𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐍𝐉𝐀𝐃𝐎 +18. 𝐒𝐚𝐬𝐮𝐤𝐞 𝐗 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚.

𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝐷𝑒𝑧𝑒𝑠𝑠𝑒𝑖𝑠 - 𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐̧𝑜

A manhã estava calma, o vento era fresco e frequente naquela segunda. Era um belo dia para pintar, porém
a Hara estava a dias vagando por seus próprios pensamentos.

Os pesadelos ainda a assombrava sem permitir que fosse capaz de esquecê-los, até que tudo se repetia denovo e denovo.

__Senhorita Hara?

Finalmente ouvia a voz da mulher que chamava-lhes pela terceira vez.

__Perdão?

A joven perguntou confusa
depois de enfim se recuperar
de seus devaneios diários.

__Vim avisar que o senhor Hara já
se retirou da sala principal, está livre para caso a senhorita queira pintar.

A mais velha disse com um sorriso gentíl sobre o rosto.

__Aquele homem já foi embora?
A jovem a questiona.

__Se refere ao senhor Uchiha Obito?
A garota assenti.

__Ainda não senhora, eles foram para o escritório. Aparentemente
se trata de um assunto sério, ele agora retorna com frequência por aqui.

A mulher de cabelos castanhos diz observando a mais nova que parecia inquieta desde os últimos dias.

__Senhorita, permita-me perguntar a senhora está assim desde que voltou de Konoha, seria algo com seu noivo que a tenha deixando aflita?

Marta perguntou atraindo seu olhar.

__Não é nada que se refira ao meu casamento, Marta. São os pesadelos.

Disse expressando angústia ao lembrar dos sonhos ruis que teve durante a semana.

__Novamente relacionado aos mesmos pesadelos anteriores?

Marta pergunta recebendo um aceno positivo como resposta.

__Eles parecem tão reais, até mesmo as sensações. Sinto como se estivesse lendo um livro de terror constantemente.

Fala enquanto Marta observa seu olhar vago e amedrontado como se estivesse relembrando daquilo.

__Eu ainda sinto a sensação que tinha quando estava acontecendo,  tirar a vida de todas aquelas pessoas e o pior....

Suas sombrancelhas se franziram mais e seu corpo se encolheou ao proferir as últimas palavras.

__Eu podia sentir como se tivesse algo dentro de mim que gostava de ver aquilo, como se uma parte de mim sentisse satisfação em ver aquelas pessoas sofrendo da pior forma possível.

Sua garganta intalou antes de proferir aquilo em voz alta, o gosto do vomito vinha as suas papilas gustativas antes de curvar a cara e engulir em seco.

__As vezes sonhamos com coisas absurdas e que parecem muito reais senhorita Hara, isso é normal.

Marta disse à mais nova.

__Também é normal ter sonhos frequente com sensações parecidas?

Perguntou à mulher.

__Acredito que sim, talvez se a senhora não gastar tanto tempo pensando nisso poderá passar.

Marta aconcelhou a mais nova que
a olhou e cedeu em concordância desistindo de encontrar motivos para aquele caos.

__Tens razão, talvez eu só esteja alimentando minha imaginação passando tempo relembrando.

Marta assentiu vendo a mesma se levantar.

__Talvez a senhorita deva começar parando de pintar aquelas coisas assustadoras ou pelo menos tirá-la do alcance de todos. Estou quase passando a ter seus pesadelos também, senhora.

Marta disse fazendo-a rir fraco por vê-la expressar seu medo pelos quadros cujo pintara recentemente ilustrando seus sonhos frequentes.

__Certo, vou retirá-los da sala hoje para que não volte a atormentar-lhes durante o sono.

A Hara passou a acompanhar a mulher mais velha pelos corredores extensos até chegar a sala habitual.
Pegou seus materiais e os organizou, abrindo as tintas com cuidado.

Pintar era mais uma forma de expressas seus sentimentos do
que um hobby qualquer, quando
era garota costumava gostar da liberdade que o papel lhe proporcionava. Supria a vontade
de sair ás ruas conhecendo e se aventurando.

Desde que passou a entender as coisas se lembra de nunca ter tido permissão para ir as ruas, estava sempre trancada dentro do Distritro Hara com sua vida solitária e um pai solteiro.

