As Meninas Superpoderosas Z: O Futuro Aguarda

Primeiro Dia de Treinamento

Autora On

  Era um sábado de manhã quando o mais recente formado grupo de heróis de Nova Townsville recebeu uma chamada do Professor para irem até o laboratório.
  Ao chegarem lá, Professor e Ken sugeriram que o treinamento fosse separado em grupos de dois.
Cada menina treinaria um menino: Florzinha ficaria encarregada de treinar Durão; Lindinha de Explosão e Docinho de Fortão, e assim foi porém, na prática, não foi tão fácil como as meninas pensavam.
  Metade do dia já havia se passado e os meninos não haviam feito nenhum progresso.
  Os três apenas faziam corpo mole e não prestavam atenção em nenhuma das lições que as meninas lhes ensinavam. Eles destruíram metade do laboratório enquanto tentavam aprender a usar suas armas, que eram respectivamente, um canhão portátil disparador de anéis de fogo, um bastão semelhante a um taco de beisebol e um bumerangue.
Na hora do almoço, Florzinha, Lindinha e Docinho já se sentiam exaustas de tentar ensiná-los.
— JÁ CHEGA. EU DESISTO! — gritou Docinho deitando no sofá estressada.
— O quê? Por quê? — perguntou Professor.
— Esses três são impossíveis. Eles não prestam atenção em nada! — exclamou Lindinha revirando os olhos.
— Eu não entendo... Eles foram ótimos na primeira luta contra o Macaco e agora só querem saber de fazer corpo mole! — completou Florzinha.
— Mas também, o que a gente esperava? Eles são um bando de manés! — perguntou Docinho retoricamente.
— Ah qual é Docinho. Também não é assim né?! Eles só precisam de um tempo pra se adaptar, ainda é o primeiro dia de treinamento. A gente precisa ter paciência! — disse Lindinha discordando da amiga.
— Como assim? Por que você tá defendendo eles, Lindinha? Por acaso você tem uma queda por um deles?! — perguntou Florzinha provocando a loira.
Lindinha olhou para os lados nervosa antes de dizer que achava Explosão bonito.
— Ah, eu acho o loiro é bonitinho! — disse ela vermelha de vergonha.
  Enquanto Florzinha e Docinho faziam piadas com a fala de Lindinha, os meninos que ouviram a conversa, murmuravam sobre o assunto.
— Ae, o Explosão tem namorada! — disse Durão cutucando o ombro do amigo com um olhar malicioso.
  Explosão nem disfarçou o rosto corado com um pequeno sorriso. Ele também achava Lindinha bonita mas diferente dos outros garotos da escola, ele sempre foi tímido demais para se aproximar dela apesar dos dois já terem flertado algumas vezes antes.
— Que cara é essa, mano? — perguntou Fortão.
  O loiro não respondeu, apenas admirava sua crush pelo canto da parede.
— Alôô! Explosãooo! — chamou Durão balançando as mãos na frente do rosto de Explosão para que ele voltasse a realidade.
— Acho que ele bugou cara! — respondeu Fortão.
— Eu já sei o que fazer pra ele cair na real! — Durão caminhou até a sala e disse em voz alta — Aí loirinha, o Explosão tá querendo ficar contigo!
— Cala a boca Durão! — gritou Explosão de outro cômodo enquanto voava na direção do amigo completamente irritado.
  Foi aí que começou uma perseguição como no dia em que o grupo das meninas foi formado. Coisas pelo laboratório foram destruídas mas no final deu tudo certo. A briga foi apartada porém Explosão não conseguia nem olhar nos olhos de Lindinha sem ficar com o rosto vermelho de vergonha.
  No final da tarde, Explosão foi para debaixo de uma árvore pensar no ocorrido quando Lindinha sentou-se ao lado dele.
— Qual é o problema? — perguntou a menina.
— O Durão estragou tudo!
— E aí? É verdade?
— Eu acho que sim, é que... — o menino suspirou — Ah, você deve achar que eu sou um bobalhão não é?
— De maneira alguma, eu te acho muito legal!
— É sério?
— Claro, você é fofo e tímido. Eu gosto disso! — a garota beijou a bochecha do rapaz e em seguida entrou correndo dentro do laboratório sem olhar para trás.

[...]

  Cerca de meia hora mais tarde, o grupo voltou a treinar. Por não quererem passar a noite de sábado treinando, os meninos resolveram levar as coisas mais a sério. Eles começaram a se esforçar para serem heróis de verdade assim como as meninas.
  Ao fim do treinamento, o Professor logo elogiou os meninos por terem aprendido a lidar com suas armas e mais importante, pela determinação. Ele acreditava que eles estavam prontos para entrar em campo porém ainda tinham muito o que aprender.