Estou com bloqueio criativo e não faço a menor idéia do que escrever. Sinto muito pelos capítulos sem sentido, juro que irei melhorar.
"Tem histórias que acabam mas não terminam nunca."
05 de Maio de 2017, 06:23
Mia's Pov.
Depois daquele sonho, o desconforto em casa se tornou quase palpável, como se as paredes estivessem impregnadas por uma tensão invisível, mas impossível de ignorar. Não conseguia identificar o momento exato em que tudo se tornou assim, mas a estranheza permeava cada canto.
A semana havia sido exaustiva, e a chegada da sexta-feira era um alívio. A rotina acelerada finalmente daria uma trégua, e eu poderia descansar. No entanto, a estranheza continuava, especialmente em relação ao meu pai. Ele mal ficava em casa, sempre com a desculpa do trabalho. Às vezes, me pergunto se ele realmente está trabalhando ou se está gastando tempo com outra mulher, talvez uma puta.
"Que pelo menos ele não pegue AIDS", pensei, rindo baixinho. A ironia era minha forma de lidar com a suspeita.
Hoje, ele decidiu que era hora de mim o acompanhar ao hospital, algo que eu costumava fazer quando era criança. Após a morte de minha mãe, ele mudou. Parou de me levar consigo, tornou-se mais reservado. Agora, ele quer que eu siga seus passos, e parece querer mostrar como tudo funciona. Eu já sei de muita coisa, mas decidi não recusar.
Desci as escadas, ainda sonolenta. Meus olhos se fechavam involuntariamente. Ao chegar na cozinha, encontrei meu pai preparando o café da manhã. Ele percebeu minha presença e se virou, com um sorriso que parecia deslocado, quase forçado.
"Recebeu chá de buceta pra estar sorrindo assim?", pensei com um misto de desdém e humor ácido.
- Bom dia, macaquinha - disse ele, com aquela familiaridade estranha. Sentei-me à mesa, vendo-o colocar panquecas à minha frente. - Fiz o seu favorito.
Não disse nada, apenas comecei a comer. Ele parecia ansioso para falar, talvez tentando quebrar o silêncio desconfortável.
- Estava pensando, depois do hospital, poderíamos jantar fora, naquele lugar que você adora... - Ele hesitou, tentando lembrar. - Star... start... Starbucks!
Ele parecia empolgado, mas a imagem do meu sonho com ele pairava em minha mente como uma sombra.
- Acho que não estou no clima para isso, pai.
- Ah... Podemos fazer outra coisa então! - A recusa não o desanimou. Ele estava determinado a passar tempo comigo, de qualquer forma. Pensei em uma solução que me daria uma folga: convidar outras pessoas para que a noite não fosse apenas nós dois.
E quem melhor para isso do que a família O'Connell? Billie e Finneas poderiam trazer algum alívio à atmosfera tensa.
- Podemos pedir uma pizza.
- Claro! Acho uma ótima ideia!
- Posso chamar os O'Connells? - perguntei, notando sua expressão de surpresa. Ele não esperava essa, mas assentiu. Estava aliviada por não ter que lidar com ele sozinha.
{...}
Minha vida estava virada de cabeça para baixo. Nada parecia se encaixar, eventos fora de ordem, fragmentos sem sentido. Precisava entender o que estava acontecendo. Para isso, precisava desvendar o passado, juntar as peças dispersas, dar sentido ao que parecia estar além da compreensão.
Somente compreendendo o que se foi, eu poderia entender o que é.
A noite caiu rapidamente, e com ela, a sensação de que algo mais profundo estava por vir. Meu pai e eu dirigimos até o hospital em silêncio, o ronco do motor do carro preenchendo o vazio entre nós. Era estranho estar ao lado dele, como se estivéssemos atuando papéis que já não nos pertenciam. O hospital, por outro lado, tinha um ar de familiaridade que eu não sentia há muito tempo.
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Toda Minha · B.E
Diversos" - Eu quero você, Mia Cole!" · · Mia e Finneas são amigos desde que nasceram, literalmente, seus pais foram melhores amigos muito antes deles nascerem e por um acaso, suas mães tiveram o parto dos dois no mesmo dia, no mesmo horário e no mesmo luga...