Senhor Veríssimo

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     Assim que chegamos no carro, a Liz colocou o menino desacordado no porta-malas e tapou a boca do mesmo com uma silver tape. Eu entrei lá no carro o tempo todo pensativa:

     O que o Gabriel tinha falado não havia nexo nenhum...ele inicialmente falou que ele era a pessoa que mais odiava, mas depois falou que era a Agatha. Além de que quando ele falou do grupo era matematicamente impossível, ele ter falado mal do grupo. Por que o Matheus é único que segundo ele não merecia, a Agatha não era do grupo, só sobrou ele mesmo e o Gustavo que segundo ele era o nojentinho do grupo. Será que ele estava falando da Lina? Mas ela não estava lá...estava?

     Quando chegamos no endereço, vimos que era um prédio comercial abandonado, com um único escritório na frente. Ainda não era ali exatamente, então nós andamos mais um pouco e entramos dentro de um beco. O endereço dava para uma lavanderia bem velha e imunda. No balcão, havia um senhor cuidando de algumas coisas do balcão. No que esse Senhor levantou o rosto e ajeitou a postura reconhecemos como o Sr. Veríssimo.

     -Eu estava esperando por vocês. - falou Sr. Veríssimo com um olhar concentrado e sério que logo se desviou para o Gabriel que estava acordado tentando falar mesmo com a silver tape enquanto era carregado pelo Daniel - E esse é...?

     -E esse é o menino envolvido em toda a situação. O que causou tudo em primeiro lugar. - respondeu Liz apontando para o menino.

     -Nós não queremos entrar com ele.

     -What?! - exclamou Daniel que estava carregando o Gabriel.

     -A gente precisa fazer alguma coisa com ele, ele tem muita informação Sr. Veríssimo. Ele sabe tudo que aconteceu e como aconteceu. - minha irmã complementou.

     -Me sigam. - respondeu Sr. Veríssimo nos guiando até uma sala de depósito atrás do balcão

     O depósito era bem pequenininho, com estantes cheias de produtos de limpeza e um tapete no centro da sala. Quando o Senhor Veríssimo levantou o tapete, tinha um alçapão que foi aberto pelo mesmo. Quando descemos as escadas, chagamos em um cômodo escuro com somente uma lâmpada no centro da sala piscando. O local inteiro era poeirento e sujo, insurportavelmente sujo que as vezes eu só parava respirar por alguns segundos para não ter que sentir o cheiro e nem a poeira do lugar. Era uma sensação de que eu estivesse prestes a arrancar meu nariz fora.

     Tudo estava sujo e cheio de poeira, exceto duas caixas de metal no canto da sala. Na qual o Senhor Veríssimo pegou essas duas caixas e as colocou em cima de uma mesa.

     -Vocês tem todas as informações necessárias que eu disse? - questionou o Sr. Veríssimo.

     -Acreditamos que sim. - afirmou Elizabeth.

     -Vocês tem o necessário pra fazer a limpeza?

     -O que a gente não tem esse moleque aí deve saber. - concluiu Thiago.

     -A gente só precisa que esse menino abra a boca. - complementou Elizabeth - Só que ele quer a liberdade dele em troca e eu não sei se...

     -Por que vocês sequestraram um adolescente? Ele é um esoterrorista? - questionou o Senhor Veríssimo.

     -Não, mas ele estava envolvido com esoterroristas.

     -Ele é o garoto que assassinou no vídeo que vocês mencionaram?

     -Sim. - respondeu todos ao mesmo tempo.

     -Isso não faz dele um trabalho nosso. - declarou o Sr. Veríssimo - Por que vocês não consideram ele um esoterrorista, se ele foi o responsável?

A Ordem Paranormal - Isabela W.Onde histórias criam vida. Descubra agora