Também não se lembra de ter tido o amor materno, nem mesmo tivera a chance de conhecê-lo. Sua mãe havia falecido quando só era uma criança de três anos, não se lembrava do rosto dela, nem da voz. Não tinha memórias e nem fotos dela.

E desde que seu pai a presenteou com seu primeiro quadro, pincéis
e quatro tintas de cores diferentes, passou a registrar tudo oque guardava dentro do peito. As dores, os medos, felicidade e angústia. Tudo poderia virar um quadro.

__Senhorita Hara.

Marta chamou a atenção da
mulher que estava completamente concentrada no que estava fazendo.
A Joven a olhou notando a presença de seu pai e o homem Uchiha ao seu lado.

__Perdão...
A mesma se apressou em abandonar as tintas e os pincéis e se voltar a presença dos mais velhos ali.

__Meu pai, Senhor Uchiha.
A mesma os cumprimentou.

__Perdão pela interrupção senhorita Hara, Jin me contou sobre os talentos incomparáveis que tinha com as telas, portanto tomei a liberdade de vir conhecê-los.

O homem disse com sua voz grave e o rosto sério como de costume, mas ainda sim muito gentil e formal com as palavras.

__Fico honrrada com o elogio senhor Obito. Fique à vontade.

A joven falou dando espaço para o mesmo ver oque estava pintando.

__Ainda não está completo, mas
quando vinher visitar meu pai novamente creio que já vai estará.

A Hara explicou vendo o Uchiha observar a pintura por alguns segundos e logo desviar a atenção para os quadros no chão.

__E esses?
O homem perguntou se aproximando da pintura de uma figura estranha na qual desenhou.

__Eu já ia retirá-los daqui. Eu estava tendo alguns pesadelos e trasmiti para os quadros. Não são nada do que costumo pintar.

A Hara explicou novamente
ao homem que parecia bem
mais interessado nas pinturas representativas de seus sonhos
do que na que o mostrou inicialmente.

O homem voltou sua atenção ao
mais velho que ainda estava no mesmo local, eles trocaram olhares em silêncio e logo o homem voltou sua atenção a mais nova.

__Senhorita, tens um talento admirável, mas infelizmente
preciso ir agora.

Ele ofereceu a mão e a mesma para que um leve beijo fosse deixado sobre as costas dela.

__Agradeço mais uma vez, volte sempre que quiser. Ficarei feliz
em mostrar ao senhor pinturas melhores.

A joven disse com um sorriso gentil.
Ao contrário do pai da garota que acompanhou o homem com uma feição séria no rosto o tempo inteiro.

        

                   ɴᴏᴛᴀs ᴅᴀ ᴀᴜᴛᴏʀᴀ

- ᴇ ᴇsᴛᴀᴍᴏs ᴀǫᴜɪ ᴅᴇɴᴏᴠᴏ :) ɴᴇᴍ sᴇɪ
sᴇ ᴀɪɴᴅᴀ sᴇ ɪɴᴛᴇʀᴇssᴀᴍ ɴᴀ ᴍɪɴʜᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ, ᴍᴀs ᴅᴇᴄɪᴅɪ ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀʀ.

ᴇɴғɪᴍ, ᴄᴏʟᴏǫᴜᴇɪ ᴇsᴛᴇ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ǫᴜᴇ ʜᴀᴠɪᴀ ғᴇɪᴛᴏ ʜᴀ́ ᴀʟɢᴜᴍ ᴛᴇᴍᴘᴏ, ɴᴏ ᴇɴᴛᴀɴᴛᴏ, ɴᴀ̃ᴏ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴀᴄʜᴀɴᴅᴏ ǫᴜᴇ ᴇʟᴇ ᴛɪɴʜᴀ ғɪᴄᴀᴅᴏ ʟᴇɢᴀʟ, ᴍᴀs ᴄᴏᴍᴏ sᴏᴜ ᴜᴍᴀ ᴘᴇssᴏᴀ ǫᴜᴇ sᴏғʀᴏ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴄᴏᴍ ᴀᴜᴛᴏsᴀʙᴏᴛᴀɢᴇᴍ sᴇ ᴇᴜ ɴᴀ̃ᴏ ᴘᴏsᴛᴀssᴇ ᴘʀᴏᴠᴀᴠᴇʟᴍᴇɴᴛᴇ ɴᴀ̃ᴏ ᴘᴏsᴛᴀʀɪᴀ ᴛᴀ̃ᴏ ᴄᴇᴅᴏ.