Pov Cristian....
Eu fico encarando a rua calma logo abaixo de mim! O balanço das folhas da árvore o vento frio e perfumado e eu encho os pulmões fechando os olhos e me lembrando de Victor...
- sabe do que eu mais sinto falta de casa?
Eu tiro os olhos do livro.
- do quê?
- de vento! Do cheiro que o ar de Saint tem! Eu já viajei meio mundo cara mais o cheiro do ar da nossa cidade é algo que eu nunca senti em qualquer lugar que eu tenha colocado meus pés.
Eu rio.
- bem! Agora nós comemos poeira.
Ele gargalha.
- areia pra ser específico!
Eu sinto alguém atrás de mim e logo me viro! Ela! Com a minha blusa de malha preta as pernas nuas e os cabelos desgrenhados.
- você tá bem?
Eu fecho a porta da varanda e entro na sala.
- sim! E você?
Ela sorri.
- ótima!
Eu me aproximo e roubo um beijo dela.
- você quer que eu vá embora?
Eu franzo a testa.
- o que? Claro que não! Porque eu iria querer isso?
- sei lá!
Ela da de ombros.
- nós já transamos...
Eu suspiro e ponho a mão na sua cintura a puxando pra mim!
- nós podemos fazer isso de novo e de novo! Quantas vezes você quiser.
Ela ri.
- Cristian Grey! Estou chocada.
- eu gosto de chocar você Anastácia Steele.
Ela passa os braços pelo meu pescoço e acaricia meus cabelos me fazendo fechar os olhos.
- não consegue dormir?
- eu raramente durmo Ana!
- você tá bem mesmo? Hoje faz um mês do falecimento do filho do senhor Jackson.
- eu sei! Estava me lembrando dele agora mesmo! Ele sempre dizia que sentia falta do aroma do ar daqui de Saint.
- vocês eram tão próximos assim?
Eu abro os olhos!
- nascemos no mesmo ano! Fomos pra escola juntos nossas famílias eram amigas fomos pra faculdade juntos pras festas e por uma conhecidencia fomos parar no mesmo pelotão de artilharia passamos por 7 períodos dentro do exército dormíamos juntos no mesmo quarto uma cama praticamente encima da outra...
- então porque não te vi derramar uma lágrima no velório?
Eu solto sua cintura.
- desculpa...eu não devia ter falado isso.
Ela fala enquanto me afasto.
- vamos voltar pra cama?
- tá bem! Eu só vou ao banheiro.
Eu encaro o teto branco enquanto ouço os passos dela depois vejo ela se aconchegar na cama ao meu lado.
- você me desculpa?
Ela pergunta enquanto põe o queixo no meu ombro.
- não precisa se desculpar!
- eu não quero ser entrometida mais não acha melhor colocar pra fora? Chorar? Gritar? Berrar? Socar? Assim fica mais fácil de lhe dar com a dor do que ficar assim.
- eu não sei fazer essas coisas Ana!
Ela olha nos fundo dos meus olhos.
- se você quiser chorar eu prometo que não vou contar pra ninguém.
Eu rio
- boa noite!
Ela ri e se aconchega no meu peito e quando percebo que ela dormiu eu começo a me lembrar das noites com Victor! Das farras dos perigos e da maldita noite que ele se foi! Do caixão ao meu lado no avião do velório do pai e da mãe dele aos prantos e do olhar da minha mãe pra mim e eu choro como há tanto tempo eu não conseguia fazer...
Ela se surpreende com a mesa.
- você arrumou tudo isso?
- tudo pra você!
Ela sorri e se senta.
- eu não posso ficar hoje! Promete de ajudar meu pai e minha vó na loja.
- tudo bem! Eu te levo pra casa!
- não precisa.
- Ana! Você não saiu com um cara qualquer! Eu te busquei em casa ontem e vou te levar hoje.
- tá bom...
Ela está sentada no meu colo me beijando e eu como o bom depravado que sou passo a mão por suas longas pernas.
- posso perguntar como foi a noite de ontem pra você?
Ela ri
- foi ótima.
Eu sorrio
- posso buscar você pra jantar hoje?
Ela me encara.
- sério?
- sério! Porque o espanto?
- então você quer de novo?
Eu rio.
- eu quero! De novo e de novo! Eu quero você e ponto.
Ela me beija.
Eu estaciono atrás do Audi dela.
- meu pai ainda não foi pra loja.
- quer que eu entre?
- não precisa! Eu tenho umas coisas da escola pra resolver depois vou ver se ajudo meu pai ou minha avó.
Eu sorrio.
- eu vou pra casa do meu pai! Te pego as 7!
- tá bem!
Ela me beija
- você pode ficar de novo?
Ela ri.
- claro que sim.
- entendi....
Papai parece não estar em casa quando entro mais vou direto pra garagem e pego as ferramentas...eu estou quase no meio do canteiro quando vejo Grace atrás de mim.
- bom dia Cristian!
- bom dia Grace! Tudo bem?
- sim! Eu trouxe isso pra você!
Ela me estende uma xícara de café.
- expresso?
Ela ri
- sim! Expresso.
Eu dou um gole.
- meu pai tá dormindo?
Ela bufa e ri.
- não! Ele foi pro banco teve um problema com os caixas mais o Elliot foi ajudar.
- entendi.
- eu vou fazer o almoço arrumar umas coisas Gail não vem.
- tá bom! Vou terminar isso aqui.
- você fica pra almoçar não é?
- sim!
Ela sorri.
- ótimo.
Eu volto a minha tarefa e quando dou por mim vejo Elliot e papai atrás de mim de terno me olhando como se fosse um imbecil.
- bom dia!
Falo tirando as luvas.
- Cristian..
Fala papai com voz embargada.
- eu vou replantar isso aqui! Sei que o vovô não está mais entre nós mais isso é o mesmo que manter ele perto.
Elliot e papai se trocam e começam a me ajudar.
- onde vou achar mudas de rosas?
Pergunto enquanto Elliot me dá uma cerveja!
- na loja dos Steele!
- mais não é uma loja de material de construção?
Ele ri.
- lá tem de tudo Cristian.
- tá bom!
Eu acabo ficando pro almoço e vejo como Grace está feliz com isso!
- é verdade que você e Anastácia tem saído juntos?
Pergunta papai.
Eu encaro os três na mesa.
- sim! Porquê?
Ele suspira.
- ela é uma ótima pessoa linda e educada mais ela era..
- namorada do babaca do Jack
Completa Elliot.
- e o que isso tem haver?
- Cristian você não tá usando essa menina pra se vingar do Jack e nem da sua mãe não é?
Pergunta papai.
- o que? Claro que não pai! Agente se esbarrou conversou e eu chamei ela pra sair! Que pergunta idiota.
Grace ri.
- eu aprovo! Vocês ficam lindos juntos e cá entre nós o Jack é um idiota não merecia uma moça tão linda e boa como ela.
- muitos pais passaram a buscar seus filhos na escola depois que ela começou a dar aulas.
Fala Elliot e eu rio.
- espero que você não seja um deles! Kate é ótima.
Repreende Grace.
- não! Claro que não.
Eu rio e volto a comer.
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O Regresso
FanficCristian Grey saiu de Saint uma cidadezinha bem próxima a Seatlle na noite em que sua Mãe Ella Grey se casou com Jhon Hyde e jurou nunca mais colocar os pés na sua terra natal! mais um pedido do seu melhor amigo nos últimos instantes antes de morrer...