7. Inimiga Íntima

123 14 3
                                    

Pov Regina

De quatro em cima da cama, Zelena ronrona pateticamente para a Xerife, enquanto a última coloca a cinta com um grande dildo, atando-a às coxas e aos quadris. Noto a bandagem envolvendo o bíceps ferido de Emma e imagino se foi Victor ou Zelena quem cuidou do ferimento dela.

"Espero que tenha sido o Dr. Whale", penso vagamente enquanto elas seguem agindo como se eu não estivesse no quarto. Observo que desde que se despiram não olharam mais para mim, e essa atitude, por parte de Emma, deixa-me inesperadamente desconfortável.

A Xerife se aproxima da prisioneira por trás e dá um forte tapa na bunda dela agarrando-a pelos cabelos e puxando-os rudemente, fazendo-a ficar de frente, mas ainda ajoelhada na cama.

— Sentiu minha falta, Zelena? — pergunta.

— Sim, Xerife! — responde exibindo um sorriso lânguido — Pensei que nunca mais iria ter o prazer de compartilhar a cama com a comandante. — pontua, encarando a outra com adoração.

Sem dizer mais nada, Zelena agarra o strap e se curva para pegá-lo na boca. Porém Emma interrompe o gesto dela, afastando a mão da prisioneira, antes de falar:

— Calma... Quando quiser que você chupe, eu mesma o colocarei na sua boca! — dito isso, a Xerife vira a outra de costas novamente e começa a acariciar os seios dela, à medida que beija-lhe o pescoço e esfrega o dildo em riste no meio das nádegas de Zelena.

A prisioneira geme, entregando-se às carícias da Xerife e uma das mãos de Emma escorrega para o meio das pernas da outra, tocando-a intimamente.

Mordo o lábio e acho melhor desviar os olhos para outra direção, porém só consigo fazer isso por uns segundos, porque logo volto a observá-las, sentindo-me dominada por uma estranha e mórbida necessidade de assistir o que se passa entre elas.

Emma vira-a de frente e Zelena tenta beijá-la, mas é impedida. Segurando a prisioneira pelos cabelos, a Xerife empurra a cabeça dela para baixo, ao mesmo tempo que segura o dildo com a outra mão, indicando sem palavras o que quer que a ruiva faça.

Zelena entreabre os lábios e a Xerife enfia tudo na boca dela com um meneio dos quadris. Há qualquer coisa enervante na expressão de desejo que surge no rosto de Emma, à medida que Zelena, sem pudor, chupa o falo enquanto solta uns grunhidos satisfeitos.

Debruçando-se sobre as costas da amante, a Xerife começa a dar fortes palmadas na bunda dela, enquanto Zelena continua chupando o strap sem se deter.

— Vou foder seu cu! — a Xerife afirma, segurando e abrindo bem o espaço entre a bunda da outra, metendo os dedos em seguida.

A prisioneira solta o falo e começa a rebolar nos dedos de Emma.

­— Sim, Xerife... Você pode fazer o que quiser! — fala num tom lascivo, gemendo de prazer.

Enquanto Zelena acaricia a própria buceta, a Xerife contorna o corpo dela e sobe em cima da cama, aproximando-se da ruiva por trás. Ela separa as nádegas da prisioneira e começa a penetrar o ânus da amante lentamente com o falo.

Percebo que a prisioneira se retesa de dor e a Xerife fica um tempo parada, permitindo que Zelena se acostume com o falo que está quase totalmente socado dentro dela.

Emma começa a se movimentar devagar, com uma mão apoiada nos quadris de Zelena e a outra segurando no ombro da ruiva.

Os movimentos se tornam mais bruscos e a cama começa a balançar, enquanto a prisioneira grita e geme de prazer.

Emma coloca a mão que estava nos quadris de Zelena, entre as pernas da prisioneira e passa a acariciá-la, masturbando-a.

— Mais... forte, Xe...rife. — Zelena implora, ofegando enquanto seu cu é duramente fodido pela comandante.

Sinto uma ânsia e mordo meu lábio com muita força, enfurecida com toda essa cena nauseante. 

— Vou... vou gozar, Xerife!!! — Zelena anuncia, praticamente aos berros, antes de deitar a cabeça no colchão e proferir uns palavrões, suplicando para que Emma não pare de fodê-la.

A Xerife segue no seu ritmo e a prisioneira começa a morder a fronha do travesseiro, abafando os gemidos.

Quase no mesmo instante, Emma olha para mim. É a primeira vez que ela faz isso, desde que essa situação patética começou. Seus olhos brilham e um sorriso fugaz surge nos lábios dela. A Xerife parece se divertir ao me pegar observando as duas.

— Chega... Não aguento mais... Xerife! — Zelena ofega com voz entrecortada.

Emma dá uma última e forte estocada no ânus da prisioneira, arrancando-lhe um gemido gutural, antes de retirar o falo de dentro dela.

Zelena começa a rir de um jeito descontrolado, ainda com o rosto afundado no colchão. Ela se levanta e encara Emma, passando a mão no rosto da Xerife:

— Eu realmente senti falta de você na cama! — a prisioneira confessa e percebo que é sincera.

Emma sorri para ela, pega a mão da ruiva e leva até os lábios, deixando um suave beijo nos dedos pálidos e finos.

Viro o rosto novamente, porque não quero assistir essa inadequada e carinhosa despedida entre as duas. Mesmo de cabeça baixa, vejo que a Xerife leva Zelena até a porta e engulo em seco, imaginando se elas se beijaram também.

Ouço quando a porta é trancada e escuto seus passos se aproximando. Uns dedos frios seguram e erguem o meu queixo e logo estou encarando-a. Ao me deparar com o odioso sorriso que a Xerife costuma ostentar de vez em quando, não consigo me conter e cuspo no rosto dela.

Emma permanece sorrindo, mas sai de perto de mim limpando o rosto. Ela anda até a mesa e retira o falo que usou com Zelena, colocando outro na cinta, antes de voltar para onde estou.

— Não se atreva a me tocar! — resmungo com irritação.

Ela não fala nada, apenas tira as algemas que me prendiam ao suporte e fica me olhando, enquanto acaricio os pulsos e braços para fazer o sangue voltar a circular normalmente.

— Não! — volto a dizer, no instante em que ela se aproxima mais e me prende contra a parede com a intenção de me beijar.

A Xerife enrola o braço ao redor da minha cintura e me agarra rudemente pelos cabelos com a outra mão:

— Quem disse que você está em condições de me negar alguma coisa?— pergunta-me, roçando os lábios nos meus. — Entenda que você é minha, Regina! — rosna de forma incisiva. — E vou fazer com você tudo que me dê vontade, na hora e no lugar que eu quiser! — esmaga meus lábios com os seus, enfiando a língua na minha boca.

Ela me ergue em seus braços sem esforço, levando-me para a cama e se deita por cima de mim, enquanto enfio as unhas na pele dos seus ombros, arranhando-a com raiva.

A Xerife geme e desprende sua boca da minha, erguendo-se um pouco. No entanto, ela apenas separa nossos corpos o suficiente para rasgar toda a minha roupa e abrir minhas pernas, antes de me penetrar com força.

— Eu odeio você!— digo, furiosa e excitada, sentindo os seios dela roçando nos meus e seus dedos cravados nas minhas ancas.

Ela ergue a cabeça, que estava escondida no meu pescoço, e cola sua testa na minha, encarando-me com as pupilas tão dilatadas, que mal consigo enxergar o verde do seu olhar. Permanece parada, embora continue dentro de mim:

— Você pode me odiar o quanto quiser, eu não me importo! Fico feliz só de pensar que jamais será do seu marido de novo, porque ele não tem coragem de vir até aqui para lutar e te salvar de mim. Seu amado herói te abandonou à própria sorte, Regina. — Pontua e me penetra com força.

Solto um gemido profundo e, de maneira consciente, prendo minhas coxas ao redor da cintura dela, ansiando por cada estocada forte da Xerife. Suas últimas palavras ecoam na minha mente enquanto gozo com força, agarrada ao cabelo dela e sentindo que esse é o meu novo lugar, que não preciso ser salva dela, mesmo que Emma seja uma espécie de besta desajustada e, sobretudo, minha inimiga íntima. 

Inimigas - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora