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PERIGO

📍 Fevereiro, Vila Kennedy.

Termino de passar o perfume e logo em seguida pego o celular que estava na cômoda e coloquei no suporte.

Renata: Perigo, a inútil da minha prima deve chegar hoje, tem como você descolar um barraco qualquer? - pego a minha arma logo coloquei no coldre - o pior barraco se for possível, Larissa não precisa se muita coisa não.

Eu: Beleza - encarei em volta - levantar a bunda dessa cama e ver se arruma esse chiqueiro, como você aguenta? Porca do caralho!

Renata: Vou ligar para aquela velha com barba para vir arrumar, amor.

Eu: Mandei você arrumar esse caralho, é não ciclano! - catei ela pelo cabelo - Você não serve para porra nenhuma, nem pra me fazer gozar.

Renata: Eu arrumar? - fez uma careta - eu fiz as unhas de manhã, perigo. - soltei o seu cabelo, ela me mostrou as unhas - mulher como eu não movemos um dedo, e sim temos empregados de joelhos limpando o chão com a língua onde eu passar.

Eu: Não vou repetir, Renata!

Coloco o meu relógio fazendo o caminho para sair desse lixão, se bobear está pior que o lixo da mãe Lucinda daquela novela.

Renata é uma imprestável e ultimamente nem para me satisfazer está servindo, a casa vive em uma tremenda bagunça e ainda tem um cheiro horrível de morfo.

Renata é uma puta que fodo as vezes, ela é quem eu mais tenho frequência de repetir. Subo na moto e faço a rota para a principal, cumprimentei os envolvidos que estão nas bancas vendendo drogas.

Perigo, tá na escuta? D2 na voz.

Paguei o radinho que está preso em minha cintura, e apertei o botão antes de falar.

Eu: Passa a visão, D2.

Patrão chegou uma mina aqui dizendo que é prima da mocreia da Renata.

Eu: Marca cinco, fica na atividade.

Coloquei novamente o radinho preso no cós da minha bermuda e mandando um dos caras avisar a Renata, subo na moto e pego o rumo da barreira.

Larissa Mota

Cruzo os braços, eu estou prestes a perder o pouco da paciência que me resta. Tem um babaca que está me analisando a mais de dez minutos, ele umedece os lábios, sustentei o olhar e arqueio a sobrancelha.

Eu: Qual foi colega? - fechou ainda mais a cara - perdeu alguma coisa em mim?

Ele soltou uma risada enquanto deu uma leve apertada em seu membro, e com a outra mão coçou a barba.

— Sou o Léo - estendeu a mão pra mim e eu arquei novamente a sobrancelha, ele disfarçou e abaixou a mão - sou o sub da favela.

Eu: É o quico?

Ele juntamente com uns outros caras riram pelo nariz, ele deu um passo em minha direção coçando a sobrancelha.

TODA MINHA [ M ] Onde histórias criam vida. Descubra agora