Arma

27 4 3
                                    

     Nós chegamos lá em uns vinte minutos e dessa vez eu estava bem atenta ao que estava ao meu redor e tinha acabado de pegar minha arma no porta luvas junto com a arma da Liz. A escola parecia muito mais assustadora naquele horário, mas pelo menos não tinha mais fumaça saindo dele.

     -Pera, a escola pegou fogo?! - perguntou Alex incrédulo.

     -Aham, a gente mencionou isso antes, não foi? - perguntei olhando para todos da equipe e eles me confirmaram que sim.

     -Falaram?

     -Cara, cê realmente tá 'gone' irmão. Olha você não vai ter nenhuma arma na tua mão enquanto eu não te conhecer, cara. Não confio nisso. Não, tranquilo, nada pessoal irmão, espero que você entenda isso...peço perdão por ter chutado a porta da sua casa, ter jogado água na tua cara, ter fumado na sua casa, ter insultado seu power ranger...mas cara...nosso ofício. - falou Thiago muito rápido.

     -Não, tudo bem, tudo bem...eu quero entrar lá. - respondeu Alex.

     -Vamos entrar, rapaziada? - perguntou Liz colocando a mão dela em cima da mão do Thiago, quase fazendo um carinho que mal dava para perceber.

     Então, nós todos, menos o Alex, pegamos nossas armas e saímos do carro e fomos em direção a escola. A escola estava com várias faixas do tipo "NÃO ENTRE" e outras faixas policiais que não tinha antes.

     -Aparentemente, alguém já pegou o corpo do bombeiro, provavelmente. - afirmou Daniel.

     -Ah, finalmente, né? - disse Liz.

     -Não fala pra ele do bombeiro - falou Thiago sussurrando dando uma cotovelada de leve no Daniel.

     -Corpo do bombeiro?! - questionou Alex.

     -Nada, nada, nada, nada, nada... - respondeu Liz.

     -É o...copo do bombril. - afirmou Daniel.

     -É... - depois parei para pensar no que eu tinha respondido e sussurrei para o Daniel. - ...sério? Não tinha frase que fizesse mais sentido, não?

     -Eu tinha que falar alguma coisa! - sussurrou Daniel de volta.

     -Jesus Cristo...

     -Tá bom... - respondeu Alex.

     Quando íamos entrar na escola escutamos, o Gonzales acenou para nós nos chamando. Eu somente sorri e acenei de volta. Ele começou a falar com a gente quando ele chegou mais perto.

     -Ô Gonzales, meu querido! - exclamou Thiago.

     -Eu sabia que vocês iam voltar aqui! Por que que o corpo tava diferente?!

     -Diferente de que jeito?!

     -Me...me ligaram da delegacia, falando que o corpo fotografado chegou diferente na...na...

     -Pera, como assim, chegou diferente?

     -Ele tava com a mão cortada fora, a cabeça estourada...e com marcas de sola de sapato no rosto dele.

     Ops.

     -Cê tá...cê tá falando sério?!

     -Vocês não sabiam?!

     -Não! - exclamamos eu, Thiago e Liz ao mesmo tempo.

     -A gente só veio aqui porque aparentemente, tinha um vazamento de gás na escola, que foi detectado no subsolo e a gente veio aqui investigar pra não acontecer uma explosão maior, o que já aconteceu. - Thiago disse dando continuidade.

A Ordem Paranormal - Isabela W.Onde histórias criam vida. Descubra agora