Lyanna

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Lyanna estava confusa e sua mente estava nublada

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Lyanna estava confusa e sua mente estava nublada.
Ela estava... Com um vestido verde? Por que ela usaria verde?
E era o dia do seu casamento?
Espere, ela estava se casando?
Sua visão estava embaçada e ela não conseguia focar seus olhos direito.
Quem estava segurando sua mão pronunciando palavras de casamento?
A confusão mental de Lyanna se dissipou um pouco e ela percebeu que estava em um lugar extremamente quente.
–Onde eu estou?
Essa perguta chamou a atenção dos homens a sua volta.
–Príncipe Rhaegar? Por que você está aqui com seus guardas? Como eu vim parar aqui? Onde estamos?
–Parece que o efeito está passando.
–Efeito? Efeito de...
Ela não conseguiu terminar, pois alguém a agarrou por trás e empurrou um líquido em sua garganta, e logo Lyanna voltou ao entorpecimento mental.
Quando voltou a recuperar sua mente, ouviu as vozes masculinas a sua volta brigando.
–Não é nosso dever questionar a família real!
–Nós não questionamos e no entanto uma guerra está acontecendo! E a culpa é nossa!
–Precisamos cumprir nosso dever como Guarda Real e...
Lyanna se sentia finalmente capaz de focar seus pensamentos.
Ela olha aí redor, ainda desorientada e pingando de suor com o calor imenso de sabe-se lá onde ela estava.
Ela pisca os olhos e se sente esquisita.
Tem alguma coisa errada...
Ela percebe que... Alguma coisa se moveu na sua barriga...
Barriga?
Lyanna toma um susto.
Aquela protuberância enorme no seu corpo a assustou.
Ela começou a gritar.
–AH! EU ESTOU COM UMA BARRIGA DE GRÁVIDA!
Arthur Dayne tenta acalmá-la.
–Lady Lyanna, por favor, você não pode ficar nervosa.
–QUE MERDA DE BARRIGA DE GRÁVIDA É ESSA? O QUE ACONTECEU COMIGO? O QUE VOCÊS FIZERAM COMIGO? -ela brada, o enchendo de tapas.
Oswell e Gerold a seguram enquanto ela grita e se debate.
–Eu estava em Correrio! Como eu vim parar aqui? Por que eu estou grávida? Quem fez isso comigo?
Arthur corre para chamar o príncipe.
–Ela adquiriu resistência ao que estava bebendo, deve ser isso.
Lyanna sente sua mente focar em algumas cenas da sua memória nebulosa.
–Foi você! -ela acusa, apontando o dedo para ele.
Ela estremece de fúria.
–Por que?
–Eu precisava de uma terceira cabeça de dragão.
–Do que está falando, seu louco?
Rhaegar franze a testa ao ser chamado de louco.
Mas decide explicar a profecia sobre o Príncipe Que Foi Prometido.
–Balela! -ela retruca.
–É a verdade!
–Azor Ahai era um Primeiro Homem se a lenda realmente tem um fundo de verdade. Se alguém vai realmente matar o Rei Da Noite, será alguém Primeiro Homem! Do sangue do Norte!
–Um Targaryen precisa estar no trono quando a Longa Noite chegar.
–Então por que não deixou a natureza seguir o seu curso? Por que está tentando forçar uma profecia? Se os deuses existem, eles não precisam de ajuda humana. As profecias se realizam apesar de nós, não por nossa causa!
Rhaegar não tinha resposta para isso.
–Me deixa ir embora! Eu quero voltar para casa!
–Eu não posso te deixar ir, Lyanna.
–Eu quero ir para casa!
–Não.
–ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! MINHA FAMÍLIA VAI ME SALVAR! O ROBERT VAI ME SALVAR!
–Eu sinto muito Lyanna. -ele diz, em um tom arrependido.
Lyanna paralisa com a expressão dele.
E quando ele conta o que aconteceu com o pai dela e o irmão dela, e que ainda por cima havia uma ordem contra Ned e Robert e estavam todos em Rebelião, ela se sentia devastada.
Uma forte dor atravessou seu corpo e ela gritou.
Ela sentia um líquido escorrer pelas suas pernas.
O meistre a examinou.
–Sinto muito. Mas o parto está sendo prematura e o bebê não está na posição certa. E ela é obviamente jovem demais para carregar um bebê em segurança dentro do corpo.
–O que eu posso fazer?
O meistre o olha com cautela.
–Vamos ter que tirar o bebê antes que os dois morram.
Rhaegar arregala os olhos.
–Faça!
–Meu príncipe?
–A primeira prioridade é Visenya!
Lyanna se assustou quando aqueles homens a deitaram na cama e cada um segurou um dos seus membros.
–O que vocês estão fazendo? Me soltem!
Quando ela viu o meistre se aproximando com uma faca de açougueiro, ela percebeu o que aconteceria e tentou lutar mais para se soltar.
–Não! Por favor não! -ela implora, com medo.
A faca entra em sua barriga cuidadosamente e ela grita.
–Não! Eu não quero! Pare!
Ela gritou mais alto ao sentir a faca rasgando seu ventre.
Seu corpo se esvaía em sangue.
Lyanna sentia que estava morrendo.
–É um menino  -diz o meistre.
Ela sangra, abatida como gado, e amaldiçoando profecias.
Ela não queria morrer assim!
Mas suas forças se acabavam muito rápido.
Ela pensou em todas as pessoas que amava, e implorou em seus pensamentos pela misericórdia divina, pedindo a tudo que o sagrado para que entregassem seu corpo para ser sepultado por sua família.
Ela queria ser enterrada ao lado de seus entes queridos, não queria ficar ali, naquele deserto.
Tudo o que Lyanna queria era voltar para casa, mesmo depois de morta.

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