demônios

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Todos esses demônios
Que me encaram através do espelho,
Parecerem desdobrar-se o tamanho
A medida que cresce o medo;

Todos esses medos
Encolhidos na escuridão,
Me encaram cheios de soberba
Crendo que nunca saberei quem são;
A medida que a luz se faz,
Em trevas meu medo se esvai,
Pois no escuro o demônio se alastra
E finge-se de gigante
Até que a ignorância, tão devassa
Lhe esconda o verdadeiro semblante.

Na luz, não vejo medos;
O desespero permanece em segredo,
Para então ver quão miseravelmente
Pequenos são esses mesmos demônios diante do espelho.

p͟r͟o͟c͟u͟r͟a͟-͟s͟e͟Onde histórias criam vida. Descubra agora