Capítulo 15

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Arabella

Já havia se passado uma semana desde toda a situação com Mason e comigo mesma.
As coisas estavam voltando ao normal, tudo havia sido uma mal entendido, e eu estava organizando os meus sentimentos, uma das coisas que mais admiro em Mason é a capacidade que ele tem de ser 100% compreensível, eu pedi um espaço, pra colocar a cabeça no lugar, e ele entendeu, ele se explicou, mas existia o que eu sentia e ele respeitava isso.
Eu gosto muito dele, e gostaria que as coisas fossem adiante, porém eu entendo que se não evoluir pra um relacionamento sério, a minha felicidade não depende dele, eu estou começando a entender que a minha felicidade não está em coisas ou pessoas, a vida é composta de momentos de muita alegria ou de muita tristeza, e pessoas que estão comigo nesses momentos.
Eu quero ser alguém que não baseia o estado emocional em circunstâncias, eu almejo ser alguém que tem paz de espírito e entende que a vida é curta demais para perdermos tempo concentrando toda nossa energia em situações ruins, quero entender que esses momentos por mais horríveis que sejam, eles irão passar.

Tudo passa...

Meu aniversário está chegando, e será o primeiro que passo longe do convento e da minha mãe.
Abbie perguntou se eu não gostaria de viajar pra vê-la, mas estou tão atarefada com o curso que infelizmente essa viagem repentina não poderá acontecer agora.

Mason

-Convide a moça pra almoçar e passar a tarde conosco.

Meu pai disse e minha mãe concordou junto com minhas irmãs.

-Eu acho que está no tempo de nós conhecermos a garota viajante. -Dessa vez quem falou foi meu irmão.

-Eu estou preocupado de ser cedo demais, mas confesso que quero ir em frente com ela, quero pedir pra que seja minha namorada. Eu acho que eu já a amo...
Semana passada eu fiquei apavorado dela pedir pra gente não ter mais contato, e eu gosto dela, gosto da companhia, da risada, gosto dos carinhos e principalmente do intelecto dela.
E tem algo, eu vejo um futuro com ela.
Mas estou preocupado de tá sendo precipitado.
Só não sei por qual razão eu deveria me segurar, a vida é tão curta né?

Minha família estava me olhando com expressões engraçadas, como se estivessem assistindo a uma apresentação de teatro de romance de época.
Um misto de graça e admiração. Ou confusão como o rosto da minha irmã mais velha entregava.

- A opinião de vocês é importante pra mim, então a convidarei pra passar a tarde conosco, o aniversário dela está se aproximando, e ela não conhece muita gente aqui, seria legal passar o dia conosco.

-Perfeito, eu não conheço a garota, mas já gosto dela pelas coisas que você nos conta, então irei preparar algo pra ela.
Minha mãe estava muito receptiva com a ideia de ter uma nora, o que me tranquiliza, porque no meu último relacionamento foi um verdadeiro inferno, e com razão, a moça não era de boa índole e minha mãe sabia desde o primeiro momento, mas eu só me toquei quando era tarde demais.

Pode ficar tranquilo, será ótimo recebê-la aqui filho.
Dessa vez quem falou foi meu pai.

Arabella

-Vou ligar pra ele, convidar pra assitir algo e passar a noite aqui.
-Boa garota, ele tá sentindo muito sua falta!
-Como assim, como você sabe?
-Ele liga todo dia pra mim ou pro George e pergunta se tá tudo bem. Você ficou arrasada e ele ficou se sentindo super mal, mesmo depois de terem feito as pazes.
Cada dia que passa tenho certeza que ele quer mesmo ir adiante com você Bella.
Da uma chance amiga. Nada te impede de Amar.

-Eu confesso que ainda existe uma certa resistência. Apesar de sentir muito, muito. Ainda tenho medo na mesma proporção.
Mas ele tem sido tão gentil e maravilhoso.
Eu sinto tantas coisas boas que tenho medo de um dia sentir o pior das coisas na mesma proporção, você consegue me entender?

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