☼ Capítulo treze

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Jeon Jungkook.

Puta que pariu, como que faz quando tu tá com vontade de mijar, mas tá com o pé fodido?

Nesse exato momento, são onze e porrada da manhã, e eu acordei querendo mijar. Meu pé não tá mais doendo, mas estou com medo de colocar ele no chão. Também não quero incomodar o Jimin. Ele cuidou bem de mim ontem e tal, mas pareceu que ele não queria.

Ele tá mó bolado comigo e eu nem sei o que que eu fiz, então não vou ficar enchendo ele pra me ajudar contra a vontade dele.

Levanto da cama e assim que piso no chão, sinto doer, mas nem tanto. Tá muito melhor do que ontem. Vou mancando até o banheiro, mas quando chego na porta vejo o Jimin saindo de lá de dentro.

— Levantou, já? E não me chamou? — pergunta, preocupado. — Não tá com dor?

— Não, loirinho. Tá tranquilo. E eu não queria te acordar, tá ligado? — Ele assente. — Se... tu quiser ir embora, não tem caô, não. Eu já consigo me virar aqui.

— Não quer que eu fique?

— Tu que não parece querer ficar — respondo, mas ele só desvia o olhar, sem falar nada. — Posso ir ao banheiro? Tô quase mijando na calça.

Jimin sai da entrada do banheiro e eu entro, fechando a porta depois.

Eu quero que ele fique. Quero estar com ele sempre, pô. O tempo todo. Só que ele tá bolado comigo e não quer falar o porquê, eu não vou ficar forçando nada, por mais que eu queira que ele fique e me fale o que aconteceu e o que tá incomodando ele.

Saio do banheiro e iria direto pro quarto, mas sinto um cheiro muito familiar de ovo e vou até a cozinha.

Quando chego, vejo o Ji fazendo ovo mexido na frigideira. Sento na cadeira e fico o observando, ele percebe a minha presença ali e me olha por cima do ombro.

— Estou fazendo isso certo? — pergunta, e eu sorrio. Levanto e vou até ele, olho pra panela.

— Tá mec. Tu não cozinha, né? — Ele nega com a cabeça.

— Nunca tive ninguém para me ensinar e sempre fizeram isso por mim lá em casa. — Dá de ombros. — Senta lá, melhor não ficar forçando o pé no chão.

Eu balanço a cabeça e me sento na cadeira de novo. A gente não tem muito o que falar, então a cozinha toda fica em silêncio enquanto ele faz os ovos tomarmos  o café da manhã.

Enquanto isso, eu vou coar café para a gente. O silêncio me incomoda, Jimin tá estranho pra caralho, mas ele já disse que depois a gente conversa. Eu só não sei quando é "depois".

Jimin termina e coloca dois pratos em cima da mesa, com dois pães pra cada.

Meu garoto, aprendeu comigo!

Dois pães, assim que é bom. E na primeira vez que ele veio aqui no barraco ainda ficou surpreso quando eu dei dois pães para ele. Tô criando um monstro.

[...]

Fiz uma massagem mais ou menos no meu tornozelo, já tá bem melhor, quase novinho em folha.

Garoto de Ipanema - PJM + JJK (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora