O pasteleiro - Pedro Pascal

Capítulo 7

Sophia cansada após todos os convidados terem se despedido, sentou-se no grande sofá da sala toda bagunçada.

– Que noite... – Ela refletiu enquanto Bruna comia uma fatia fina do bolo.

– É, que noite né, dona Sophia! – Bruna veio decidida sentar-se ao lado da amiga. – Agora você vai me contar tudo.

– Ok, ok. – Sophia respirou fundo antes de começar. – Tudo começou naquela noite do primeiro dia de aula, você me chamou pra ver o Pedro mas por algum motivo eu escondi que já fiquei interessada, você me conhece, sabe que eu sou esquisita nesse sentido.

– Sim, te conheço bem.

– Pois é, depois que a gente se despediu naquele noite eu fui comprar um pastel com ele, desde aquele momento a gente começou a conversar, toda noite eu voltava lá pra falar com ele. A gente se divertia muito conversando e contando piadas. – A garota estava imersa em lembranças quando foi interrompida.

– Vocês se falam toda noite desde o primeiro dia de aula? Você vem me escondendo muita coisa, So, que decepção.

– Desculpa, de verdade eu não consegui me abrir em relação a isso com ninguém. Sei lá, foi tudo muito intenso dentro de mim, as coisas estavam uma bagunça na minha cabeça. – Ela se encolheu de leve.

– Tá tudo bem, continua, como chegou ao ponto de vocês transarem no meu quarto de hóspedes? – Bruna já sabia o que havia acontecido antes mesmo de Sophia contar.

– Ah, como eu disse, a gente vem conversando todos esses dias, e eu criei coragem semana passada e convidei ele pra festa. Não sabia se ele realmente viria. – Ela confessou.

– Pelo visto ele também gostou de você, eu estava reparando o jeito dele enquanto a gente conversava, ele não tirou os olhos de você. Se eu sou você não deixava ele escapar, mas me conta... Ele fode bem? – A amiga estava animada com a nova fofoca.

– Bruna, pelo amor de Deus! – Sophia riu. – Muito bem pra um cinquentão. Foi ótimo, ainda quis me fazer gozar no final mas eu precisava voltar pra festa. – Ela lembrou triste.

– E você ainda ligou pra festa? Deveria ter continuado lá a noite inteira.

– Ah, tem mais! Você sabe porque ele sumiu essa semana agora? – Sophia lembrou de edificar a amiga.

– Não! Me conta! – A outra parecia eufórica.

– Ele me disse que se separou recente da ex esposa, e se mudou agora pra morar sozinho na Vila Madalena. Mas o que mais me espantou é que ele tem dois empregos, e vendedor de pastel tá mais pra um hobby.

– Não acredito! Caramba, e a gente criando mil teorias esses dias todos. – Bruna confessou rindo.

Sophia, do nada, lembrou do pacote que o pasteleiro havia lhe entregado mais cedo. Pedindo licença para Bruna ela levantou e foi até onde os presentes estavam reunidos, depois voltou ao sofá com o embrulho nas mãos.

– O que é isso? – Bruna indagou.

– Presentinho que ganhei dele.

– Abre, Abre! – A amiga animada exclamava enquanto Sophia já rasgava o papel.

Ela revelou uma correntinha prateada, pegando cuidadosamente entre seus dedos e levantando, era um colar delicado de duas voltas, na correntinha de cima havia um pingente em formato de estrela brilhoso e na corrente debaixo um pingente de lua minguante tão brilhoso quanto.

– Sophia... gruda nesse homem. – Bruna concluiu rindo.

Sophia não respondeu e só pegou o colar com as duas mãos para colocar em volta de seu pescoço.

As duas continuaram conversando sobre Pedro até se cansarem e irem finalmente dormir depois de uma longa noite.

-

“Olá Pedrito, abri seu presente e gostaria de dizer que foi de longe o meu favorito da noite, obrigada pelos dois presentes que me deu ontem hehe.” Assim que acordou a tarde no dia seguinte, Sophia digitou e lhe enviou a mensagem.

Bruna e Sophia tomaram um café com leite e comeram alguns pães com restos da comida da festa, para depois Bruna dar uma carona para sua amiga até sua casa.

Sophia chegando em sua república foi direto até seu quarto, encontrando uma bagunça que seu eu do passado deixou antes de sair correndo para a casa de sua amiga na manhã anterior. Ela respirando fundo começou a arrumar tudo logo para não procrastinar mais ainda. Colocou uma música para servir de motivação e começou. Seu celular tocava Woman – John Lennon.

Quase no final de sua missão ela parou para olhar o celular e seu coração falhou ao ver uma notificação dele.

“Fico genuinamente feliz que tenha gostado, dos dois presentes. Aliás, como você sabia que eu amo quando me chamam de Pedrito? Haha e eu andei pensando, você tá livre essa noite?”

Ela lia cada palavra com um sorriso de orelha a orelha.

“Eu li sua mente, Pedrito. Pois pode me chamar de absorvente, porque eu tô Sempre Livre.” Ela ria da própria mensagem.

“Muito bem, Sophita, eu tava pensando em ir procurar um barzinho aqui pelo bairro, mas não queria ir sozinho, você tem interesse?” Logo ele respondeu.

“Não sei, preciso checar na minha agenda, sabe que eu sou uma mulher ocupada haha só me diz o lugar e a hora e estarei lá” Ela lembrou de quando o convidou para sua festa e brincou igual.

“Me encontra aqui, umas 19h, tudo bem pra você?” Pedro enviou uma localização.

“Claro, te encontro lá” a moça respondeu mandando uma figurinha engraçada.