✨ 16 No Alçapão

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No futuro, Harry nunca conseguiria lembrar muito bem como conseguiu prestar seus exames enquanto esperava Voldemort irromper a qualquer instante pela porta. Contudo os dias foram se passando lentamente e não havia dúvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.

Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço anticola.

Houve exames práticos também. O Prof. Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa. A Profa. Minerva observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa, e os descontou quando a caixa tinha bigodes. Snape os mandou fazer a poção do esquecimento.

Harry fez o melhor que pôde, tentando ignorar as dores lancinantes que sentia na testa e que o incomodavam desde a ida à floresta. Neville achou que Harry estava com uma crise de nervos provocada pelos exames, porque Harry não conseguia dormir, mas a verdade é que seu antigo pesadelo o mantinha acordado, só que agora estava pior que nunca, pois havia nele uma figura encapuzada que pingava sangue.

Talvez fosse porque eles não tinham visto o que Harry vira na floresta, ou porque não tinham cicatrizes que queimavam na testa, mas Rony e Hermione não pareciam tão preocupados com a Pedra quanto ele.

A lembrança de Voldemort sem dúvida os apavorava, mas não os visitava em sonhos, e estavam tão ocupados com as revisões que não tinham muito tempo para pensar no que Voldemort podia estar aprontando.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagas que inventaram caldeirões automexíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saírem os resultados dos exames. Quando o fantasma do Prof. Binns mandou-os descansar as penas e enrolar os pergaminhos, Harry não pôde deixar de dar vivas com os colegas.

– Foi muito mais fácil do que pensei – comentou Hermione, quando eles se reuniram aos numerosos alunos que saíam para os jardins ensolarados. – Eu nem precisava ter aprendido o Código de Conduta do Lobisomem de 1637 nem a revolta de Elfric, o Ambicioso.

Hermione sempre gostava de repassar as provas depois, mas Rony disse que isso o fazia se sentir mal.

Assim, caminharam até o lago e se sentaram à sombra de uma árvore. Os gêmeos Weasley e Lino Jordan faziam cócegas nos tentáculos de uma lula gigantesca, que tomava sol na água mais rasa.

– Acabaram-se as revisões – suspirou Rony, contente, esticando-se na grama. – Você podia fazer uma cara mais alegre, Harry, temos uma semana inteira até descobrir as notas, não precisa se preocupar agora.

Potter cosa a testa.

– Eu gostaria de saber o que significa isso! – explodiu aborrecido. – Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta frequência.

– Procure Madame Pomfrey – sugeriu Hermione.

– Eu não estou doente – respondeu Harry. – Acho que é um aviso... significa que o perigo está se aproximando...

Rony não conseguiu se preocupar, estava quente demais.

– Harry, relaxe. Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver por aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Você sabe quem tenha descoberto como passar por Fofo. E Neville vai jogar quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.

Harry concordou, mas não conseguiu se livrar da sensação que o atormentava de que esquecera de fazer alguma coisa, algo importante. Quando tentou explicar o que sentia, Hermione disse:

Harry Potter Snape Riddle e a Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora