Gols pra ele

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oii, como estão? esse capítulo tá bem grandinho, o próximo será a continuação dele. Espero que gostem!

Comecei uma nova fic chamada "Solos de Guitarra" inspirada em um áudio do tiktok. Nela, Louis é vocalista e guitarrista de uma banda de rock, e faz de tudo para conquistar Harry. Ela é uma shortfic. Vão dar uma olhadinha!

Não esqueçam do votinho e de seus comentários, eu amo ler todos! Boa leitura<3

Famílias costumam ter certas tradições. A de Harry, por exemplo, sai todo domingo para almoçar fora, em união e calmaria.

Na verdade, essas duas palavras são um tanto exageradas para definir esses almoços, mas era o objetivo. Nos últimos anos, o que era pra ser um almoço onde conversam e compartilham da vida, pensamentos, preocupações e alegrias da semana, se tornou algo chato e entediante.

Não há boas conversas, pelo contrário, quase não falam, e quando falam, é sempre sobre algo supérfluo ou críticas a algo ou alguém. Harry se pergunta quando foi que sua família se perdeu tanto até chegar naquele ponto.

Mas não havia nada que ele pudesse fazer, passou anos tentando se aproximar e de alguma forma se sentir amado por eles, e no medo de acabar se machucando ainda mais por aqueles que mais amava no mundo, desistiu e se contentou com o que tinha, migalhas de afeto.

E depois que Gemma o viu saindo do carro de Louis após trocarem um selinho, estava ganhando mais atenção de sua família do que estava acostumado. Literalmente não paravam de falar sobre isso, inclusive no almoço de domingo.

— Harry, escuta bem o que a mamãe vai te dizer, e só vou falar isso porque te amo muito — Anne segurou a mão do filho por cima da mesa do restaurante, sorrindo da maneira mais amorosa que conseguia. O coração de Harry acelerou e uma pontada de esperança surgiu em seu peito, sua mãe disse que o amava muito, afinal — Se envolver com jogador de futebol? Pelo amor de Deus, isso não dá futuro, zero status e credibilidade. Você tem que casar com um verdadeiro homem de valor, com um sobrenome de peso, assim como a sua irmã.

— Vou ser uma Albuquerque! — ela exclamou animada, com um sorriso quase convencido nos lábios.

De maneira delicada, desfez o aperto de mãos com sua mãe por cima da mesa, respirando fundo ao encarar as duas mulheres a sua volta tão cheias de si, desejando de qualquer maneira, fazê-lo ser como elas.

— Albuquerque deve ser o  sobrenome mais comum entre esse povinho rico do Brasil — bebericou o vinho caro na taça brilhante, vendo os lábios da irmã se abrirem, buscando por uma resposta — Você vai ser só mais uma.

— Você é tão invejoso — ela revirou os olhos, jogando os cabelos longos e ondulados que repousavam em seu ombro para trás — Pelo menos carregarei um sobrenome influente e poderoso, já você...

Harry estava prestes a respondê-la a altura, mas foi impedido por Roberto, seu padrasto.

— Se Harry assim desejar, pode ser um Tomlinson, como também pode carregar o sobrenome que ele quiser — ele deu de ombros, com a voz sempre mansa e despreocupada, querendo mais que tudo cessar aquela discussão boba — Inclusive, poderia chamar Louis para o casamento de Gemma, seria legal conhecê-lo!

Pela primeira vez naquele dia, Harry conseguiu sorrir verdadeiramente.

— Isso se eles ainda estiverem juntos né, até parece que esses tipinhos como desse Louis querem relacionamento sério com alguém — Anne dizia com um tom de voz debochado, balançando a taça de vinho lentamente.

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