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BATMAN

Batman: Santos! - chamei, fazendo ele me olhar. - Leva ela lá pra salinha! - ele assentiu, puxando a Camilla para ficar de pé.

A filha da puta era uma X9 esse tempo todo. Porra, como que eu não percebi isso antes? A mina era toda estranha, sumia e aparecia do nada. Principalmente quando nois tava em Angra.

Caí na historinha que a Luisa me contou, achando que ela tava com problema na vida, até porque eu também já passei por altos bagulhos. Deveria te mandando alguém investigar... Ter colocado alguém na cola dela!

Mas agora já era tarde demais pra se lamentar. Meu morro estava sendo invadido pelo meu maior rival.

Mandei minha mulher pra poder ficar protegida enquanto tentava salvar a vida da futura mãe do meu filho.

A adrenalina tava a mil no meu sangue. Tava fazendo tudo no automático já.

Com o morro sendo invadido, ficava difícil levar a Raissa pro postinho, mas eu ia dar um jeito. Peguei ela no colo e comecei a descer o morro com dois vapor na minha frente e dois atrás.

Raissa já estava gelada nos meus braços, o sangue parecia nem sair mais.

Quando eu cheguei perto dela, assim que foi baleada, ela ainda estava com os olhos abertos encarando o céu enquanto dava alguns espasmos. Tentei falar com ela, tentando manter acordada, mas agora, seus olhos já estavam fechados. Ela estava mole.

Pô Deus, ajuda aí.

Descemos tudo na maciota, até chegar no posto. No máximo, metemos bala em quatro caras.

Mandei levaram a Raissa lá pra dentro pra fazerem o que tiverem que fazer.

Preenchi a fixa dela rapidão e já me chamaram para entrar junto com ela.

— A quanto tempo ela tá assim? – o doutor perguntou.

Batman: Doutor, te falar que o bagulho foi coisa de dez minutos, no máximo. - ele assentiu, sem esboçar nenhuma reação. - Eai? O que deu?

— Preciso examinar. De quanto tempo ela está grávida? - começou a checar a respiração dela e fazer uns outros bagulhos.

Batman: Sete meses. - ele começou a se afastar, após afastar um pouco do seu vestido para ver a região onde ela havia sido baleada.

Foi quase em seu peito, muito próximo do coração.

— Temos que fazer uma cirurgia de emergência nela. Ainda podemos salvar o bebê. - começaram a movimentar o corpo dela, levando pra longe.

Batman: Como assim, doutor?! - tentei entender, segurando o braço dele que estava de saída.

O velho me encarou assustado, quase se tremendo.

— O-olha, pelo pouco que avaliei, o corpo dela já está sem vida. A bala atravessou a região um pouco abaixo do ombro, então o dano foi maior. Mas talvez, o bebê ainda esteja vivo devido o pouco tempo da morte. — continuei segurando o seu braço, paralisado. — Senhor... Eu preciso ir.

Pisquei, soltando o braço ele.

O corpo dela já está sem vida.

Batman: Eu quero esse bebê vivo! - apontei o dedo na cara dele, metendo marra.

O velhote assentiu, saindo apressado.

A verdade é que eu sabia que talvez ele não conseguiria recuperar o bebê, mas não estava afim de perder as esperanças ou acreditar nisso ainda.

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