Capítulo 2

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No final daquele mesmo dia, após todas as aulas terem acabado, Sophia se despediu de Bruna e avistou sua amiga desaparecer no horizonte, em seu Porshe nada chamativo. Enquanto se encaminhava de volta ao prédio da faculdade, ela pensava no que poderia fazer, para se aproximar do pasteleiro.

“Será que eu simplesmente peço um pastel?” Ela não poderia chegar perguntando o número do boy ou algo do tipo.

Já sem muito mais tempo de sobra, Sophia andou em direção à barraca criando coragem para falar com o cara bonitão. Embora a fila houvesse diminuído, ainda havia uma quantidade significativa de pessoas ansiosas por um pastel. Definitivamente o pasteleiro fizera sucesso. Sophia fez questão de ser a última a ser atendida, para que tivesse mais tempo com ele sem precisar falar rápido por ter outras pessoas esperando atendimento.

– Boa noite! Nossa última do dia, fechando com chave de ouro. O que deseja? – Disse ele sorrindo quando ela se aproximou.

Ela nunca foi tímida mas nesse momento toda a extroversão sumiu de seu corpo num piscar de olhos. Sophia olhou para o menu sem pensar muito bem no que iria pedir, porque na verdade ela realmente não queria nada além de dar um beijo no homem em sua frente.

– Pode ser um pastel de calabresa. – Ela deu um leve sorriso de canto de boca.

– Pode deixar, meu bem. – Pedro sorriu novamente.

Sophia se derreteu por completo. Meu bem? Ela não sabia se ele estava apenas sendo educado ou algo a mais. Será que ele falava isso para todas as garotas? Que dúvida. De qualquer jeito ela se sentiu especial.

Pagou o valor correspondente e esperou o homem baixinho atrás dele fritar e entregar seu pastel.

– Muito obrigada. – Ela agradeceu e sentou em um banquinho próximo para apreciar sua janta.

– Eu quem agradeço. – Pedro foi simpático mais uma vez, ela estava ficando desnorteada.

"Vai, puxa assunto!" Seu cérebro repetia sem parar.

– Esse pastel está mais gostoso do que o da minha mãe, e ela cozinha muito bem. – Sophia exclamou.

"Que raiva, eu não podia ter dito outra coisa?!"

– Ah, eu agradeço, senhorita. Faço com amor, aposto que os da sua mãe também são uma delícia. – O sorriso dele era contagiante.

"Ele faz de propósito, não é? Não é possível." Sophia tinha certeza que Pedro sabia o poder que tinha e usava isso a seu favor. E ela odiava homens assim.

Assim que acabou de comer ela agradeceu novamente e foi em direção a estação do metrô, sonhando acordada.

O trem estava quase vazio por conta do horário, ela colocou seu fone e deu play, a primeira música a tocar foi The Power of Love - Huey Lewis and The News. Sophia fechou os olhos e respirou fundo lembrando do rosto do homem encantador que acabara de conhecer.

-

Já em casa, tarde da noite, morta de cansaço ela se jogou em sua cama. Como no dia anterior ela se pegou encarando o teto, mas dessa vez seus pensamentos eram outros.

Novamente ela fechou os olhos e deixou seus pensamentos irem para onde queriam ou melhor, o que desejavam: o pasteleiro. Primeiro sua mão roçou de leve sua barriga por baixo da camisa, ela sentiu automaticamente seus pêlos se arrepiarem e um calafrio correu sua espinha.

Aos poucos seus dedos desciam mais e mais, chegando até a barra da sua calcinha e alisando de leve. Ela imaginava os dedos grossos de Pedro no lugar dos seus.

Finalmente ela chegou lá embaixo com seus dedos e deu uma arfada quando sentiu que já estava molhada só de imaginar a situação. Primeiro começou penetrando um dedo devagar, deu um gemido baixo enquanto agradecia pelos quartos da república não serem compartilhados.

Sua outra mão subiu pela barriga por baixo da camisa até chegar no seu seio direito e o apertou bem forte.

Sophia gemia e arfava baixo para não ser ouvida e acelerava lá embaixo, ela revezava entre massagear o clitóris e penetrar os dois dedos do meio até o fundo. Se Pedro estivesse ali agora ela tinha certeza que ele estaria a enforcando ou dando tapas em sua cara enquanto a masturbava. A ideia de apanhar de um homem tão bem feito como aquele a excitava mais ainda.

Ela ia e voltava rápido fazendo cada vez mais barulho enquanto seu peito enchia de calor, até que chegou um ponto em que ela tirou a mão de seus seios para tapar sua boca, já que não conseguia controlar os gemidos ficando altos.

Seu coração acelerado, seu corpo suado, sua buceta pulsando, tudo indicava que ela estava próximo a um orgasmo. Sophia continuou no mesmo ritmo até sentir uma lágrima descer entre seus dedos ao mesmo tempo em que uma descia de seu olho esquerdo.

Ela respirou fundo algumas vezes vendo o que tinha acabado de acontecer. Ela bateu uma siririca pensando no pasteleiro novo da faculdade. Imagina o que Bruna iria pensar se soubesse disso? Ela jamais iria contar.

Ainda com a cabeça zonza, Sophia se ajeitou na cama e ficou pensando nos acontecimentos de hoje. Era melhor ir dormir porque amanhã teria mais pastel.

O pasteleiro - Pedro PascalOnde histórias criam vida. Descubra agora