32

17.8K 807 37
                                    

BATMAN

Batman: Vamos fazer o seguinte - Comecei. - Vai descer um carro e duas motos aqui na frente do carro, eu e o Santos vamos na moto subindo pela praia. Vamo dar uma olhada e dependendo da situação a gente aciona vocês pelo radinho, pegaram a visão? - Eles assentiram. 

LC: Ae chefe, não é querendo duvidar da sua capacidade nem nada, mas não seria melhor se eu e o Peixe subíssemos pela praia e avisasse vocês? - Fiquei em silêncio encarando ele. Santos se mexeu do meu lado, imaginei que ele fosse falar alguma coisa por mim, então cortei.

Batman: Papo reto que se fosse em outra situação eu até abraçaria a sua ideia, mas nessa daqui eu quero ficar na linha de frente. Porque se o Rato estiver lá, eu mesmo quero meter bala na cara dele assim que vê a sombra daquele filha da puta. - Peguei a minha pistola da cintura e conferi as balas. Os moleques assentiram e começaram a descer pro carro.

Sai da salinha junto com eles e subi na minha moto, ao lado do Santos.

Santos: Ae! - Me chamou e eu virei pra ele, terminando de colocar o capacete. Assenti com a cabeça pra ele continuar. - Falar pra tu, não duvido da capacidade de ninguém, mas não acho que o Rato tenha matado ela. Se ele quisesse te atingir, podia mexer comigo ou com a Duda que somos os teus parceiros de tempos, agora com a Luisa não teria o porque dele querer matar. - Tentou em ajudar, mas aquilo só me deixou mais neurótico.

Batman: Espero. - Foi o que eu falei, antes de ligar a moto e puxar todo mundo junto comigo.

A casa que a Luisa estava era na praia, o lugar ficava em Guaratiba no caminho pra Angra dos Reis. Longe pra porra, mas fomos a mais de 100 por hora e demoramos pouco pra chegar.

Chegando lá, fizemos o que tínhamos
combinado. Os moleques pararam o carro um pouco antes da casa e a gente subiu pela praia. Atrás tinha um morro que dava para a área que deveria ser a de lazer.

Santos: Me ralei inteiro. - Resmungou. - E ainda estourei a minha kenner.

Batman: Pra que que tu veio de kenner, cara?! - Olhei pro seu pé.

Santos: Pô, só tinha essa. - Estalou a língua.

Batman: Se concentra. - Falei tirando a peça da cintura e observando o lugar.

Tinha um arame farpado que dava pra passar numa boa, quando passamos finalmente tivemos acesso a casa.

Passamos pela piscina um pouco abaixados, as luzes estavam acessas e tudo estava silencioso.

As portas eram de vidro, daquelas de correr. Santos puxou e ela abriu com facilidade. Nos olhamos, os dois queriam ter certeza de que tinham o mesmo pensamento: aquilo ali tava muito fácil.

A porta dava acesso à sala, fiz um sinal para ele ir pela cozinha que eu iria pelo corredor que dava para os quartos.

Fui andando na escuta, queria ver se ouvia qualquer barulho, mas nada chegava aos meus ouvidos. Empurrei umas duas portas até chegar na que estava a Luisa.

Acendi a luz e vi ela sentada na cama, pulsos e pernas estavam amarrados, boca tampada e vestia apenas roupa íntima. Quando ela me viu abrindo a porta, arregalou os olhos e grunhiu alguma coisa que eu não consegui entender.

Nosso Mundo Onde histórias criam vida. Descubra agora