➸ 05

13.7K 847 258
                                    

Larissa Mota

Puta merda, que imundice!

A casa da Renata está pior que a minha antes da faxina que eu e a Bruna demos.

A minha consciência está pesadona, pois eu sentei horrores pro homem da minha prima.

Renata: Vê se não tocar em nada, eu sei tudo que tem dentro da minha casa.

Cruzo os braços enquanto arquei levemente a sobrancelha. É impressão minha ou ela me chamou de ladra?

Eu: Acabou de me chamar de ladra, Renata?

Ela girou os calcanhares e se virou pra mim um sorriso de orelha a orelha. Qual é a porra da graça?

Renata: Quem? Eu? - apontou pra si própria - Claro que não! Bom, mas nunca se sabe. Bom, vamos deixar esse assunto de lado e vem conhecer a minha casa.

A casa está parecendo mais o lixão da mãe Lucinda, não, pera aí. O lixão da Lucinda chega a ser mais organizado do que essa chiqueiro que ela chama de casa.

Renata: Você ainda faz bico lavando vaso dos outros?

Eu: Sim, e com muito orgulho! - logo ela caiu na risada - Prefiro mil vezes lavar vasos do que ser chacota e ficar apanhando por macho escroto.

Renata: Te darei um trocadinho pra você limpar a minha casa.

Ela começa a jogar o que via pela frente no chão, essa casa fede muito. Como uma pessoa consegue viver nessa situação? Até os mendigos conseguem ser mais limpos que ela.

Eu: Não vou me sujeitar a este papel ridículo, Renata.

Renata: Vai, me diz o seu preço, prima. - levou a mão até a cintura - O que não me falta e nunca faltará é dinheiro.

Eu: Renata, sou muito grata pela casa que você arrumou pra mim. Mas, eu nunca vou deixar você ou outra pessoa me tirar de otária. Dinheiro, consigo rápido fazendo qualquer bico que me aparecer.

Encaro a calcinha no chão suja de sangue e por cima tinha duas baratas, não consigo esconder a minha cara de nojo.

Eu: Como você consegue ser tão porca, Renata? Eu no seu lugar, teria vergonha de trazer alguém nesse chiqueiro que você chama de casa.

Renata: Vou dizer apenas uma única vez, querida priminha. Mulheres como eu, nasceram para pisar e humilhar mulheres como você. Enquanto você estraga vasos, já eu apenas preciso abrir as pernas e consigo tudo que quero.

Eu: Você diz Como se eu tivesse que ter alguma vergonha do meu trabalho. Posso garantir a você que tenho mais do que orgulho! Na verdade, quem deveria ter vergonha era você que se sujeita a comer o pão que o diabo amassou por conta de macho escroto. Você abre tanta boca para me criticar é o meu trabalho, mas não olha para o próprio umbigo.

Giro os calcanhares para poder ir embora, me vindo para me despedir da Renata e dou de cara com ela com um jarro de vidro na mão pronta para arremessá-lo.

Eu: Tome cuidado com os chifres, pois eles daqui a pouco estarão maiores do que o da malévola.

Fechei a porta correndo quando ela arremessou o jarro. Minha consciência que antes estava pesado agora está levinha, sou grata por tudo que ela fez por mim, afinal, ela me tirou da rua e me arrumou a kitnet pra mim.

TODA MINHA [ M ] Onde histórias criam vida. Descubra agora