Brigas antigas

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Pov Cristian...
Eu saio do trabalho e vou direto pra casa mais paro quando vejo Jack encostado no meu carro.
- que porra é essa?
Pergunto irritado.
- será que podemos conversar?
- eu não tenho nada pra dizer a você.
- mais eu tenho.
Eu o encaro e sei que não está aqui por bobagens.
- primeiro você sai de cima do meu carro!
Ele me encara.
- nossa mãe está doente!
- nossa mãe? Ela não é sua mãe! É sua madrasta!
Ele bufa.
- posso não ter o sangue dela mais ela é a mãe que eu tenho.
- o que ela tem?
- ela sempre bebeu! Mais de uns tempos pra cá ela tem exagerado! Já achei garrafas e mais garrafas escondidas no quarto dela.
- ela sempre bebeu mais nunca assim!
- eu não falo mais com o Elliot depois da surra que ele me deu e Mia é uma criança! Só resta você.
- eu não posso fazer nada além de conversar com ela.
- acho que se você falar ela vai escutar.
Ele sai andando e eu fico olhando.
A vó de Ana fez uma lasanha simplesmente maravilhosa.
- gostou querido?
- sim! Está ótimo.
Ana sorri e volta a comer.
- e então como no Oregon?
Pergunto e o senhor Steele derrama novidades.
- é hora de convida-los pra vir aqui!
Fala Ana e o pai dela ri.
- sim! É hora! Eu realmente achei um lugar pra morar.
Eu rio.
- que bom! Fico feliz em ouvir isso.
Ele sorri.
- vamos?
Ana franze a testa.
- pra onde?
- pra minha casa! Eu trago vice mais tarde.
Nós estamos na minha cama! Nus ela deitada no meu peito e eu acariciando os cabelos dela.
- o Jack veio me procurar hoje!
- veio?
- disse que minha mãe está doente!
- doente?
- sim! Disse que está bebendo de mais me pediu pra conversar com ela.
- entendi. E você vai?
- não sei!
- o que seu coração tá pedindo?
Eu rio.
- coração?
- é!
Ela se vira e me encara.
- ela sabe o limite sempre gostou de beber!
- posso dizer uma coisa?
- claro.
- eu não sei porque vocês brigaram e porque você ficou tanto tempo longe daqui! Mais não desperdice seu tempo! Ela é a sua mãe e eu daria tudo pra ter a minha aqui comigo.
Depois de uma manhã louca no trabalho eu paro na porta da casa de Jack.
- Cristian?
O senhor Hyde me encara
- minha mãe está?
- sim! Vou chama-la fique a vontade!
- obrigado!
Ele sobe as escadas e eu fico parado olhando pro chão.
- filho?
Mamãe desce as escadas mais tropeça no último degrau e a seguro.
- você já almoçou?
Ela sorri.
- não!
- pode almoçar comigo?
- claro.
Eu sinto o cheiro do álcool mais decido ignorar.
- eu espero você se arrumar.
Nós fazemos o nosso pedido!
- qual é o motivo disso?
Eu sorrio.
- nada especial! Só queria te ver.
Ela ri.
- tão charmoso! É por isso que as mulheres da cidade ficam doidas quando vêem você.
- mãe.
Ela ri.
- bom se bem me lembro eu te ensinei muita coisa!
- sim! Muita coisa.
- como está o trabalho?
- está tudo indo bem! Só quero que as novas instalações fiquem prontas logo.
- ah sim! O prédio que parece coisa do futuro?
- foi o Elliot que desenhou!
- eu tenho muito orgulho dos meus três filhos!
- três?
- o Jack também é meu filho!
- pensei que estivesse falando de Mia.
Ela da um gole no vinho.
- Mia é uma garota! Inocente! Não conta.
- mãe.
Ela ri.
- e então porque me chamou pra almoçar?
- Jack me procurou disse que você anda exagerando na bebida.
Ela solta uma risada alta.
- ahh Cristian! Por Deus! Eu bebo de vez enquanto em ocasiões especiais.
- eu me lembro bem das brigas entre você e o papai e um dos motivos sempre era a bebida.
- sim! Seu pai achava que eu bebia muito mais...
- não é vergonha procurar por ajuda!
- eu sei! Você ainda vai ao psicólogo do exército?
- sim! Uma vez por semana fazemos seções online.
- sua namorada sabe?
- não!
Ela suspira.
- você não disse que a ama?
- eu amo mãe!
- Cristian eu estou bem ok? Por favor não precisa ficar assim!
- eu me preocupo com você! Apesar dos nossos problemas você é a minha mãe! E eu amo você.
- eu também te amo querido! Eu estou bem.
Ana entra no carro correndo da chuva.
- oi.
Ela fala e me beija.
- oi!
Ela sorri e eu me sinto bem.
- então você era um patife na faculdade?
Eu gargalho.
- eu estudava na mesma medida em que me divertia.
- eu não tive essa sorte! Meu pai não podia me manter em outro lugar então estudei em Seattle mesmo ia e voltava pra casa.
- mais você não ia as festas?
- ia mais não em todas.
- e você era do tipo que ia pra pegar todos os caras ou..
- não! Eu ia mais pra beber.
- beber?
- é!
Ela da de ombros tensa.
- quando minha mãe morreu eu passei por uma fase muito ruim! Fui forte pelo meu pai pelo José pela vovó mais eu não tinha com quem conversar então eu ia e bebia o mundo passava mal.
- voce não parece ser assim!
- eu comecei a ir mal na faculdade até que uma professora me chamou de canto e conversou comigo! E me encaminhou pra uma psicóloga do campus.
- seu pai sabe disso?
- não! Nem o J sabe disso! Foi uma fase horrível da minha vida perder a minha mãe foi a coisa mais difícil que eu passei!
- eu sinto muito! Queria ter conhecido ela.
- eu vou te mostrar umas fotos depois! Dizem que eu me pareço muito com ela.
eu a beijo...
Deitado na minha cama com a chuva batendo na janela e Ana adormecida ao meu lado eu penso que devo jogar limpo com ela.
- assim eu fico mal acostumada!
Ela fala quando coloco café na xícara e ela se senta a mesa.
- por mim nós morávamos juntos!
- eu sei!
Eu me sento ao seu lado.
- eu quero te contar uma coisa!
- diga!
- eu faço tratamento psicológico com o psicólogo do exército.
Ela para de mastigar.
- e?
- como assim e?
- Cristian eu não vejo problema nisso.
- não?
- claro que não! Você procurou por ajuda! E isso é ótimo era isso que tinha que ser feito.
- nós temos isso em comum não é?
Ela me encara.
- a perda?
- sim! Eu perdi o Victor você perdeu a sua mãe.
Ela pega a minha mão.
- e em algum momento nossas dores se cruzaram e aqui estamos nós.
- sim! Pra sempre!
Ela sorri e me beija.
- pra sempre!

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⏰ Última atualização: Sep 07 ⏰

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