3. Atos de Guerra

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⚠️AVISO⚠️

Este capítulo tem cenas que podem chocar vocês.

Pov Killian

Estou na cabana, que é usada como escritório para as reuniões que fazemos e onde traçamos as estratégias para combater o exército de Rumple. Desde que Regina foi capturada, sinto-me perdido, porque nunca tive o mesmo conhecimento que ela sobre táticas de guerras. Além disso, Regina possui uma inteligência fora do comum e sua curiosidade infinita somada a uma sede eterna por saber, fizeram da minha esposa o cérebro pensante da rebelião.

Quando saí pelo mundo, recrutando voluntários para a minha causa, não imaginava que tantas pessoas iam aderir ao movimento, só que, assim como eu, muitos estavam cansados da opressão e das torturas que sofriam nas mãos dos spurious, sem falar naqueles que viviam nas ruas em condições degradantes, passando pelas maiores privações.

Era tanto sofrimento que, no início, eu apenas torcia para logo ser morto pelo exército Spuriousiano, porque nunca acreditei que a rebelião teria êxito. Mas tudo mudou quando conheci Regina. Hoje lidero, ao lado dela, um séquito de centenas de soldados, todos dispostos a dar a vida pela causa.

Apaixonei-me perdidamente por ela e, no momento em que ficou grávida do nosso primeiro filho, decidi que iria até o fim, porque ansiava viver com a minha família em um mundo sem conflitos, sem canibais e sem spurious.

Não sei o que farei, caso a gente venha a ganhar essa guerra, mas tenho certeza que minha mulher encontrará uma solução para vivermos em harmonia e, com o legado científico que Rumple nos deixará, principalmente no que diz respeito às novas alternativas de alimentos e fontes de água que sabemos que ele desenvolveu, é possível que ainda haja uma esperança para a humanidade.

Só me senti tão apático assim, quando Liam, nosso segundo filho, morreu anos atrás. Ele pisou em uma mina terrestre, certamente plantada por um soldado spuriousiano próximo a um dos nossos acampamentos.

— Pai? — A voz de Henry me traz de volta ao presente.

— O que foi, Henry?

— Já faz dias que mamãe foi sequestrada... O senhor não pretende resgatá-la? — pergunta com olhar de censura.

— Claro que pretendo, Henry! Estou aqui justamente analisando alguns mapas e estudando as informações que temos sobre a infraestrutura e a segurança de Hyperion Heights — explico-me.

Fisicamente, Henry não parece muito com a mãe. Mas tem a mesma personalidade dela: é corajoso, obstinado e autodidata. Sempre aprende tudo com muita rapidez e, quando está com o cenho franzido como agora, fica idêntico a Regina.

— Tenho medo do que ela pode estar passando!— sussurra com voz indefesa.

Aproximo-me dele e o puxo em um abraço. Não sei o que fazer para resgatar minha esposa e tento não pensar na possibilidade de Regina já ter sido morta pela Xerife Swan.

Só eu e August Booth, o responsável pelo treinamento dos humanos que recrutamos, sabemos quem é Emma Swan. Aliás, quem foi.

Certa vez, enquanto espionávamos o campo de prisioneiros que ela comanda, nós a vimos de longe, treinando, ou melhor, surrando implacavelmente cinco soldados que a atacavam durante um exercício de combate. As habilidades dela sempre foram impressionantes.

Quando Emma chegou à horda, junto com uma irmã de quem pouco recordo, lembro que August ficou muito impressionado com ela.

Chamava-a de guerreira, pois sua força, valentia e dedicação para aprender a lutar, além da facilidade com que manuseava praticamente qualquer arma, o fascinaram.

Inimigas - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora