☼ Capítulo vinte e oito

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Park Jimin.


Talvez a Coréia não seja tão ruim quanto eu pensava que fosse.

As coisas vão bem, até... Não me lembro mais de como era a voz do Jungkook exatamente. Nem do cheiro, a não ser que algum brasileiro se esbarre comigo nas ruas e eu sinta o cheiro do malbec, só que versão mais caro.

Sou um médico bem-sucedido, tenho meu próprio apartamento, trabalho em um dos maiores hospitais daqui agora, tenho um golden retriever.

E não tenho o Jungkook.

— Jimin? — Ouço me chamarem.

Estou caminhando pelos corredores do hospital que é o meu novo local de trabalho, e olho em volta.

— Jimin... — A voz sussurra me chamando, mas eu não vejo a quem pertence.

É uma voz feminina.

Só então quando sou sacudido com bastante força, abro os olhos de repente. E um alívio toma o meu corpo quando percebo que isso tudo foi mais um pesadelo horrível que tive.

Pisco algumas vezes para tentar afastar o incômodo com a claridade e o gosto ruim da minha boca misturado com um incômodo no estômago.

Olho em volta e não reconheço o lugar. Mas a pessoa que me acordou está do meu lado, e eu arregalo os olhos ao vê-la toda formal, com uniforme de aeromoça.

— Maria?! — Tento colocar minha cabeça em ordem, mas ainda estou despertando.

— Lembra de mim, rapaz? — Sorri — O que tu tá fazendo aqui, hein?

Eu paro para pensar no que me levou até ali. Meu peito aperta quando lembro que o Jungkook está preso... Lembro de ter conseguido tudo o que faltava para incriminar meus pais, e depois... Depois senti uma tontura e...

O vinho! Eles me doparam com o vinho!

Tento me levantar num pulo, mas estou preso nos cintos da poltrona e pelo visto, estou dentro de um avião! Ou melhor, um jatinho, parece.

— Se acalme! — Maria sorri, e segura a minha mão.

— Que dia é? E que horas? O que eu tô fazendo aqui?! — Engulo seco.

Quanto tempo será que o Jungkook está esperando por mim?

Eu nem me lembro de ter aceitado o vinho. Só estava estressado, me ofereceram e eu aceitei... Porque parte de mim ainda acredita que meus pais não seriam capazes de fazer certas coisas com o filho deles.

E aí eu quebro a cara de novo.

— Hoje é domingo, oito da manhã. E aqui é o jatinho dos teus pais, eu acho. — Franze o cenho — Ae, eu achei muito estranho tudo isso, por isso tô tentando te acordar faz um tempão!

— Espera, já estamos voando?! — Me sinto nervoso.

— Não! Parece que ainda estão resolvendo alguma coisa sobre a tua ida pra Coréia...

Garoto de Ipanema - PJM + JJK (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora