O Reversor de Raios Z

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Autora On

  Um dia após a vitória contra Ele, as meninas foram para a escola felizes e aliviadas por terem vencido a batalha mais difícil que já enfrentaram, o que as aproximou ainda mais.
  Florzinha, Lindinha e principalmente, Docinho aprenderam a valorizar mais a sua amizade após quase perderem seus poderes, tendo que sacrificá-los para vencer a batalha. Elas fizeram uma promessa umas às outras de que não importa o que acontecesse, elas ficariam sempre juntas como uma equipe e mais importante, como melhores amigas.
  Logo ao se encontrarem no portão da escola, as três se abraçaram fortemente como nunca haviam feito antes.
  Porém, elas tiveram uma horrível surpresa ao entrar na sala de aula. Durão, Fortão e Explosão, ou melhor dizendo, os Meninos Desordeiros haviam sido transferidos para sua classe. Seus assentos ficavam no fundo, próximos aos das meninas.
  Ao vê-los, as garotas rapidamente arregaralaram os olhos.
— O que esses imbecís estão fazendo aqui? — perguntou Florzinha.
— Eles estudam aqui faz tempo, eu pensei que soubesse! — exclamou Lindinha.
— Como você sabe? — perguntou Florzinha confusa.
— O ruivo já deu em cima de mim algumas vezes! — respondeu a loira de braços cruzados enquanto revirava os olhos com desdém.
— E o moreno faz parte do meu time de futebol! — completou Docinho.
— O que a gente faz agora? — perguntou Lindinha.
— Pelo olhar de malícia deles, eles sabem exatamente quem nós somos. Qualquer coisa que a gente faça contra eles, pode acabar revelando a nossa identidade como superpoderosas! — exclamou Florzinha.
— Então a gente só ignora eles? — perguntou Docinho.
— É isso aí. Vamos, a gente consegue! — respondeu Florzinha.
  As meninas então caminharam até seus assentos completamente caladas, tentando evitar contato visual com os meninos.
  As próximas aulas prosseguiram e as meninas tentavam ignorar ao máximo as provocações dos garotos, o que não foi nada fácil para elas principalmente para Docinho, que tende a se irritar com mais facilidade.
  Após a ginástica, todos os alunos haviam voltado para a sala de aula esperando que o professor de biologia chegasse.
  Enquanto isso, os meninos resolveram fazer uma brincadeira de mau gosto com Florzinha.
  Durão pegou uma tesoura e cortou uma parte significativa do cabelo da ruiva que estava sentada em sua frente.
  Quando a mesma percebeu, logo começou a chorar enquanto os meninos riam de sua reação.
— O que vocês três estão fazendo aqui no ensino médio? Deviam estar no jardim de infância porque só crianças acham graça dessas brincadeiras imbecís. Cresçam seus otários! — disse Docinho zangada.
— É. Vão arrumar algo útil pra fazer com suas vidas imprestáveis ao invés de ficar provocando a gente! — completou Lindinha irritada abraçando Florzinha para confortá-la.
  Quando o professor chegou e viu a ruiva chorando, logo interviu.
— O que aconteceu? — perguntou ele.
— Esses bobalhões aqui cortaram o cabelo dela! — explicou Docinho apontando para os meninos.
— Os três, pra diretoria agora! — ordenou o professor.
— E se a gente não quiser, coroa? — perguntou Durão debochando do professor com os pés em cima da carteira.
— Florzinha, Lindinha e Docinho, levem eles pra diretoria! — disse o professor.
  As meninas então obedeceram, puxando os meninos pelo braço com toda força.
— Qual é garota, me larga! — disse Fortão enquanto era arrastado por Docinho pelos corredores da escola.
— Só cala a boca e anda logo! — disse a morena persistindo em empurrá-lo.

[...]

  Algumas semenas depois, os meninos continuavam arrumando problemas enquanto as meninas tentavam ignorar mas estava cada vez mais difícil deixar passar.
  Durante o almoço, as meninas estavam sentadas na cantina, comendo e conversando.
— Não sei quanto tempo mais eu posso suportar esses idiotas implicando com a gente! — disse Docinho.
— Sabe? Eu acho que sei como nós podemos resolver isso! — exclamou Lindinha.
— Como? — perguntou Florzinha.
— Lembram da nova invenção do Professor? Se realmente funcionar, eles podem ser bons afinal de contas. A gente só precisa ter um pouco mais de paciência até o Professor terminar a invenção!
— Talvez você esteja certa Lindinha! — disse Florzinha.
— O que? Por acaso vocês duas enlouqueceram? Depois de tudo o que eles fizeram, vocês ainda querem ajudá-los? — perguntou Docinho revoltada.
— Eu sei que eles são só um trio de panacas mas talvez... — Florzinha foi interrompida pelos meninos que ouviram a conversa e logo foram confrontar as meninas sobre isso.
— O que você quer dizer com isso? Acha que não somos bons o suficiente pra vocês? — perguntou Durão extremamente furioso.
— É exatamente isso que eu acho. Vocês não são ameaça nenhuma pra gente. São só três garotos bobos que tiveram a estrutura molecular alterada pelos raios Z negros mas diferente dos outros monstros e mutantes da cidade, vocês não são nada! — explicou Florzinha o enfrentando.
— Eu não teria tanta certeza, princesa. Quero ver se vocês teriam coragem de enfrentar a gente agora que nós estamos mais fortes. Vocês não terão a menor chance, vocês são só menininhas fracas e indefesas! — exclamou Explosão debochado.
— Vamos ver então. Querem apostar? — perguntou Docinho bem irritada, já levantando a voz.
— É só falar quando e onde, gata? — perguntou Durão encarando a morena nos olhos.
— No parque da cidade nesse fim de semana! — disse Docinho o desafiando.
— Antes de mais nada, que tal se a gente fizer um trato? — sugeriu Florzinha.
— Continua! — pediu Durão cruzando os braços disposto a ouvir.
— Se vocês perderem, ou melhor, quando perderem, vocês vão ser cobaias da nova invenção do Professor! — respondeu Florzinha.
— E se a gente ganhar? — perguntou Explosão.
— Se ganharem, nós é que vamos ser as cobaias! — completou Florzinha.
— Fechado! — Durão apertou a mão de Florzinha e assim o acordo foi feito.
  Os meninos então saíram andando.
— Espero que aqueles idiotas estejam prontos pra uma bela surra! — disse Docinho estalando os dedos.

[...]

  A semana se passou, o fim de semana chegou e lá foram as três heroínas ao parque da cidade.
Chegando lá, os meninos já estavam as esperando.
Quando a batalha começou, as meninas tiveram um pouco de dificuldade pois meninos realmente estavam bem mais fortes e não só apelaram para truques sujos como antes mas também usaram força bruta, o que acabou dificultando bastante para o lado das meninas.
  Depois de muitos socos, chutes e um golpe supremo de poderes das meninas, elas conseguiram vencer a luta, deixando os meninos inconscientes.
Para facilitar o transporte, Florzinha sugeriu que cada uma pegasse um dos meninos no colo e assim elas os levariam para o laboratório do Professor Utonium. E assim foi feito.
  Logo ao entrarem, Poochi começou a latir em sinal de alerta pois havia farejado os raios Z negros dos meninos.
  As meninas explicaram o que havia acontecido, inclusive do acordo que fizeram sobre o novo aparelho do Professor.
— Pode ser perigoso mas essa é uma boa chance de testar a minha invenção. Coloquem eles na maca, vou calibrar a máquina pra começar o processo de reversão! — disse o Professor se dirigindo ao núcleo do sistema do aparelho.
As meninas os colocaram na maca como foi pedido.
— E se não der certo? O que vai acontecer com eles Professor? — perguntou Lindinha.
— Se alguma coisa der errado, há uma boa chance das moléculas de elemento Z deles serem desintegradas. Isso significa que eles vão voltar a ser meninos comuns, sem raios Z negros ou brancos. Mesmo que o elemento Z tenha sua própria capacidade de auto-reprodução, não acho que as moléculas sobreviverão ao processo se não funcionar como planejado! — explicou o cientista.

[...]

Continua...

As Meninas Superpoderosas Z: O Futuro AguardaOnde histórias criam vida. Descubra agora