descobrir mais! - Finneas disse, sua determinação refletida em seus olhos. - Talvez possamos encontrar essa mulher. Se ela ainda estiver viva, pode nos dar respostas.

- E se ela não quiser falar? - Billie perguntou, preocupada. - Se ela participar de uma gangue? Talvez acabará com nós três.

- Não sei. - Respondi, sentindo o peso da responsabilidade. - Mas preciso tentar. Essa é a única maneira de entender quem ele era e o que aconteceu entre eles.

Com a foto e as cartas em mãos, uma nova missão começou a se formar em minha mente. Eu sabia que o caminho à frente seria complicado, mas a necessidade de descobrir a verdade sobre meu pai.

(...)

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Oie! Caso não tenham visto, alterei os capítulos antigos então recomendo que lêem eles novamente.

Estou tendo dificuldades na minha vida pessoal mas estou fazendo meu máximo para escrever algo que tenha sentido.

Qualquer erro ortográfico, me avisem, eu não revisei antes de publicar!

Beijos na bunda, até segunda!!

Toda Minha · B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora